15/11/2019

Brasil ganha da França de virada e vai à final do Mundial Sub-17

Por Agência Brasil em 15/11/2019 às 09:45

MUNDIAL SUB-17 – A “escrita” foi quebrada. O Brasil eliminou a França nas semifinais do Mundial Sub-17, com o Estádio Bezerrão lotado. Diferentemente do que ocorreu com os jogadores profissionais nas Copas do Mundo de 1986, 1998 e 2006, os garotos do Brasil, todos nascidos em 2002 – que sequer viram essas “tragédias nacionais” – entraram em campo livres de qualquer tabu e sem pensar na possibilidade de sair mais cedo da festa.

Agora, os brasileiros, campeões mundiais Sub-17 em 1997, 1999 e 2003 têm a chance de repetir o feito diante do México, bicampeão mundial Sub-17 em 2005 e 2011, na finalíssima de domingo, às 19h. Para os franceses, restou brigar pelo terceiro lugar contra a Holanda, na preliminar, às 15h.

O jogo
No jogo de ontem à noite, logo aos 6 minutos, a França aplicou um grande golpe no Brasil. Kalimuendo Muinga apareceu livre, frente a frente com o goleiro Matheus Donelli. Ele não perdoou e chutou rasteiro para abrir o placar. O árbitro titubeou em validar o lance, mas com a ajuda do vídeo, confirmou que o atacante estava em posição legal.

Aos 13 minutos, novo lance rápido do ataque francês. A tabelinha deixou M´Buku livre e ele colocou no gol com muita categoria: 2 a 0. Um balde de água fria nos brasileiros. Quem estava no estádio passou a achar muita semelhança com uma outra semifinal traumática: a da Copa de 2014, entre Brasil e Alemanha.

Mas o ímpeto francês parou por aí. Depois, o time se fechou numa retranca com duas linhas de quatro jogadores na frente da área, para evitar os ataques brasileiros. Aos 45 minutos do 1º tempo, um lance que deu esperanças à torcida. O árbitro marcou pênalti para o Brasil, numa falta na linha da grande área. Porém, ao analisar as imagens do vídeo, o salvadorenho Barton desmarcou a infração, o que irritou ainda mais os jogadores da equipe da casa. Logo em seguida, para evitar maiores problemas, apitou o final da primeira etapa.

O Brasil veio com uma nova postura no segundo tempo, fazendo uma transição mais rápida entre a defesa e o ataque, afinal, precisava aproveitar cada minuto. De tanto insistir, os brasileiros alcançaram o gol numa cobrança de escanteio. Depois de muito bate-rebate na área, Kaio Jorge se esticou e raspou de cabeça. O goleiro Zinga tentou impedir que a bola fosse para o gol, mas não conseguiu: 2 a 1, aos 16 minutos.

Aos 30 minutos, todo o estádio foi à loucura. Cruzamento da linha de fundo, Yan Couto chutou, o goleiro Zinga espalmou para frente e Veron pegou o rebote de primeira: 2 a 2! Incrível! O Brasil, na raça, tinha empatado a partida. Haveria decisão por pênaltis? Não.

No lance seguinte, mais emoção. A França chegou na área brasileira, o goleiro Matheus espalmou para o lado e, livre, com o gol aberto à sua frente, Lihadji chutou na trave. O gol perdido fez o atacante desabar no gramado.

Aos 41 minutos, a França chegou ao terceiro gol, numa falta alçada para a área. Mas Matsima estava impedido ao cabecear e o lance foi anulado sem sequer necessitar da ajuda do árbitro de vídeo.

Aos 43, veio a redenção para os brasileiros. Na cobrança deste impedimento, o goleiro Matheus bateu para a frente, a bola chegou até o atacante Lázaro que, dentro da área, dominou, preparou o míssil e soltou a bomba: indefensável para Zinga. O Brasil virava o placar: 3 a 2!

A classificação heroica foi muito comemorada pelos jogadores. Lázaro, autor do gol da vitória, disse que o importante é sempre acreditar. “O gol só saiu porque eu corri atrás da bola, acreditei que era possível chegar. Estou muito feliz por honrar essa torcida maravilhosa!”, afirmou o atacante da Seleção.

O improvável eles já tinham feito.

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Marcelo Camargo/Agência Brasil

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