Brasil escala medalhistas olímpicos para revelar a próxima Rebeca Andrade
Por Alexandre Araujo/Folhapress em 09/08/2025 às 21:03
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) escalou ex-atletas donos de sete medalhas olímpicas na delegação dos Jogos Pan-Americanos Júnior, competição que apresenta uma nova geração de atletas brasileiros. O torneio é um dos primeiros passos na formação de novos grandes nomes olímpicos, do peso, quem sabe, da ginasta Rebeca Andrade.
Leandro Guilheiro, bronze no judô em Atenas-2004 e Pequim-2008, é o chefe de missão. A competição conta com atletas entre 12 e 23 anos.
“Eu vivi muito o outro lado, mas nunca o Pan Júnior, que está na segunda edição. Uma competição muito nova. Tem sido um privilégio grande. Quando você é atleta, não acompanha tanto o que acontece por trás, e é bonito de ver também”, disse Guilheiro, em cerimônia no Pan Júnior.
Além do ex-judoca, também estão na capital paraguaia Natália Falavigna, bronze em Pequim-2008 no taekwondo, Yane Marques, bronze em Londres-2012 no pentatlo moderno, e Emanuel Rego, ouro em Atenas, prata em Londres e bronze em Pequim no vôlei de praia.
Yane, atualmente, é vice-presidente do COB, enquanto Emanuel é diretor da entidade.
“Esse [Pan Júnior], para a gente, é muito importante porque tem a possibilidade de revelar novos atletas, novos campeões e, ao mesmo tempo, esses atletas entenderem o que é representar o Brasil. É bom começar já neste nível para, pouco a pouco, evoluir”, afirmou Marco La Porta, presidente do COB.
O Time Brasil apontou como principal objetivo manter a hegemonia do Top 3 no quadro geral de medalhas e garantir o maior número de vagas do país para os Jogos Pan-americanos Lima 2027 — o torneio vai oferecer 216 vagas diretas nas categorias adultos.
Há ainda a presença de atletas olímpicos, como a ex-mesa tenista Mariany Nonaka, que integra a Equipe Esporte Seguro, a gestora Marina Canetti, que disputou no polo aquático, a ex-judoca Priscila Marques, que é fisioterapeuta, e o ex-ginasta Mosiah Rodrigues, atualmente gestor esportivo.
Estiveram também em Assunção a ex-jogadora de basquete Hortência, medalhista de prata em Atlanta-1996, e Thiago Pereira, maior medalhista da história em Pan, com 23 pódios. Eles, assim como a ex-jogadora de basqete Iziane, porém, integraram a delegação da campanha de Rio/Niterói para ser sede do Pan-2031.
Rebeca Andrade: maior medalhista
Em Paris-2024, Rebeca Andrade se tornou a maior medalhista do Brasil na história dos Jogos Olímpicos. Na capital francesa, ela alcançou o sexto pódio na carreira e superou os cinco dos velejadores Torben Grael e Robert Scheidt.
Além disso, foi a primeira representante do Brasil a conquistar quatro medalhas em uma mesma edição de Olimpíadas. Até então, o recorde tinha sido de Isaquias Queiroz, com três pódios na canoagem da Rio 2016.
Rebeca tem prata no individual geral e ouro no salto em Tóquio-2020, ouro no solo, prata no no individual geral e salto e e bronze por equipes em Paris.