28/12/2020

Bolsonaro volta a criticar quarentena e pede calma sobre vacina: "Não precisa desse pavor"

Por #Santaportal em 28/12/2020 às 19:37

SANTOS – O presidente Jair Bolsonaro falou com os jornalistas após participar do jogo beneficente Natal Sem Fome, promovido por Narciso, ex-zagueiro do Santos, na tarde desta segunda-feira (28), na Vila Belmiro. O mandatário falou sobre diversos temas, dentre eles o combate da pandemia do novo coronavírus e a possível compra de vacinas contra a Covid-19.

Bolsonaro voltou a defender que a população deve “enfrentar o vírus” e que o país não irá resistir economicamente, caso novas restrições de circulação de pessoas sejam adotadas nos estados brasileiros. 

“A tônica hoje (da imprensa) vai ser que eu estou sem máscara. Não adianta se esconder a vida toda, vamos ter que conviver com isso. Idoso tem que tomar cuidado, porque tem comorbidade. Nós não aguentamos mais restrições, lockdown. Isso vai quebrar a economia. Nós gastamos pouco mais de R$ 700 bilhões nessa tal pandemia. Não temos mais capacidade de nos endividarmos. Sei que a vida não tem preço, lamento as mortes, mas não aguentamos mais tantas restrições”, disse.

Segundo o mandatário, a quarentena imposta por alguns estados teve efeitos colaterais mais graves na sociedade do que aqueles causados pela pandemia. “Aumentou o número de suicídios, briga em casa, marido e mulher. Agora o que ninguém fala é que, a partir de 40 anos, quase ninguém contrai a doença. E quem contrai é assintomático”, comentou Bolsonaro, sem citar qual seria a referência científica para tal afirmação.

Indagado sobre o vice Hamilton Mourão, que foi diagnosticado com a Covid-19, Bolsonaro disse que o aconselhou a tomar cloroquina. “O vice é maior de idade, não enche o saco (em resposta a um jornalista). Falei para ele tomar hidroxicloroquina. Eu e mais de 200 pessoas que trabalham na presidência tomamos a cloroquina (após serem diagnosticados com o coronavírus) e nos recuperamos rapidamente da doença. Vocês deveriam divulgar isso”, afirmou o mandatário, durante outro embate com a imprensa na coletiva.

Sobre a compra de vacinas contra a Covid-19, Bolsonaro voltou a dizer que não tem pressa. Para ele, o mais importante é que a Anvisa aprove o imunizante, após a sua eficácia ser comprovada. “A Anvisa é uma instituição de estado, não tem pressão. Não dou bola pra pressão. Eu disse isso outro dia e tomei pancada da imprensa. Mas não posso pressionar um construtor para fazer um prédio que demora três anos em três meses. Vai cair. Eu não posso fazer isso com a Anvisa também. As pessoas não precisam ficar com esse pavor todo. O mercado consumidor aqui é de 200 milhões de pessoas, eles que deveriam procurar a Anvisa, apresentando a documentação”, comentou.

O presidente finalizou destacando que as pessoas serão avisadas sobre os riscos da vacina e reforçou que a imunização não será obrigatória. “Nós não vamos nos responsabilizar por efeito colateral. Tem gente que está apavorada, vai tomar mesmo assim. Por isso eu falei do termo de responsabilidade. Da minha parte não será obrigatório. Vamos falar que está disponível, toma quem quiser. Tem gente que não tem tanta instrução, nós temos que mostrar quais são os riscos. Temos que ter responsabilidade”, concluiu.

De acordo com Bolsonaro, assim que a Anvisa aprovar as vacinas que estão sendo testadas no país, elas serão compradas e disponibilizadas para todos os estados do Brasil em menos de uma semana.

Presidente joga e faz gol na Vila
O presidente chegou no início da tarde no Forte dos Andradas, em Guarujá, e por volta das 16h seguiu para Santos. Ele desembarcou de helicóptero no Ulrico Mursa, estádio da Portuguesa Santista, e logo em seguida se deslocou para a Vila Belmiro. Ele entrou no gramado da Vila antes do início do jogo, às 17h, ao lado do presidente santista, Orlando Rollo.

Bolsonaro jogou a partida pela equipe branca. Ele fez um gol e foi bastante festejado pelos jogadores dos dois times. Durante a comemoração, Bolsonaro celebrou com o tradicional gesto da “arminha” ao lado dos seus companheiros de equipe.

Sobre a participação na Vila Belmiro, Bolsonaro se disse muito honrado por jogar no estádio santista. “Uma honra pra mim. Na última vez recebi uma camisa do Rei Pelé. Hoje fiquei do lado do armário dele no vestiário. Também conheci o Clodoaldo, que eu ser campeão do mundo em 1970. Para mim foi uma honra estar ao lado dele hoje”, declarou.

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Foto: Patrícia Nunes/Santa Cecília TV  

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Foto: Patrícia Nunes/Santa Cecília TV  

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Foto: Patrícia Nunes/Santa Cecília TV  

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Foto: Patrícia Nunes/Santa Cecília TV

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Foto: Patrícia Nunes/Santa Cecília TV

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