Beth Gomes (atletismo) | "O esporte transforma vidas"

Por Santa Portal em 23/08/2021 às 07:02

Aos 56 anos, a santista Elizabeth Rodrigues Gomes, a Beth Gomes, chega a Tóquio com um currículo de peso. Ele foi medalha de ouro no lançamento de disco no Mundial de Dubai (2019), ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Lima (2019), bronze no arremesso de peso no Mundial de Doha (2015) e ouro nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto (2015).

Durante o atual ciclo paralímpico, Beth Gomes chegou a bater cinco vezes o recorde mundial de arremesso de peso, na classe F52, em 2018.

Antes de ser diagnosticada com esclerose múltipla, em 1993, Beth Gomes era jogadora de vôlei. Ela demorou para aceitar a doença até conhecer o basquete em cadeira de rodas, em Santos. Descobriu o atletismo no mesmo local onde treinava, em 2008.

Em novembro de 2017, ela teve uma piora da doença, perdendo alguns movimentos, o que a fez ser reposicionada da classe F55 para F52 (para atletas com maior grau de comprometimento).

A dedicação seguiu intacta. Beth Gomes, desde então, quebrou inúmeros recordes mundiais: arremesso de peso, além do dardo.

Além de jogadora de vôlei, a atleta também trabalhou por anos como guarda civil municipal, em Santos.

Gomes busca a tão sonhada medalha na segunda Paralimpíada da carreira. Esteve em Pequim-2008, defendendo a seleção no basquete de cadeira de rodas, modalidade que iniciou em 1996 através de convite na Associação dos Deficientes Físicos de Santos (ADFISA).

A medalha poderia ter vindo antes, na Rio-2016. No entanto, mesmo após conseguir o índice olímpico, Beth Gomes viu sua categoria F55 ser retirada do programa dos Jogos pela organização internacional.

Em Tóquio, ela terá como principal adversária a ucraniana Lana Lebiedieva, a quem derrotou no Mundial de Dubai, em 2019.

E será impossível não se emocionar com Beth Gomes em ação. Sempre muito simpática, ela faz questão de destacar seus feitos e determinação para inspirar as novas gerações.

“É um privilégio servir de referência para crianças. Sempre digo que o esporte transforma vidas. Algumas podem estar sendo perdidas nas ruas através das drogas. E quando levo o esporte às escolas e nas palestras há uma chance de vida aos jovens, adolescentes. E podem se tornar grandes atletas”, disse em entrevista ao Yahoo!

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