Bancários da Caixa fazem protesto contra privatização

BAIXADA SANTISTA – Os funcionários da Caixa Econômica Federal e a diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região paralisaram a Caixa Econômica Federal na manhã de segunda-feira (23) como forma de protesto contra a abertura do capital do único banco 100% público do País na Bolsa de Valores. A manifestação acontece porque a data marca a posse da nova presidente da instituição, a ex-ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior. A concentração é na agência Centro, em Santos (SP), localizada na rua General Câmara, 9, no Centro Histórico.

O Sindicato dos Bancários de Santos e Região, que tem filiação com a Intersindical-Central da Classe Trabalhadora, não vê com bons olhos a ação do Governo Federal e repudia a abertura do capital do maior banco público da América Latina.

A Intersindical e a diretoria do Sindicato sempre mantiveram-se engajadas para que os bancos públicos como a Caixa e Banco do Brasil realizassem seu papel social atuando na promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável do País, como instituição financeira, agente de políticas públicas e parceira estratégica do Estado brasileiro. E eles acreditam ser um crime empurrar a instituição para o mercado financeiro e privatizá-lo, desviando bilhões do bolso dos trabalhadores para especuladores da bolsa.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e Secretário de Relações Internacionais da Intersindical, Ricardo Saraiva Big, explicou a situação sobre o protesto dizendo: “Claro que isso é um dos objetivos do ex-banqueiro do Bradesco e novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que está defendendo os interesses do mercado financeiro e não dos trabalhadores”, salientou.

Caso aconteça a abertura do capital, os especuladores poderão colocar as mãos em diferentes serviços prestados pela caixa como o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES), recursos das loterias para projetos sociais e instituições subordinadas ao Governo Federal atuando na área de esportes, seguridade social, educação, cultura e segurança penitenciária.

Ricardo Saraiva Big complementou sua reivindicação declarando: “Vamos continuar lutando contra as privatizações que durante toda a história do Brasil vem levando a população e os trabalhadores para a miséria e para a subserviência ao capital”.