01/09/2020

Auxílio emergencial é prorrogado e deve custar R$ 100 bi aos cofres públicos

Por #Santaportal e Estadão Conteúdo em 01/09/2020 às 07:24

(Atualizado às 10h) 

AUXÍLIO EMERGENCIAL – Ao lado do ministro Paulo Guedes e de líderes do ‘centrão’, o presidente Jair Bolsonaro confirmou, na manhã desta terça-feira (1º), a prorrogação do auxílio emergencial até dezembro deste ano. Serão mais quatro parcelas de R$ 300 reais. 

“Nós decidimos aqui, atendendo a Economia, em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo (o auxílio) em 300 reais”, disse o presidente.

Ao redor de Bolsonaro, estavam nomes como o presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), e os líderes do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), e no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE).

O pronunciamento foi feito logo após Bolsonaro oferecer um café da manhã a líderes do Congresso para acertar os últimos ajustes da prorrogação do benefício.

A iniciativa de conversar com os congressistas antes de finalizar a proposta é mais um gesto de aproximação do presidente com o Legislativo. O anúncio, inclusive, foi antecipado no último final de semana por um dos principais líderes do centrão, o deputado Arthur Lira (PP-AL), que também estava perto de Bolsonaro nesta terça.

Entre os participantes do encontro também estavam os ministros da Economia, Paulo Guedes, da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, e da Casa Civil, Walter Braga Netto. Foram convidados cerca de 20 parlamentares do chamado ‘centrão’ e outros alinhados ao governo. 

Gastos da União

A prorrogação do auxílio emergencial pago a trabalhadores informais por mais quatro meses deve ampliar os gastos da União neste ano em mais R$ 100 bilhões. De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, a despesa extra leva o governo a encostar em uma marca inédita, um rombo nas contas públicas de R$ 1 trilhão em 2020.  

A prorrogação do auxílio foi definida em um encontro na última segunda-feira (31), no Palácio do Planalto, entre o ministro da Economia, Paulo Guedes e o presidente Jair Bolsonaro.

Para alterar o valor, hoje em R$ 600, Bolsonaro enviará uma medida provisória ao Congresso. A extensão da assistência emergencial paga durante a pandemia do coronavírus dará tempo para que a equipe econômica encontre soluções para a ampliação do Bolsa Família, rebatizado de Renda Brasil.

O auxílio emergencial foi pensado inicialmente pelo Ministério da Economia para durar três meses, com parcelas de R$ 200.

As estimativas feitas em março pela pasta apontavam que o benefício alcançaria até 20 milhões de beneficiários, com custo total de R$ 15 bilhões aos cofres públicos.

O programa foi se encorpando ao longo do tempo. Primeiro, após pressão de parlamentares sobre o governo, o Congresso aprovou o pagamento de três parcelas de R$ 600.

Depois, o governo decidiu prorrogar o auxílio por mais dois meses no valor de R$ 600, prazo que agora está se encerrando.

Para as novas parcelas, Guedes chegou a defender um valor de R$ 270. Mas Bolsonaro insistiu em R$ 300, o que acabou acatado pela equipe econômica.

 

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