26/10/2017

Após vice na Copa do Mundo, Ana Marcela faz balanço sobre ano de conquistas e projeta temporada 2018

Por Noelle Neves/Colaboradora em 26/10/2017 às 18:21

ESPORTE – A atleta da Unisanta, Ana Marcela Cunha, esteve ontem (26) em Santos. Entre o treino realizado na piscina da Universidade e a vista a sala do Pró-reitor administrativo e presidente do Sistema Santa Cecília de Comunicação, aproveitou para conversar com a equipe do #Santaportal e do Caderno Regional.

Há quase uma semana, em Hong Kong, Ana Marcela recebia a medalha de prata no Copa do Mundo de Águas Abertas, competição que começou em 11 de março. A nadadora da Unisanta terminou a última prova um centésimo atrás da campeã, a italiana Ariana Bridi. Além disso, Ana Marcela Cunha foi medalhista de ouro nos 25km do Mundial de Esportes Aquáticos , realizado no último mês de julho, em Budapeste, na Hungria.

“O primeiro lugar era um pouco distante, porque o começo do ano não foi tão bom. Mas começamos a ter uma reação e conquistamos melhores posições. A gente nunca desiste. Mesmo sendo difícil, eu acreditei que ainda poderia ser campeã. A Ariana nadou super bem o ano inteiro, mas até a última prova, eu acreditei. Antes de começar a reta final, eu estava cinco ou seis pontos atrás da Rachele Bruni, e eu pensava: ‘acho que dá, se eu chegar duas provas na frente dela, já são quatro pontos’. Na última prova, era uma do lado da outra e eu consegui sair com a vitória”, contou Ana Marcela.

A brasileira ainda relembra que nos últimos dois anos, as italianas Ariana e Rachele, e ela têm brigado pelo pódio. Segundo Ana Marcela Cunha, na Copa do Mundo, a briga entre as três foi grande e que em grande parte das disputas, as provas foram definidas por centésimos ou acabavam empatadas. “Estamos em uma briga boa e saudável. Temos muito respeito uma pela outra. Mas é sempre bom quando o Brasil está na frente”, brincou.

A um passo de ser eleita pela quarta vez a melhor atleta de Maratonas Aquática do mundo, Ana Marcela relembra que começou o ano de forma incerta. “Em 2016, eu não tive o desempenho esperado nos Jogos Olímpicos e depois eu fiz a cirurgia… Eu não sabia como seria o ano (2017), até eu voltar a boa forma. Ter conquistado tudo isso esse ano e ter a possibilidade de ser eleita pela quarta vez a melhor do mundo, não tem preço. Acho que se eu ganhar esse ano, terá um gostinho especial. Mas ainda estou esperando o anúncio oficial”, disse

Para a atleta, esse tipo de premiação é muito importante, porque no final do ano não é possível saber quem foi o melhor no esporte. “Ser escolhida depois de um ano inteiro de ‘batalhas’, me deixa muito feliz”, completou.

Faltam dois meses para acabar o ano, mas Ana Marcela Cunha ainda tem competições pela frente antes de finalizar o ano, como o Circuito Brasileiro e o Open de Piscina. Porém, os preparativos para 2018 também já começaram. Ela explica que como é um ano sem campeonatos mundiais, só com etapas da Copa do Mundo, ela poderá utilizar a temporada para testar novas estratégias. Entretanto, ela destaca que “é um ano que todo mundo faz Copa, exatamente porque não tem outro campeonato mundial. É um ano preparatório e avaliativo”.

Gratidão
Quando pensa em tudo que passou este ano, Ana Marcela diz que precisa agradecer a todos que a ajudaram a conquistar grandes resultados neste ano. “É muito fácil sempre pedir e nunca agradecer. A palavra ‘gratidão’ reflete muito o meu ano”, afirmou a atleta. “A gente só aparece com o resultado, mas ninguém tem noção de quem está por trás”, revelou.

“No começo do ano, o Marcelo Teixeira (pró-reitor da Universidade Santa Cecília) me chamou e falou que sabia que eu tinha saído de uma cirurgia e que não queria cobrança nenhuma, que acontecesse o que tivesse que acontecer, não teria problema nenhum. A minha família acredita muito no meu potencial também. Ninguém me cobrou, mas as coisas foram acontecendo”, comentou Ana Marcela, a única atleta a ostentar três medalhas de ouro na principal prova de natação em águas abertas no Campeonato Mundial.

A nadadora também é muito ligada com a família e faz questão de eles estejam sempre presentes nas competições que ela disputa. “Quando eu vim pra cá a primeira vez, em 2007, a primeira coisa que eu pensei foi que meus pais teriam que vir junto. E hoje já foram 10 anos e eles continuam comigo. Eu não preciso sair de rotina, porque eles fazem de tudo para me ajudar, enquanto eu treino e faço a minha preparação física”, contou.

Além disso, Ana Marcela Cunha faz questão de lembrar da equipe que cuida dela diariamente: nutricionista, fisioterapeuta, massagista, psicólogo, treinador e preparador físico. “É muito importante ter o apoio de cada um em sua área para fazer o atleta dar 100% dentro d’água. Não tem preço essa ajuda que a gente tem aqui na Unisanta”, finalizou.

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