31/08/2016

Afastamento de Dilma Rousseff é aprovado por 61 senadores, 20 são contrários

Por #Santaportal em 31/08/2016 às 07:39

IMPEACHMENT – Após mais de duas horas do início da sessão final para votação e julgamento do processo de impeachment, 61 senadores votaram a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff. A votação durou pouco mais de 1 minuto, e 20 senadores foram contrários ao afastamento.

ACOMPANHE AO VIVO

Antes do início da votação, o primeiro secretário da mesa, o senador Vicentinho Alves, leu um requerimento feito pelo Partido dos Trabalhadores (PT). O Partido quer que a questão de que Dilma fique inabilitada para cargos públicos por 8 anos seja votada em separado. O documento é assinado pelo senador Humberto Costa, líder da bancada do Partido dos Trabalhadores.

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) pediu a palavra para contraditar o requerimento, alegando que ele está precluso e não poderia mais estar sendo proposto. Já o senador Randolpe Rodrigues (Rede-AP) pediu que o presidente do STF aceiteo requerimento. Inicialmente Lewandowski iria ouvir somente um senador a favor e outro contra, porém deixou que outros pudessem falar.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) também se manifesta contra o deferimento do requerimento enviado pelo PT. O senador Fernando Collor (PTC-AL) pediu a palavra, e começou seu discurso relembrando o processo de impeachment que sofreu em 1992. A senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) questionou o pronunciamento de Collor, que na opinião dela falou sobre o merecimento do requerimento, e pediu para dar também opinião a respeito do merecimento do requerimento.

Em seguida o senador Lindbergh Farias (PT-SP) foi autorizado por Lewandowski a se pronunciar. O último autorizado a falar sobre o requerimento pedido pelo PT foi o senador Cristovam Buarque (PPS-DF).

Por volta das 11h50 o presidente do STF começou a ler seu parecer a respeito do requerimento. Lewandowski afirmou que a retirada do trecho para votação em destaque não trará prejuízo à compreensão do texto, nem à defesa, nem à acusação. O responsável por conduzir os trabalhos deferiu, às 12h18, o requerimento do PT. Lewandowski decide que votação da perda de direitos políticos de Dilma, caso ela perca o mandato, pode ser separada.

Após o pronunciamento do presidente do STF, Collor voltou a lembrar fatos do processo de impeachment que sofreu em 1992. O senador de Alagoas alegou que aquele foi um momento estranho. O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) também se manifestou contra a votação em separado requerida pelo PT e aprovada por Lewandowski.

Senador Cássio Cunha novamente se colocou contra a votação em separado, e disse que a preseidente, se afastada, vai se enquadrar na lei da Ficha Limpa e ficará inelegível. O senador Jorge Viana (PT-AC) também se pronunciou sobre o tema discutido desde o início da sessão. Discursaram ainda os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Alvaro Dias (PV-PR) e Roberto Rocha (PSB-MA).

O presidente do Senado Federal Renan Calheiros (PMDB-AL) pediu a palavra para falar do momento que o Brasil vive. “A democracia não é o melhor regime porque é infalível, mas porque corrige suas próprias imperfeições”, disse. “Um dia a história nos julgará, e a única certeza é de que não nos omitimos”, completou.

Inicialmente estava previsto quatro encaminhamentos favoráveis e contrários ao impeachment, e agora serão incluídos mais quatro: quatro para o quesito principal, quatro para a questão da inabilitação.

Os primeiros senadores falaram apenas sobre a pergunta destacada na TV do Senado:“Cometeu a acusada, a senhora presidenta da República, Dilma Vana Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto à instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhe são imputados, e deve ser condenada à perda do seu cargo?”.

A primeira a falar foi a senadora Ana Amélia (PP-RS), e se mostrou favorável ao impeachment da presidente. Ela falou em nome das mulheres, e disse que todos os brasileiros estão empoderados.

Lindbergh fez um discurso acalorado, e repetiu muitas vezes a palavra canalhas para os que são a favor do impeachment, e se posicionou novamente contra o processo. Ele dividiu o tempo para falar com a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Ela, que também é contra o impeachment, falou que o governo Temer não tem legitimidade.

O senador Ronaldo Caiado criticou a gestão fiscal do governo Dilma. Ele também rebateu o xingamento de Lindbergh sobre os favoráveis ao afastamento da presidente serem canalhas.”Os verdadeiros canalhas são os que deixaram milhões de brasileiros desempregados”, gritou no Senado. Ele encerrou pedindo o fim do PT.

O líder da bancada do PT no Senado Humberto Costa. Ele afirmou que o Senado pode cometer um “grave erro”, e alegou que não foram cumpridos os pressupostos para provar que houve crime de responsabilidade.

loading...

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.