Advogado homenageia ídolo e mostra paixão pela bocha em livro
Por Gustavo Sampaio em 03/02/2023 às 16:00
“Zé do Salto e do Bar, da bocha e do futebol”. Escrever uma fotobiografia foi a maneira encontrada pelo advogado, professor da Unisanta e escritor Marcelo Henrique Gazolli Veronez para homenagear e mostrar a história de um amigo e também ídolo, José Mazzer, o Zé do Salto.
A obra literária Zé do Salto e do Bar, da bocha e do futebol será lançada neste sábado (4), às 13 horas, com participação do autor, no Clube Atlético Santa Cecília, na Rua Alfaia Rodrigues, 269, no Embaré, em Santos.
Zé do Salto
Ao escrever e montar essa homenagem para Zé do Salto, o advogado lembrou muito do passado e também da sua ligação com a bocha, no qual é ativo até hoje no cenário do esporte, dentro e fora de competições. O professor também explicou o porquê de estar fazendo a homenagem agora.
“Objetivo tanto meu quanto dele, acima de tudo, através da pessoa do Zé do Salto, registrar a época de ouro da bocha paulista e criar uma referência à modalidade que tanto amamos”.
O advogado também recorda como conheceu a bocha, e consequentemente o Zé. E que depois de competir ao lado e contra ele, acabou formando uma relação de amizade.
“Fui inserido na modalidade pelo meu pai, que era atleta. Coisa de família. E quando fui despontando no esporte, o Zé do Salto já era um ícone. Tivemos a oportunidade de jogar contra e, posteriormente, juntos, como, por exemplo, na Seleção Paulista que venceu o campeonato brasileiro de 2000, em Porto Alegre. Assim nossa amizade foi construída, dentro e fora das canchas”.
Livro sobre bocha
Marcelo Henrique detalhou as partes em que teve mais dificuldade para escrever, citando o tanto de coisas que José Mazzer fez em sua vida, uma delas, ser jogador de futebol. Algo que o professor nem sabia.
“Foi a do futebol. Quando tive a ideia de fazer a biografia dele, não sabia que tinha sido jogador de futebol. Após visita à casa dele em Salto, saí de lá com a missão de compor duas histórias, a do Zé do Salto (da bocha) e a do Zé do Bar (do futebol). Muitas pessoas me ajudaram na construção da obra, por exemplo, nomeando as pessoas que estão nas fotos. Preciso destacar a Maria Julia Mariotti Paiva, hoje jornalista e na época uma aluna do curso. Ela foi fundamental na organização dos dados”.
O professor também citou a parte em que teve o maior prazer de escrever, citando a ‘bocha monstra’ e um ambiente que hoje vai se extinguindo.
“O capítulo 17 fala sobre a Bocha Monstro. Retrata, creio pela primeira vez na história, uma cultura típica do oeste paulista e norte paranaense, da bocha desenvolvida em ambientes de carteado, boteco, tudo regado a ‘espertezas’ e apostas. Ali sim, reputo, encontra-se a maior contribuição da minha parte, por ter registrado uma cultura que diminui a cada dia, o que me deixou muito feliz”.
Marcelo Henrique
O escritor também contou um pouco da sua história no esporte da bocha, dentro e fora das canchas. Além de contar arrependimentos e conquistas de sua carreira na bocha.
“Hoje, em face dos compromissos profissionais, quase não consigo mais praticar o esporte e quando consigo, a cabeça pensa e o corpo não executa por falta de treino. Fui campeão brasileiro, estadual e ganhei títulos dos Jogos Abertos do Interior, nada que chegue nem perto do que venceu o Zé do Salto. Desde as primeiras bolas roladas na cancha do Clube Recreativo Cunha Moreira, em Santos, até hoje, posso dizer que os melhores e os piores momentos da minha vida vivi nas canchas de bocha. Faria tudo novamente e deixaria de cometer alguns erros que cometi, dos quais me arrependo, como, por exemplo, brigar, fisicamente, com outras pessoas”.
A bocha hoje
O advogado também contou um pouco de como o esporte está hoje em dia, destacando a evolução no Estado de São Paulo.
“Fui presidente da extinta Liga Bochófila Santista e hoje integro a Federação Paulista de Bocha. A valorização que tanto queremos não ocorre pois não fazemos por merecer. O bochófilo se acha injustiçado, mas, na verdade, o esporte tem que evoluir muito para ocupar os raros espaços que a mídia oferece, como esse maravilhoso do Santa Portal”.
Serviço
Clube Atlético Santa Cecília, Rua Alfaia Rodrigues, 269, no bairro do Embaré.
Dia 04/02, às 13 horas