A ascensão das criptomoedas no Brasil: Uma nova era para a segurança das transações

A criptomoeda vem ganhando força significativa nos últimos anos, criando novas oportunidades de inovação e revolucionando vários setores. O Brasil emergiu particularmente como um centro regional de criptografia, atraindo grandes empresas de criptografia como a Coinbase e testemunhando a alta adoção de stablecoins.

A partir de 2022, estima-se que 7,8% da população total do Brasil – cerca de 16 milhões de pessoas – possuem alguma forma de criptomoeda. A Receita Federal informou que os brasileiros negociaram US$ 10,8 bilhões em stablecoins como o Tether (USDT) somente em 2022.

O próprio país foi o principal mercado sul-americano de transações de criptomoedas no ano passado. O governo está dando grandes passos para desenvolver o setor. Em dezembro de 2022, um projeto de lei de regulamentação de criptografia foi aprovado, introduzindo uma licença de “provedor de serviços virtuais” e penalidades para fraudes envolvendo ativos virtuais.

O poder executivo designou o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários para supervisionar o mercado de criptografia do país em junho. A Comissão de Valores Mobiliários regulará os ativos de valores mobiliários, enquanto o Banco Central estabelecerá regras de câmbio, incluindo requisitos de licenciamento.

Como funciona a transação de criptomoeda

Uma das principais vantagens de fazer transações com criptomoedas é a maior segurança, privacidade e anonimato que elas proporcionam. 

As criptomoedas, como Bitcoin e Ethereum, operam em redes descentralizadas conhecidas como blockchains. Esse sistema registra e verifica as transações, tornando-as altamente seguras e resistentes a hackers ou fraudes.  

Ele permite transações seguras e anônimas por meio do uso de técnicas criptográficas. Quando uma transação é feita, ela é criptografada e adicionada a um bloco no blockchain. Em seguida, os mineradores verificam a transação e a adicionam ao blockchain, garantindo sua integridade e segurança. As transações de criptomoeda também não exigem a divulgação de informações pessoais, garantindo a privacidade. Em vez disso, as carteiras de criptomoedas, que armazenam e gerenciam ativos digitais, fornecem aos usuários chaves criptográficas exclusivas para acessar e realizar transações com seus fundos de forma segura. 

Acredita-se que as transações de criptomoeda sejam mais seguras do que as convencionais. Isso ocorre porque as transações são pseudônimas, o que significa que as transações são vinculadas a endereços de carteiras em vez de informações pessoais. A natureza transparente da tecnologia blockchain também permite que os usuários verifiquem as transações de forma independente, garantindo a imparcialidade e reduzindo o risco de manipulação.

Além disso, a criptomoeda permite transferências internacionais rápidas e seguras com processos quase instantâneos. Ela também oferece taxas mais baixas em comparação com os sistemas bancários tradicionais. A maioria das bolsas de criptomoedas cobra apenas de 0 a 1,5% por transação.

Adoção de criptomoedas no Brasil

Os avanços tecnológicos continuam simplificando a vida das pessoas. As criptomoedas no Brasil estão sendo cada vez mais usadas para pagamentos, com cerca de 25% dos brasileiros dispostos a usá-las em estabelecimentos comerciais. 

Mais de mil empresas no Brasil já aceitam moedas digitais, enquanto que, globalmente, esse número ultrapassa 30.000. Algumas empresas fornecem métodos de código QR para os comerciantes para que os clientes possam pagar usando criptomoeda. Os brasileiros agora podem pagar desde impostos até contas hospitalares usando criptomoeda.

Além disso, vários sites de apostas passaram a permitir apostas esportivas com Bitcoin, Ethereum e outras criptomoedas. Um relatório sobre o estado das criptomoedas divulgado pela Softswiss revela que, até o primeiro trimestre de 2023, o cenário geral de apostas registrou um aumento de 19% nas apostas usando moedas digitais, elevando a participação total do mercado de apostas com criptomoedas para 30% no geral.

A principal distinção está no uso de criptomoedas para transações em vez de métodos de pagamento convencionais, como cartões de crédito ou transferências bancárias. Isso permite transações mais rápidas, mais seguras e anônimas.

Em 2023, há mudanças previstas nas regulamentações que legalizarão e governarão totalmente o mercado de apostas.  Espera-se que a legislação futura atraia mais investimentos no setor de apostas e gere mais receita para o governo.