Casos de dengue têm aumento na Baixada Santista; saiba como se prevenir
Por Maria Clara Pasqualeto em 05/04/2025 às 13:00

Dados divulgados pelo Ministério da Saúde, no Painel de Monitoramento das Arboviroses, apontaram um aumento de 585% nos casos de dengue na Baixada Santista, apenas em fevereiro de 2025. E a tendência de alta continua. Segundo dados das prefeituras da região, somente em março, foram registrados 28.678 casos de dengue, além de 49 mortes. Entenda como se prevenir da doença abaixo.
Causas
A infectologista Elisabeth Dotti explica que a questão mais complexa em relação à dengue é a disseminação do mosquito aedes aegypti, principal causador da doença, além de outras condições, como zika, chikungunya e febre amarela.
“O maior problema é justamente o próprio mosquito, ou seja, quanto mais mosquitos, mais dengue. Então, enquanto tivermos um grande aumento no número de mosquitos, teremos, consequentemente, o aumento dos casos. Num momento em que temos vacina para dengue, os casos aumentando mais e mais é algo absurdo, que tem que ser revisto”.
Prevenção
Elisabeth menciona medidas básicas, fáceis e acessíveis, porém, fundamentais para impedir que o mosquito se propague cada vez mais.
“Quanto a prevenção em relação à dengue, é sempre importantíssimo cuidar de criadouros, águas empoçadas, tarefas que as pessoas não levam tão a sério, para que não haja o aumento do número de mosquitos responsáveis pela doença. São medidas completamente sociais, cuidados que as pessoas acabam se esquecendo”.
“Independente das pessoas conseguirem identificar os ovos do mosquito, é fundamental ter cuidados, mesmo na dúvida ou incerteza. A higienização é fundamental, não pode deixar a água empoçada, piscinas que ficam paradas, sem limpeza, todos esses fatores são muito importantes. Então, o papel do agente comunitário que vai na sua casa para te orientar é muito sério. Só tem dois jeitos de prevenção: impedir a disseminação do mosquito e tomar a vacina”, finaliza a médica.
Outras medidas
Segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), medidas de proteção individual incluem:
- Proteção de áreas do corpo que o mosquito possa picar, utilizando calças ou camisas de mangas compridas
- Utilização de repelentes à base de DEET, IR3535 ou Icaridina em partes expostas do corpo. Também podem ser aplicados em roupas
- Utilização de mosquiteiros sobre a cama, uso de telas em portas e janelas e, caso houver, ar-condicionado
Importante: Não é recomendado o uso de repelente em crianças menores de dois anos, é necessário buscar orientação médica. Para crianças de dois a 12 anos, utilizar concentrações até 10% de DEET do repelente, no máximo três vezes ao dia.