São Vicente é a única cidade da região com baixo nível de desenvolvimento sustentável, aponta IDSC

Por Rodrigo Cirilo em 13/08/2023 às 13:00

Divulgação/Prefeitura de São Vicente
Divulgação/Prefeitura de São Vicente

São Vicente é a única cidade da Baixada Santista com nível baixo de desenvolvimento sustentável. Ou seja, está longe de atingir as metas estabelecidas na Agenda 2030, plano de ação global assinado em 2015 pelos 193 países-membros da Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo o Brasil. A constatação é da atualização do último domingo (6) do ranking do Índice do Desenvolvimento Sustentável das Cidades – Brasil (IDSC – BR), do Instituto Cidades Sustentáveis.

Dentre as 5.570 cidades brasileiras catalogadas, São Vicente aparece apenas na 1.739ª posição. O município possui 49,47 de 100 pontos possíveis, que é o limite máximo e indica um desempenho ótimo no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Qualquer pontuação entre 40 a 49,99 é considerada nível baixo.

Em 2022, o município tinha a pontuação de 53,00 e figurava na 1.019º colocação. Totalizando assim, uma perda de 720 posições, que só não maior que a de Itanhaém e Cubatão, que foram ultrapassadas por 757 e 853 cidades, respectivamente.

A pontuação do ranking é baseada em 100 indicadores, calculados com os dados disponíveis em fontes públicas e oficiais do Brasil, como DataSUS e INEP, por exemplo. Eles buscam auxiliar as gestões municipais a assegurar os direitos humanos, acabar com a pobreza, lutar contra a desigualdade e a injustiça, alcançar a igualdade de gênero, agir contra as mudanças climáticas, bem como enfrentar outros desafios globais.

Em nota ao Santa Portal, a Prefeitura de São Vicente explica que não é signatária do IDSC. No entanto, vem desenvolvendo trabalhos ambientais com apoio de universidades públicas a privadas da região, veja a nota na íntegra no final da matéria.

Outras cidades

Por outro lado, Santos é a única cidade da região com pontuação geral entre 60,00 e 79,00, obtendo nível alto, sendo a 26ª melhor ranqueada, com 60,70 pontos. No entanto, esses números representam queda de 10 posições em relação a classificação de 2022, quando o município figurava na 16ª colocação, com 63,10 pontos.

Com exceção de Santos e São Vicente, todas as cidades apresentam nível médio, entre 50 a 59,99 pontos. Vale ressaltar que Peruíbe foi a única que ganhou posições, saltando da 491ª para a 367ª. Entretanto, a pontuação se manteve parecida, com a leve melhora de 56,10 para 56,40.

Cidades da Baixada no ranking do IDSC – BR

Santos 26ª – 60,70 pontos

Peruíbe 367ª – 56,40 pontos

Mongaguá 603ª – 54,47 pontos

Praia Grande 623ª – 54,39 pontos

Guarujá 1.305ª – 50,98 pontos

Cubatão 1.493ª 50,38 pontos

Bertioga 1.553ª – 50,18 pontos

Itanhaém 1.566ª – 50,12 pontos

São Vicente 1.739ª – 49,47 pontos

Nota oficial da Prefeitura de São Vicente

A Prefeitura de São Vicente informa que o Município não é signatário desse índice. Sendo assim, a totalidade das informações necessárias para pontuar a solicitação apresentada fica comprometida.

O Município vem desenvolvendo frentes de trabalhos ambientais de modo inovador e estratégico.

Ao todo, três eixos estruturais orientam as políticas públicas ambientais vicentinas, que vêm sendo desenvolvidas com apoio de universidades públicas a privadas da região.

Os estudos consistem nos seguintes projetos:

1- Elaboração do Plano de Mudanças Climáticas, com foco na justiça climática, com alunos e professores da Universidade São Paulo (USP);

2- Plano de Macrodrenagem com medidas compensatórias sustentáveis, para o enfrentamento das enchentes;

3- O tema ‘Década dos Oceanos’, coordenado pela UNESP Campus Litoral Paulista e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), vem com um acordo de cooperação técnico científico para auxiliar a execução de projetos ambientais em São Vicente.

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