“Tem pastas em SV que só serviram para composição política”, afirma Coronel Magno Julião
Por Santa Portal em 30/08/2024 às 15:00
Candidato a prefeito de São Vicente, o Coronel Magno Julião (PL) revelou que o que mais o incomoda na gestão municipal são as negociações que transformam a cidade em um “balcão de negócios”. O PM aposentado apontou, em entrevista ao Rumos & Desafios, exibida nesta quinta-feira (29), que a administração conta com pastas em excesso, aliás, é o maior secretariado da Baixada Santista, em troca de uma “composição política”. Além disso, detalhou a dificuldade para manter sua candidatura, visto que havia pessoas do partido dentro da prefeitura que não queriam sua entrada na corrida eleitoral.
O coronel reformado afirmou que há a necessidade de criar uma Secretaria de Segurança Pública, bem como fomentar o turismo, oferecer atrativos para a iniciativa privada com isenções fiscais, aumentar a eficiência do portal da transparência, entre outros assuntos. Em sua primeira eleição, Julião está em uma chapa pura, ao lado da candidata a vice-prefeita, Pastora Marceli (PL).
Assim como Coronel Magno Julião, o programa Rumos & Desafios entrevistará, até 12 de setembro, os postulantes às prefeituras das cidades da Baixada Santista, sendo televisionado todas as terças e quintas-feiras, às 21h, também com transmissão simultânea no YouTube do Santa Portal. Confira a entrevista na íntegra abaixo.
Para começar, por que se candidatar à Prefeitura?
É uma pergunta bem fácil de responder, principalmente lembrando que já estava aposentado há cinco anos e comecei a observar, ficar mais atento ao que está acontecendo na cidade. No corre-corre do dia-a-dia, entramos e saímos de casa, essa que é a verdade.
Já quando aposentado você começa a ter um olhar mais atento do que está acontecendo ao seu redor e em São Vicente, a gente lembra que a cidade realmente está há muito tempo largada, abandonada. A cidade não consegue se desenvolver. Então, venho para esse desafio, mudar esse quadro.
A gente vê um número cada vez maior de candidaturas de policiais militares ao Legislativo e no Executivo parece que está começando agora. Quais são as qualidades e como a sua experiência pode acrescentar na Prefeitura de São Vicente?
Um coronel da Polícia Militar ou um PM têm alguns determinados valores, algumas características que são um pouco diferentes do mundo civil. Temos um sentimento de patriotismo mais exacerbado do que talvez o civil tenha.
Os coronéis passam por diversas funções ao longo da carreira. Passei na área de recursos humanos, material, finanças, processos licitatórios, procedimentos apuratórios relacionados a situações diversas que o nosso policial militar passa na rua.
Enfim, acabei recebendo uma grande gama de conhecimentos, de informações e isso faz com que eu possa realmente colocar-me como um bom candidato conhecedor daquilo que a cidade vai precisar e realmente está necessitando hoje.
Esse olhar diferenciado tem mais a ver com a segurança, justamente pela sua formação, ou agora aposentado, esse olhar acaba ampliado para coisas que de repente não tinham tanta importância?
Exatamente. Segurança é o meu foco principal, não teria como ser diferente. No entanto, ao começar a andar na cidade, a falar com as pessoas, você recebe uma gama de informações, muitas reclamações na área de saúde, educação, transporte e até em processos licitatórios. Ontem mesmo recebi um telefonema de um empresário reclamando de processos licitatórios em São Vicente.
Então, quando você se demonstra candidato e o peso de ser um coronel da PM, isso agrega, as pessoas me veem diferente, mas também é um peso. Então, essa condição realmente me favorece, não posso dizer o contrário.
São Vicente não tem uma Secretaria Municipal de Segurança, qual é o peso de ter uma criação de uma pasta como essa?
Vai ter. Não consigo entender uma cidade do porte de São Vicente com mais de 300 mil habitantes, com problemas gravíssimos na área de segurança pública, que nem preciso mencionar aqui, não ter uma secretaria específica para lidar com isso. É um absurdo. Pode ter certeza que comigo vai haver uma Secretaria de Segurança Pública para cuidar mais de perto dos problemas que a prefeitura tem responsabilidade para resolver.
Temos que lembrar que segurança pública, em primeiro grau, é realmente o Estado, mas a prefeitura tem a obrigação de ajudar o Estado a contribuir na segurança do seu próprio cidadão.
Qual seria a sua ajuda caso o senhor seja prefeito de São Vicente?
Hoje, vejo alguns projetos que a cidade tinha dentro das comunidades. Jockey Club, Vila Margarida, vou ficar só nesses dois por enquanto, tinham projetos de cunho social, esportivo, cultural e até profissionalizantes ao longo de algum tempo e nas últimas administrações foi deixado de lado ou foi subutilizado.
Tem projeto que está completamente abandonado, se deteriorando. Aliás, tem acontecido com muitos prédios públicos, não só os destinados a áreas sociais, mas até mesmo na área de saúde vemos prédios públicos sendo deteriorados por falta de manutenção.
Na área social, o senhor acha que investindo, por exemplo, em projetos sociais, isso ajuda de alguma forma a segurança?
Com certeza. Afastando um jovem, um adolescente dentro da sua comunidade para um projeto social, cultural, esportivo, até mesmo profissionalizante, amanhã ou depois esse menino não vai ser cooptado pelo tráfico.
Em relação à educação, nenhuma cidade da Baixada Santista atingiu a meta do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), inclusive São Vicente. Como melhorar esses indicadores e ao mesmo tempo motivar os servidores e os trabalhadores da área?
Hoje, infelizmente, a arrecadação de São Vicente não atende as necessidades do município, e isso impacta no salário dos servidores. Se for comparar com outras cidades, os servidores vicentinos têm uma remuneração um pouco abaixo dos demais.
Precisamos criar mecanismos para estimular o aumento da arrecadação, trazendo novas empresas, novos negócios para as cidades. Temos a Área Continental que, para mim, é a verdadeira pérola da cidade, uma área gigantesca, pronta para ser explorada, do lado de rodovias, próximo do porto, fácil acesso para a capital e não é aproveitada. Temos que trazer estímulos.
Ao gerar mais renda dentro da cidade, vamos começar a reestruturar o anseio do servidor público, que é o salário. A partir do salário, precisa-se reestruturar, através de cursos e de outros mecanismos, vamos dizer assim, motivar o professor a trabalhar mais, a ser mais cooperador. Algumas pessoas criticam que o professor está meio fora da sala de aula, em termos de proximidade do aluno.
Eu discordo, as pessoas não podem confundir educação com aprendizado. A educação é em casa, o aprendizado é na escola, o ensinamento é na escola, mas a educação vem de casa, vem de berço. Então, precisamos sentar com o pai, com os professores, até mesmo com o corpo discente, os jovens, para ver o que está acontecendo.
Temos tanto problema grave de agressões na escola, entre alunos, professor com aluno, aluno com professor, pai com professor. Então, tem alguma coisa errada nesse sistema, precisamos sentar todo mundo, conversar e se ajustar. Acho que o sistema tradicional educacional é bom, mas pode melhorar.
A escola cívico-militar é um sistema que pode ser acoplado ao atual. Eu, como policial militar, não poderia ser diferente, sou profundo defensor da escola cívico-militar e gostaria muito que São Vicente tivesse pelo menos duas, uma na Área Continental e uma na Área Insular. O projeto é esse ano, não sei se a atual administração entrou, mas gostaria muito de ver a minha cidade contemplada com duas escolas cívico-militar.
Que vantagens as escolas trariam no quesito educação?
Começa pela disciplina, que na escola militar é fundamental. É o que falta na escola tradicional. O desrespeito entre professor e aluno não pode existir, não existia na minha época, não existia na sua. Ai de nós que questionássemos o professor na sala de aula, não existia isso.
O que aconteceu ao longo do tempo que esse respeito pelo professor, do professor para com o aluno, do aluno para com o professor acabou? Dentro da escola militar isso não existe.
No seu plano de governo, o senhor menciona a questão de creches noturnas. O senhor vê a possibilidade de instalar quantas na cidade?
Temos que sentar e verificar. Como disse aqui, a cidade não arrecada o suficiente. Montar a creche com verba vindo de um parlamentar ou do governo estadual e federal é fácil. O problema é manter, precisa de funcionários. Temos que ver o que é possível.
É um pedido, muitas pessoas já me procuraram, porque a gente sabe, tem pai, tem mãe que trabalha à noite. A minha esposa trabalha à noite. Então, realmente precisa. Vamos estudar e ver a realidade financeira da nossa prefeitura. Hoje, se você for no portal de transparência de São Vicente, vai ver tudo, menos transparência. O portal não demonstra os dados de uma forma clara, concisa, precisa. Não tem isso. Vamos mudar isso também.
O senhor comentou da exploração da Área Continental. Seria uma área que poderia ter um potencial turístico para a cidade?
Muito. Para trás do Paraitinga é lindo. Exploração nenhuma nas cachoeiras. Tem condições de fazer ali, subindo o rio, que agora fugiu o nome, ele vem sair aqui no braço de mar. Então pode até optar por um condomínio de alto padrão. As possibilidades são enormes para a Área Continental. É questão de querer fazer, só isso.
O seu plano prevê alguma coisa nesse sentido?
Vamos estudar. Não é só o turismo na Área Continental. Se pensar nos marcos históricos de São Vicente, que é a primeira cidade do Brasil, como eles estão? Totalmente abandonados. Não existe. São coisas que precisamos reativar e levar São Vicente à sua condição de primeira cidade do Brasil.
O turismo histórico poderia ser muito bem explorado. Precisamos incentivar e buscar através de iniciativa privada, público-privada, para desenvolver o turismo de São Vicente, porque realmente não existe.
Em relação à Área Continental, o senhor pretende trazer que tipo de empreendimento, que tipo de atividade econômica para aquela região?
Temos a intenção de trazer pequenas e médias empresas, oferecer atrativos com isenções fiscais. Costumo dizer sempre dentro daquilo que a lei permite fazer, nada fora da lei. O que a lei permitir que se faça, nós vamos fazer em termos de incentivo fiscal.
Além disso, vamos divulgar essa área para as pessoas, para os empresários que têm o interesse de estar do lado do maior porto do país. Está a 70 quilômetros da capital. Está a aproximadamente 50 e poucos quilômetros do Rodoanel, que interliga o estado de São Paulo inteiro. A cidade se vende. Agora precisa fazer chegar as informações nas pessoas certas.
Como atrair investidores para São Vicente, não só para a Área Continental, para a cidade em geral?
Acho que na Área Insular, pode-se desenvolver muito ainda, está sendo desenvolvido, já houve bastante obras nesse sentido, a construção civil. Ela movimenta muita coisa. Exige um grande número de empregados e tendo trabalho, a pessoa tem o seu salário, gasta na cidade, dá uma incendiada no comércio e isso é muito bom.
Vejo a construção civil, assim como foi na Praia Grande, guardadas as devidas proporções, um grande ganho para a cidade.
O senhor comentou sobre a questão do custo em São Vicente, que tem uma baixa arrecadação em comparação a outras cidades. Como melhorar a fiscalização, usar melhor esse recurso?
Nós temos uma inadimplência absurda. Hoje, só o IPTU deve estar em torno de 40% de inadimplência. Então temos que chamar os nossos moradores e lembrá-los que a cidade precisa do recurso deles, eles é que estão pagando o desenvolvimento da cidade, os serviços que a cidade presta. Então o cidadão vicentino precisa entender que ele tem que cumprir com as suas obrigações.
Se o imposto está alto, vamos estudar se realmente existe uma outra fórmula de você redividir a cidade, talvez estabelecer setores para definir valores específicos. Assim como é feito na Praia Grande, dividiram a cidade em três grandes quadrantes e vejo também uma possibilidade nesse sentido.
Agora, em relação aos inadimplentes, vamos chamar o pessoal, precisamos do dinheiro, a cidade precisa do dinheiro. A cidade não arrecada muito e se você ainda não paga, ela não anda. Essa que é a verdade.
Os programas de refinanciamento não têm sido suficientes?
Não atende. A pessoa refinancia, daqui a pouco paga, ou aquele ano ela não paga, é assim que funciona.
Em relação à estrutura do governo, a atual gestão ampliou o número de secretarias. O senhor acha que é adequado? Pretende diminuir?
Pelo amor de Deus. Bolsonaro (PL) governou o país no início do seu mandato com 22 pastas ministeriais. O Kayo Amado (Podemos) colocou 30 secretarias em São Vicente, uma cidade que arrecada tão pouco, com 30 secretarias, tem pastas lá que não servem para absolutamente nada.
Só serviram para uma coisa, a composição política dele. Hoje tem dezenas de partidos dentro da prefeitura, em detrimento de uma arrecadação que não atende às necessidades. Então, fazer acordos políticos, transformar a cidade num balcão de negócios, como tenho acostumado a dizer, eu não vou fazer isso. Não aceito e não consigo entender como alguém pode transformar a sua cidade nisso, em nome da sua gestão. Não dá. Para mim, não serve.
Então, vamos reduzir o número de secretarias. Fiz um estudo prévio, bem superficial e entendo que em torno de 16, 18 pastas é um número mais do que suficiente para atender. Secretarias deverão ser transformadas em diretorias, coordenadorias. Enfim, tem que dar o exemplo enxugando a máquina. Tem que diminuir o número de secretarias. Não vejo de outra forma.
Qual é a sua principal insatisfação com a cidade?
A negociata. O jogo sujo da política. Colocamos a nossa candidatura em fevereiro, salvo engano, e foi uma briga para o PL manter a candidatura, porque o partido estava dentro da prefeitura.
Tinha deputados do nosso partido com secretarias na prefeitura. E eles não queriam que o PL disputasse. A alegação era que não havia nenhum candidato de expressão. É óbvio que não havia nenhum candidato de expressão em São Vicente pelo Partido Liberal. Já que eles estavam, até então, dentro de alguma secretaria, compondo com a atual administração. No entanto, queríamos o direito de disputar, independente se ia ser o coronel ou quem quer que seja.
Foi uma briga terrível até que o Bolsonaro interveio e determinou que ia ter um candidato próprio, não só em São Vicente, mas também na Praia Grande, no Guarujá, independente do resultado. Ele deixou isso bem claro para a gente quando estivemos em reunião com ele em Brasília. ‘Independente do resultado, disputem a prefeitura’. Então, estamos muito tranquilos nesse sentido.
Como que o senhor vê a influência do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições deste ano?
Ele é o maior cabo eleitoral do país. Ele estava em Sertãozinho (SP), arrastando multidões. Teríamos uma agenda com ele aqui, em 30 de junho. Infelizmente, ele foi acometido pela aquela doença na perna dele, ficou 11 dias internado e nós perdemos a nossa agenda. Estamos tentando reagendar, mas é difícil. A agenda do homem não é brincadeira.
Por onde ele vai, todo mundo quer abraçar, quer tocar nele. Em São Vicente, ele teve 102 mil votos. Então, é muito expressiva a votação dele, daria para eleger um prefeito no primeiro turno. Para nós, em termos políticos, seria de suma importância a presença dele. Mas se não for possível, vamos explorar a imagem. Temos o direito disso, somos o PL, estamos de chapa pura. Além da nossa deputada federal Rosana Valle (PL), que deve ganhar também no primeiro turno em Santos. O PL vem para brigar.
A rede social ajuda nesse sentido?
Demasiadamente. A minha rede social era de uma pessoa comum, não tinha nem 800 pessoas. E, mesmo assim, com nada de impulsionamento praticamente, hoje eu mais que dobrei. Tenho um alcance com mais de 400 mil pessoas, que visualizaram o meu Instagram, por exemplo. Então, é legal, é bacana, mas também não é só isso.
Em relação à saúde, o senhor tem sido muito cobrado para fazer novas ações?
Eu não sou o prefeito, mas ele está sendo muito cobrado. As pessoas me procuram bastante. Estávamos gravando um vídeo no PS Central, na Linha Amarela com a Mascarenhas de Moraes, e uma senhora passando com um carrinho de bebê, me viu falando do PS Central e disse, ‘é isso mesmo, não presta nada aqui’, e saiu, foi embora. Queria colocá-la no vídeo, mas não deu tempo.
É assim, a saúde de São Vicente está falida. Parece que nada funciona como deveria funcionar, pelo menos o mínimo aceitável. A minha empregada levou quase um ano para fazer um exame de imagem, uma tomografia.
Quando você começa a andar por aí e perguntar, as pessoas relatam a demora. Como é que pode isso? Você vai no hospital e fica cinco horas esperando para ser atendido. Você vai em um hospital que antes funcionava 24 horas atendendo todo tipo de emergência e hoje não atende. Reinaugurou e ele não faz o que fazia anteriormente. Então, não se melhora o serviço. Ao reformar algo, espera-se que melhore aquele atendimento e não o reduza. E é o que está acontecendo no Parque das Bandeiras.
A saúde está horrível na cidade. Até equipamentos e insumos básicos faltam no hospital. Recentemente, recebi uma denúncia de que no Hospital Vicentino, na Linha Vermelha, também inaugurado há pouco tempo, estava faltando até seringa para soro. É difícil, como é que você fala que a cidade está melhorando, se o elementar, que é saúde, educação, transporte e segurança, você não tem. A cidade não está melhorando, está no mesmo patamar, se não tiver pior.
Qual seria o principal desafio, sentando hoje na cadeira de prefeito?
Fazer a cidade funcionar normalmente. Vir com projetos mirabolantes é bobagem. Faça a cidade funcionar, se a sua casa está uma bagunça, se você quer avançar, você primeiro a arruma. É isso que temos que fazer, arrumar a saúde, o transporte, a educação, consertar a segurança pública. Depois, nós vamos começar a crescer.
Como melhorar a zeladoria para elevar a autoestima do vicentino?
É um absurdo. Tenho um vídeo no Instagram, que falo sobre um alagamento na rua, que nunca lembro o nome, mas é a primeira travessa da Presidente Wilson, para quem sai da praia. Choveu enquanto estava gravando um podcast em um estúdio ali perto, parou 20 minutos a chuva e a rua ainda estava alagada. Fiz um vídeo questionando justamente a limpeza dos bueiros, das galerias.
Você anda na cidade e não vê limpeza de galeria. Por isso que a água demora um monte para sair, fica tudo alagado, parado, porque não tem. A água tem que escoar pelas galerias, no sistema de microdenagem, para chegar no macro.
No sistema macro, que são os canais para depois ir para os mangues, enfim, estão tudo assoreados. O canal da Náutica, agora que veio verba do Estado, estão terminando, ainda não terminaram a obra. Espero que resolva. O canal secundário da Catarina, fizeram a obra, essas primeiras chuvas que tiveram, não teve mais problema. Tomara que resolva.
No entanto, gastaram rios de dinheiro ali. Entra e sai administração gastando dinheiro e o problema não era resolvido. Tem o outro lado da Catarina que ainda não mexeram. E o canal está lá, até a tampa. Não precisa nem chover, subiu a maré, um metro e meio, já era. Alaga, não tem como.
O senhor é casado, pai de três filhos, avô de cinco netos. O que a sua família acha da sua participação na política?
Quando fiz essa postagem no Facebook, não lembro se foi em janeiro ou fevereiro, não lembro mais. Antes de postar, chamei os filhos e perguntei o que achavam. Foi assim, ‘mas o senhor já está aposentado há cinco anos, tranquilo, viajando, curtindo, vai se meter de novo? Mas se o senhor quer, então vai’. Todos apoiam. Porque se não fosse assim, não daria. Eu não paro e se não tivesse o apoio deles, não dava para vir, não tinha como.
Podemos contar com o senhor no debate, em 1º de outubro?
Claro. Estarei, com certeza.
Deseja deixar um recado final?
Você, cidadão vicentino, morador de São Vicente, só posso dizer que você é um herói. Porque são décadas de cidade abandonada e largada. O PL vem com a chapa pura, como estamos dizendo, direita raiz.
Até pouco tempo atrás, o PL estava na mão de pessoas que se diziam de direita, mas, para mim, eles eram o bolso da direita. Não tinham o menor comprometimento como nós, da direita raiz, verdadeira, bolsonarista temos. Venham com a gente, que nós vamos mudar, nós vamos transformar São Vicente. É o sonho que vai ser realizado.