"Há uma falta de inteligência e preparo em São Vicente", critica Ricardo Fargnoli
Por Santa Portal em 28/08/2024 às 15:13
Candidato a prefeito de São Vicente, Ricardo Fargnoli (PRD) afirmou que falta inteligência e preparo na administração municipal para resolver questões relacionadas à mobilidade urbana, saúde e educação. Aliás, o pedagogo detalhou, em entrevista ao Rumos & Desafios, exibida na última terça-feira (27), que um dos projetos de seu plano de governo é tornar o município em uma cidade inteligente, integrando a tecnologia aos atendimentos públicos.
Fargnoli também revelou que sua maior insatisfação é com a ausência de turismo na cidade. O nome da chapa pura do PRD, com o candidato a vice-prefeito Roberto Sant’ana, criticou a funcionalidade do teleférico, lamentou o encerramento das atividades de antigas atrações e prometeu, em caso de eleição, ter como prioridade a reativação do Centro de Convenções.
Assim como Ricardo Fargnoli, o programa Rumos & Desafios entrevistará, até 12 de setembro, os postulantes às prefeituras das cidades da Baixada Santista, sendo televisionado todas terças e quintas-feiras, às 21h, também com transmissão simultânea no YouTube do Santa Portal. Confira a entrevista na íntegra abaixo.
Você nunca tinha se candidatado. Por que resolveu colocar o nome à disposição?
Tenho dois motivos. O primeiro, que sempre falo, é o meu direito como cidadão. Poucas vezes nos é informado sobre isso, que todo cidadão brasileiro que tenha alguns requisitos pode ser candidato. Então me vi como uma pessoa candidata a prefeito de São Vicente.
E o outro motivo é que eu e minha família estamos em São Vicente há 50 anos. É a cidade onde meus pais e irmãos moram, onde meus filhos foram criados e em que trabalho e amo. Isso me fez perceber que posso colaborar com São Vicente.
Como é que foi a escolha para trilhar o caminho da educação?
Fui criado como Testemunha de Jeová, onde a educação é a parte principal. Desde cedinho nós falamos de casa em casa, nós falamos com as revistas, então isso foi algo criado dentro da minha família. O meu avô também era da educação e foi trilhando esse lado familiar.
Além disso, sempre gostei de me expressar, de falar, da parte pedagógica e o caminho encontrado foi a educação. Fui bancário por seis anos, ramo que eu gostava muito, mas era um serviço fechado, administrativo, e gosto de conversar com as pessoas. Então, nada melhor que educação.
Como a sua experiência como educador ajuda num cargo do Executivo como prefeito de São Vicente, por exemplo?
Principalmente em São Vicente, sou diretor de uma escola privada e eu praticamente já ajudei a formar 17 mil pessoas na cidade, adultos, homens e mulheres. O nosso maior público é de pessoas adultas e mulheres principalmente na área da saúde.
Desta forma, conheci praticamente todos os problemas que as pessoas possuem em São Vicente. O problema familiar, da falta de escolaridade anterior, da dificuldade financeira. Então com isso, fui percebendo e conhecendo de perto o problema da cidade.
Por exemplo, quando chove, um aluno meu daquela área não pode vir estudar porque não tem acesso. Ou se ele perde a primeiro horário, ele não consegue chegar na escola por falta, às vezes, de transporte público. Além do problema de desemprego muito forte. A renda per capita nossa é muito baixa.
Então passei a conhecer um pouquinho de cada morador de São Vicente que são 17 mil pessoas. É uma porcentagem muito grande que tive contato diariamente.
Recentemente o Ministério da Educação trouxe à tona os dados do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e São Vicente, assim como outras cidades da região, não atingiu a meta. Como que é possível virar essa página para melhorar esses índices da educação?
A educação tem que ser primeiro interessante e ela não está se transformando nisso. Principalmente no ensino fundamental e no ensino médio. No ensino médio tem um problema muito grande dos alunos não terem interesse em estudar. Porque ele acaba saindo do fundamental muito defasado, vai para o médio e começa a ter conteúdos muito diferentes.
Vamos dizer, a matemática começa a ser diferente, a física começa a ser diferente e isso causa um grande problema de aprendizado aos jovens. Ele conhece muito pouco e depois exigem muito dele. Outro problema que enxergo também é em relação ao que ele vê a facilidade de concluir o seu curso sem precisar estudar.
Porque ele sabe que quando fizer 18 anos ele vai fazer um EJA (Educação de Jovens e Adultos), um Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos), vai pegar o seu certificado de ensino médio e acabou o problema. No entanto, ele esquece que estuda não apenas para ter o certificado ou o diploma, mas para o aprendizado. Falta esse incentivo.
Além de tecnologia nas salas de aula. A educação no Brasil hoje é a mesma de quando estudei no grupão em 78. É uma sala de aula, cadeira, professor, lousa, canetão agora não é mais giz, mas continua no mesmo formato. Por outro lado, a tecnologia está a cada dia se aproximando.
É necessário criar batalhas de programação, startups dentro da sala de aula para o jovem já começar a entender como resolver um problema desde cedo, fazer campeonatos até na área do lazer, do esporte, do turismo. Isso modifica e incentiva o jovem a estudar. É importante que ele tenha essa vontade. Por exemplo, pode incluir nas salas de aula, ensinar o jovem a ser youtuber, mas não só para isso.
Você quer trazer o jovem para você. Tem que criar formas de a criança e o jovem querer estar na sala de aula. É deixar a educação mais atrativa, porque é uma outra realidade, na verdade. Se não for interessante, vou só querer completar o meu curso, onde que entra o problema, que é uma solução, mas dependendo da situação é um problema, o EJA e o Encceja. Contudo, se for atrativo, vou querer estar amanhã na escola, mas hoje acontece o contrário. É o nosso problema hoje.
A cidade apresenta níveis laranja e vermelho em relação ao aprendizado de português e matemática, que são fundamentais. Tem criança de sete anos que não sabe ler. Para chegar nesse nível, a falha está muito embaixo.
Hoje nós temos em São Vicente as creches, que são os ensinos iniciais. Mas, de primeiro momento, a função da creche na cidade é que a criança fique para a mãe poder trabalhar. Então, não há um tratamento pedagógico com essa criança.
Às vezes, nós esquecemos que a educação tem que ser continuada. Ou seja, tenho que ter uma criança que vai para a escola com quatro, cinco anos e já começa a desenvolver a pedagogia, para depois, no ensino fundamental, ele conseguir ler, mas ter uma base boa na creche. Ele tem que ter noção de matemática e noção de português.
Tem que ser pedagógico, usar formas de a criança aprender de forma lúdica a matemática, aprender a ler de forma lúdica, para quando ele chegar no primeiro, no máximo, segundo ano, ela está alfabetizada. E isso não acontece. Lá se transforma um local de deixar a criança, a mãe vai trabalhar, a mãe volta, vai para casa comer alguma coisa e amanhã novamente. Não há uma pedagogia voltada para as séries iniciais.
Falando sobre a gestão da cidade, uma das ideias no seu plano de governo é transformar São Vicente em uma cidade inteligente. Como que seria isso na prática?
Uma cidade inteligente funciona utilizando os recursos tecnológicos. Vamos começar pela saúde, onde não existe milagre. Existe uma cartilha montada pelo SUS, que demonstra como funciona a saúde.
Tem que ter a UBS (Unidade Básica de Saúde), que é a porta de entrada, onde a pessoa tem acesso à comunidade. A UBS Vila Valença conhece os seus moradores. Pessoas de mais idade, com pressão alta, que têm, por exemplo, glaucoma. Essa é a característica da Vila Valença. Vila Margarida é uma outra UBS, mais voltada para jovens, às vezes maternidade antecipada, problemas com droga em alguns momentos. Após isso, tem a Saúde da Família, que é responsável da UBS e vai tratar as questões daquele bairro.
Na sequência, tem as UPAs (Unidade de Pronto Atendimento), nós não temos em São Vicente, temos pronto-socorro, que é a mesma coisa, só que a UPA é um pouquinho mais moderna, com mais especializações e médicos. Por fim, tem o hospital e o Samu. Isto é a saúde no Brasil. Não há milagre, mas tem a gestão tecnológica.
Por exemplo, tem que ter agendamento usando inteligência, o Samu deve saber o locais e dias que têm mais acidentes. Um exemplo aconteceu dias atrás, com sábado e domingo de sol muito grande. Segunda-feira o que aconteceu? Muita gente doente, gripada.
As UPAs, UBS e pronto-socorros lotados de gente. A inteligência faz você se preparar para esse dia. Ao saber que vai ter mais pessoas doentes, tem que ter mais médicos, enfermeiros e o Samu mais atento. Então, isso é utilizar a inteligência.
Outra coisa importante é agendamento de forma eletrônica, por aplicativo, por exemplo.
Assim conseguimos evitar que pessoas saiam de casa desnecessariamente. Além de milhões de consequências, como pessoas que precisam usar o transporte público simplesmente para ir até uma UBS para marcar uma consulta. Você elimina isso e desafoga o trânsito.
Tem o problema também da pessoa não ter o dinheiro, porque ela não tem, às vezes, R$ 12,00 para ir e voltar. Tem filas gigantescas. A pessoa precisa faltar o trabalho para estar lá ou precisa deixar o filho com a vizinha para isso. Então, tem diversas consequências simplesmente por um aplicativo. É uma solução muito grande.
Mais uma solução é o prontuário eletrônico. Tudo no mundo é eletrônico, os bancos, a Receita Federal, mas a saúde não. E por que São Vicente não implantaria esse tipo de coisa? Outra coisa importante, falando de cidade inteligente, são os semáforos inteligentes. Nossos semáforos funcionam de forma desordenadas. Tem que ter uma sequência de forma inteligente.
Já a rodoviária tem que estar alinhada com todo o processo em volta. Tem que ter VLT no entorno, bolsões de bicicleta, de estacionamento. Por exemplo, quero ir para São Paulo. Vou de bicicleta, a estaciono, vou a São Paulo, volto, pego a bicicleta e vou para a minha casa. Isso não acontece. Ou moto, ou carro. É uma coisa importante que tem que ser feita.
A rodoviária de São Vicente será feita no centro da cidade, em um bairro no sentido circular, que você não consegue estacionar o veículo, que não tem VLT próximo e não tem bolsões. Isso não é inteligente. É um problema que vou ter, caso eu venha ganhar. O que vou fazer com essa rodoviária no meio da cidade?
Falo que é como construir um sobrado com uma escada no meio da sala e um banheiro dentro da cozinha. O que faço com isso agora? Falta inteligência e preparo.
Qual hoje é a sua principal insatisfação com São Vicente?
O turismo. Nasci em São Paulo e vim pra cá com três anos de idade. Ou seja, estou em São Vicente há 50 anos. E vi o que nós fomos perdendo durante esses 50 anos.
São Vicente já teve um coreto, uma Ilha Porchat com shows maravilhosos, com noites maravilhosas, o Clube Hípico, o Jockey Club, o Mercado Municipal, o Centro de Convenções, uma praça em frente à Igreja Matriz que tinha eventos, mas não temos mais.
Então tudo o que nós tínhamos em São Vicente, hoje não temos. Temos um teleférico que de primeiro momento você sai dali e chega a lugar nenhum. Não consegue ter um restaurante presente, ter umas lojas que vendem suvenirs ou qualquer outra coisa que gere comércio.
Tem uma biquinha cada vez mais distante do que era algum tempo atrás. A Praça 22 de Janeiro que recebia por domingo duas, três, quatro mil pessoas, com a feirinha hippie. A minha mãe teve barraquinha nesse local e hoje não temos mais. Tinha o trenzinho dentro da praça, em que eu trabalhei, e hoje não existe mais.
O que tem em São Vicente hoje? Alguém em São Paulo ou do interior fala para o filho, ‘vamos a São Vicente?’. A primeira pergunta é: ‘fazer o que?’. Não há opção. É muito ruim compararmos, mas comparando saí de São Vicente no domingo fui até ali o Emissário Submarino à Ponta da Praia. Tinha gente usufruindo a vida, brincando nos parquinhos, andando de bicicleta. Então o município oferece isso, todo mundo feliz, se respeitando, alguém se batendo no outro porque está andando a pé ou de bicicleta, mas depois se acertando e isso causa um leve ciúme dos santistas, que têm agora também o Parque Valongo e nós não temos nada.
Chegou a hora de São Vicente. O que nós temos hoje? Nada. Como que gero emprego em São Vicente que não é uma cidade industrial? Único jeito, com o turismo. A primeira coisa que quero fazer é o Centro de Convenções, uma questão de lógica e de inteligência.
Veja as cidades que estão do lado. São Paulo é a cidade mais rica do Brasil. Santos, maior porto da América Latina. Praia Grande recebe turismos maiores também do nosso Estado. E nós não temos nada a oferecer. Preciso ganhar alguma coisa dessa região.
São Paulo, hoje, um centro de convenções, custa R$ 40, 50 mil. Se tenho um projeto pequeno, não tenho condição, mas se eu tiver um centro de convenções atrativo, vão pensar, ‘no litoral tem uma cidadezinha que fica no pé da Anchieta, da Imigrantes. Lá o aluguel é R$ 10 mil, tem tudo em volta’. Isso gera um turismo comercial.
Nós não temos nem no verão, um verão quente. Santos, Praia Grande e Guarujá têm bolas para jogar, campo de futebol. Nós não temos nada. E quem não tem nada, não consegue ter dinheiro. Não gera renda, não gera emprego, não gera nada. A minha maior insatisfação com São Vicente é o turismo. Porto Municipal também está fechado.
Em relação ao centro de convenções, você projeta esse centro em que local da cidade?
Ele tem que ser grande, na verdade. Tem que ter um centro de convenções e obrigatoriamente estacionamento. É onde sempre foi, no centro de convenções, ali no Parque Bitaru/Vila Margarida. Esse é o local. Já existe uma estrutura. Ele está no pé da Imigrantes. É lá.
Para trabalhar o turismo, tem que ser atrair investidores. Como que você pretende fazer isso?
Podemos começar pequenininho. Por exemplo, podemos ser colocados no TripAdvisor. Saber que São Vicente existe. Primeira coisa, preciso dizer para o mundo que eu existo. Não adianta eu chegar e bater em qualquer local, sendo desconhecido. Preciso me construir.
Procuro, por exemplo, a CVC e peço para fazer pacotes para São Vicente. Por que nós não temos pacotes? Nós temos hotel, nós temos praia. Nunca se preocupou com isso. Faz um pacote acessível. Vai lá no TripAdvisor, mostra o que nós temos.
Faz um campeonato de futebol, de voleibol, um stand-up, nossas águas são cristalinas, são retinhas, dá para fazer campeonatos de stand-up. Assim começa a atrair atenção. Faz, por exemplo, um triathlon, um teatro na cidade, corrida de bicicleta, nós temos essa possibilidade.
Então, devagarzinho você vai sendo conhecido por todos. Depois de conhecido, pego o meu portfólio, aliás, vou ter um secretário para isso. Esse secretário não pode ficar sentado na cadeira. Ele tem que pegar todo dia a malinha dele e ir atrás de parceiros. No entanto, antes de oferecer, tenho que dizer quem sou.
No que diz respeito à zeladoria, como melhorar isso na cidade?
Nós estamos hoje com um problema muito sério de zeladoria em São Vicente. Temos alguns locais que parecem bom, mas temos ruas e calçadas esburacadas. Já tem esta ideia sobre São Vicente. Temos jardins que não é jardim, têm mais mato do que um lugar arborizado, um lugar bom de se ver.
Isso é muito problemático. E como resolveria isso? Simples também. Quantos cargos públicos eu tenho disponíveis em São Vicente? Que eu contrato como prefeito? 500 cargos. Mas basicamente são 500 cargos administrativos com pouca relevância, porque já tenho o meu efetivo de funcionário público que atende isso. Então, ao invés de utilizar essas vagas para chamar cargos de amigos meus, contrato pessoas com a zeladoria.
Um exemplo, Área Continental. Você sai da ponte e tem uma estrada longa, que é linda. Tem mata do lado de cá, mata do lado de cá e um corredor que separa as duas pistas. No entanto, não se vê uma pessoa sequer limpando.
Tem também uma encruzilhada que são feitas oferendas religiosas. Claro que tem que fazer. É a religião da pessoa. Mas ninguém pensou em fazer naquela encruzilhada alguma coisa para melhorar a oferenda. Põe lá uma pia para a pessoa depois higienizar. Põe uma coisa de mármore para a pessoa colocar a oferenda.
Conversa com as entidades, pede para limpar depois. Lá tem bichos mortos, muito urubu. Eu, como prefeito, tenho que dar a estrutura para fazerem a oferenda com qualidade, deixar aquilo mais bonito. É simples, é utilizar a mão de obra necessária na zeladoria.
Você é casado, pai de três filhos, como que a sua família lida com a sua participação na política?
A minha esposa gosta muito de política, já foi candidata a vereadora, a conselheira tutelar, ela gosta demais. Por outro lado, sempre fui muito arredio, da educação, defendendo essas bandeiras. Dos três filhos, um tem 21 anos e está encantado de ver o pai poder estar falando, mas acho que eles não entenderam bem. A mais novinha tem 11 anos, tudo que ponho ela curte. Ou seja, é um momento mais de encantamento e acreditam muito por saber que saio muito cedo de casa e chego tarde. Sabem que sou trabalhador e vou ser a pessoa mais correta possível.
Como é que você vê a responsabilidade de sair como candidato pelo PRD, que é um partido novo e você é o único candidato a prefeito de toda a Baixada Santista?
Isso tem um peso e um compromisso muito grande na verdade. Fui a São Paulo conhecer, é um partido com pouca verba financeira, que tem pouca expressão, neste momento, mas nós temos deputados federais suficientes para manter aquela cláusula de barreira. Estamos tranquilos, mas preciso realmente levar o nome do PRD para frente, porque ninguém conhece, as pessoas lembram, foi o PDT e começam a criticar, mas é uma renovação, um novo momento.
Aquilo que aconteceu ficou para trás. Estamos numa nova construção, de um país melhor, de uma cidade melhor, de um bairro melhor. Temos vereadores pouco conhecidos na cidade, mas animados para trabalhar. Não temos ninguém que fala que é a estrela do partido. Pelo contrário, somos todos iguais, começando e animados. Acho que é muito positivo, pois é um partido que nos deixa trabalhar, isso é fundamental.
A gente vai poder contar com a sua participação no debate, em 1º de outubro?
Eu preciso do debate, porque o partido não tem verba, nem R$ 1,00. Então não tenho condições de gastar com bandeiras, flyers, camisas, com nada. Preciso da rede social e de vocês. Se a televisão não existisse, não teria como as pessoas conhecerem como penso, falo, ou como desejo que São Vicente seja. É fundamental, quero estar em tudo que for convidado, porque preciso que as pessoas me conheçam.
Quer deixar um recado final?
Sim. Na minha rede social tem como penso, o meu trabalho e a minha vida na escola. Conheça um pouquinho. Sei que muita gente hoje em São Vicente aparentemente está satisfeita, mas abra o ouvido, abra a mente, ouça os candidatos, não feche a questão. Só peço isso, nos ouça, e no dia 6 de outubro, defina o que você quer.