Vereadora propõe lei para garantir mais segurança para motoristas mulheres de app

Por Beatriz Pires em 10/11/2024 às 06:00

Divulgação/ 99
Divulgação/ 99

Com o objetivo de aumentar a segurança para mulheres motoristas de aplicativo em Santos, a vereadora Débora Camillo (PSOL) apresentou um projeto de lei que permite que motoristas possam escolher aceitar apenas passageiras em suas corridas. A proposta surge como resposta à alta incidência de violência, assédio e constrangimento enfrentada por essas trabalhadoras no exercício da profissão.

A proposta busca implementar uma atualização nos aplicativos que habilite a função de selecionar apenas passageiras, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro para as motoristas. Segundo a vereadora, essa medida atende a uma necessidade urgente, já que muitas mulheres relatam sentir-se vulneráveis ao transportar passageiros homens, especialmente à noite ou em áreas isoladas.

“Isso oferece uma garantia para que a motorista possa trabalhar sem o risco de sofrer qualquer tipo de violência, abuso ou constrangimento. Os números mostram que grande parte das mulheres que trabalham em aplicativos já passaram por situações desconfortáveis durante o expediente,” explica Débora Camillo.

A atualização dos aplicativos, como Uber e 99, seria simples e de baixo custo, o que demanda apenas ajustes no sistema, segundo a vereadora. Débora reforça que a medida não deve causar impacto financeiro significativo para as plataformas, mas poderia fazer uma grande diferença para a segurança das mulheres motoristas.

“Já ouvi relatos de colegas motoristas que enfrentaram cantadas indesejadas, passageiros insistindo em sentar ao lado delas ou tentando estender o percurso para encontros. Desde a pandemia, muitas passaram a preferir não permitir passageiros no banco da frente, mas ainda ficam expostas a abordagens incômodas,” acrescenta a vereadora.

Embora o projeto esteja em fase inicial, ele deve seguir um caminho burocrático antes de ser pautado para votação na Câmara. Se supõe que o processo, desde a análise nas comissões até a aprovação ou veto pelo prefeito, leve mais de um ano.

“Estamos recebendo apoio de trabalhadoras que se sentiram aliviadas com a iniciativa. Agora, é acompanhar a tramitação e torcer para que o projeto avance e se torne uma lei que beneficie tantas profissionais,” finaliza Débora.

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