Santos cria grupo para adaptar ecossistemas em áreas de recuperação socioambiental
Por Santa Portal em 05/01/2024 às 16:00
A Prefeitura de Santos constituiu um Grupo Técnico de Trabalho (GTT) para implantar trabalhos de adaptação baseada em ecossistemas (AbE) em áreas de recuperação socioambiental do Município. O objetivo é trabalhar com elementos da natureza para ajudar as pessoas a se adaptarem às mudanças climáticas. A formação do grupo foi publicada no Diário Oficial do Município nesta sexta-feira (5).
No próximo dia 13, às 14h, na Sociedade de Melhoramentos do Monte Serrat (Caminho Monsenhor Moreira, 3.811), membros da Seção de Mudanças Climáticas (Seclima) da Secretaria de Meio Ambiente, de universidades da região e de um órgão internacional que discute as mudanças climáticas vão participar da primeira oficina deste ano com a comunidade para tratar das adaptações às mudanças climáticas.
Santos é o único município no Brasil que desenvolve AbE em áreas de morros. As ideias a serem discutidas visam criar um projeto técnico, com apoio dos moradores, para combater efeitos locais das mudanças climáticas. No caso dos morros, como o Monte Serrat, entre as propostas a serem discutidas está a criação de uma floresta urbana em áreas que não podem receber moradias.
De acordo com a Prefeitura, a criação de uma floresta urbana resultaria em maior proteção ao solo, evitando deslizamentos, e traria maior conforto térmico aos moradores do morro.
Estratégia única
Sobre a criação do GTT, o secretário de Meio Ambiente de Santos, Marcos Libório, destaca que “tanto as comunidades como os ecossistemas são afetados pelas mudanças climáticas. As adaptações baseadas em ecossistemas visam justamente envolver todos em uma única estratégia, utilizando serviços ecossistêmicos como base, ou seja, aquilo que a natureza originalmente oferece”. Ainda segundo ele, “por isso, um grupo de trabalho foi escolhido com competências técnicas específicas para garantir a utilização integral do espaço, baseado em todas as suas potencialidades. Segurança, turismo, educação, boa convivência e sustentabilidade precisam andar juntos. E nós trabalharemos para isso”.
Entre as funções do GTT está a recuperação socioambiental, promovendo a conservação e a recuperação da Mata Atlântica, a conectividade entre remanescentes de áreas conservadas e áreas em processo de recuperação, promovendo a segurança e o bem-estar da população que mora no entorno dessas áreas.
A criação de dois bancos de dados é outra função do grupo. Um será sobre as áreas com potencial de recuperação socioambiental, visando priorizar recuperação com compensação ambiental e impacto de vizinhança. Outro é focado nas áreas de proteção ambiental suscetíveis à pressão por ocupação irregular ou já ocupadas irregularmente.