Primeiro painel Vou de Túnel discute oportunidades de mobilidade urbana para a Baixada

Por Santa Portal em 18/03/2022 às 14:58

O primeiro painel do projeto Vou de Túnel discutiu as oportunidades de mobilidade urbana para a Baixada Santista na manhã desta sexta-feira (18).

Sob a mediação da jornalista e diretora de Jornalismo do Sistema Santa Cecília de Comunicação, Natalie Nanini, Bruno Stupello, diretor de Desenvolvimento de Negócios e Regulação (Dineg) da Santos Port Authority (SPA), Casemiro Tércio, porta-voz do Vou de Túnel e João Luiz Demantova, diretor executivo do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Região da Associação dos Municípios da Região da Foz do Rio Itajaí (AMFRI), discutiram a logística que facilita a mobilidade urbana e melhora a relação porto-cidade.

Casemiro Tércio levantou a importância de um investimento como o túnel seco submerso para desafogar o trânsito: “Antes do túnel ter um enlargamento de tráfego, as cidades vão. Hoje temos tecnologias de gestão rodoviária para distribuição da demanda. As mudanças de sentido [das vias do túnel] ajudam a equilibrar o tráfego urbano”, diz.

Quanto aos vários tipos de público que usarão as vias, Tércio explicou que o túnel é projetado para abraçar todos eles. Ele mencionou que há prédios com acesso ao túnel e escadas de acesso ao subsolo em ambas as cidades, criando um ambiente de fácil mobilidade a pedestres e ciclistas. Além desses públicos, os convidados reiteram que o túnel terá uma estrutura adequada para a recepção do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), com aclives, raios de curvatura, entre outros – e há uma faixa própria para a passagem do veículo. Até o momento, ele cruza as cidades de São Vicente e Santos.

Demantova apontou a viabilidade do túnel imerso e por que foi escolhido em vez de uma ponte, uma das alternativas de ligamento entre Santos e Guarujá. Segundo ele, a estrutura do túnel não interrompe no desenvolvimento portuário. Outro fator seria “Em razão da extensão de rampas de uma ponte comparada a um túnel. Este último é muito mais adequado em virtude de altura”.

Sobre um dos aspectos da relação da desestatização do Porto de Santos e da construção do túnel, Tércio explica: “O Governo Federal, ao levar esse assunto em pauta, traz a importância como plano de Estado, de um ativo local para o âmbito federal. A desestatização é uma janela de oportunidade para o túnel ser financiado. O projeto ganhou importância, está mais concreto do que foi no ano passado e tem formas de financiar. Se a gente olha o aumento do fluxo de navios, é inevitável”, diz, a respeito da expansão do Porto e seus investimentos.

A previsão da duração da obra é de cinco anos. Os dois primeiros devem ser usados para o detalhamento de projeto, análises ambientais e montagem do canteiro de obras, para assim dar força aos trabalhos do terceiro ao quinto ano. Casemiro Tércio especula que a obra deverá gerar pelo menos 15 mil empregos.

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