Neurocirurgião de Santos é investigado por abusos a pacientes e posse de pornografia infantil

Por Santa Portal em 21/10/2023 às 13:00

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Um médico neurocirurgião de Santos está sob investigação devido a acusações de agressão sexual e pornografia infantil. João Luís Cabral Júnior, de 52 anos, é acusado de estuprar pacientes desacordadas e armazenar imagens de pornografia infantil. Apesar de ter sido preso, ele foi posteriormente liberado. A defesa afirma que o médico é inocente e provará sua inocência “no momento processual oportuno”.

A investigação envolveu equipes policiais que cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do médico, no bairro Ponta da Praia. O mandado está relacionado a um inquérito policial sobre o armazenamento de materiais contendo cenas de sexo explícito ou pornográfico envolvendo crianças e adolescentes.

De acordo com a Polícia Civil, João Luís Cabral Júnior se identificou como um “conceituado médico neurocirurgião” ao atender os policiais em sua residência. Quando questionado sobre as denúncias, ele negou qualquer envolvimento em práticas criminosas.

No entanto, durante a busca e apreensão, os policiais confiscaram quatro notebooks, um computador, um HD externo e o celular do suspeito. Em uma análise inicial desses dispositivos, foram encontrados arquivos contendo cenas de crianças e adolescentes em situações de vulnerabilidade sexual.

Além disso, a equipe policial descobriu vídeos feitos pelo próprio médico. Um dos vídeos registrava o momento em que ele filmou, por debaixo da mesa, uma paciente que estava de saia durante uma consulta médica.

Outro arquivo continha um vídeo que mostrava a genitália de uma paciente aparentemente sedada, deitada em uma maca para um procedimento cirúrgico. Havia ainda imagens feitas pelo médico de uma jovem dormindo em um quarto de hospital, vestindo apenas uma camisola e calcinha.

Em outra descoberta chocante, os policiais encontraram arquivos que mostravam o médico fazendo uma “selfie” no mesmo local e, ao filmar uma paciente que aparentava estar sedada, ele descobriu a vítima ao afastar sua roupa íntima e tocar em sua genitália.

Esses atos foram caracterizados como estupro de vulnerável pela equipe policial, levando à prisão de João Luís Cabral Júnior no dia 26 de setembro. Todos os materiais apreendidos foram encaminhados às autoridades para análise.

O advogado de defesa, Eugênio Malavasi, afirmou que seu cliente foi liberado durante a audiência de custódia por “ausência dos pressupostos e fundamentos da prisão preventiva”.

“O Dr. João Cabral é inocente e provará o alegado no momento processual oportuno”, disse o advogado, em nota.

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