Mulheres representam 57,9% do total de alunos no Ensino Superior

Por Santa Portal em 08/03/2022 às 19:12

Imagem ilustrativa / Unsplash
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O Semesp divulgou um estudo do Instituto Semesp que mostra que, em 2020, o Brasil contabilizou mais de 5 milhões de mulheres matriculadas no Ensino Superior, em cursos de graduação, presenciais ou EAD, o que representa 57,9% do total de alunos. Essa participação aumentou 1,4% na última década, sendo a rede privada a maior responsável por esse aumento. O estudo do Instituto Semesp aponta ainda que a maioria dos alunos que concluíram o ensino superior no Brasil, em 2020, é composta por mulheres (60%).

“Estamos assistindo a mudanças importantes, que devem ser consideradas”, afirmou a presidente do Semesp e da Universidade Santa Cecília, Lúcia Teixeira. “O crescimento da participação das mulheres no ensino superior tem feito com que a ocupação feminina nos cargos de liderança tenha se tornado mais comum”.

Apesar de a maioria dos docentes que lecionam no Ensino Superior brasileiro serem homens, a participação das mulheres nesse mercado vem aumentando segundo o levantamento. Na última década, o percentual passou de 45,0% para 46,8% (aumento de 1,8 ponto percentual), ocasionado principalmente pela contratação de professoras na rede privada.

“Com nosso olhar feminino na essência, e masculino no todo, nos colocamos como agentes apaixonadas para ajudar as nossas instituições e nosso país a enfrentarem as mudanças significativas desses tempos, e dos tempos que virão, com a ampliação do nosso papel nas questões institucionais e políticas, e com ações voltadas para o desenvolvimento dos seres humanos”, afirma Lúcia.

Já entre os funcionários técnico-administrativos, 55% são mulheres. De forma geral, considerando docentes e funcionários-administrativos, em 10 anos, o percentual de mulheres atuantes no Ensino Superior ultrapassou o de homens (passando de 49,6% em 2010 para 50,7% em 2020).

“Em 2019, o percentual de alunas matriculadas no Ensino Superior do Brasil é maior que o de homens em todas as faixas etárias, exceto na de 65 anos ou mais, independente da modalidade de ensino escolhida”, destaca Lúcia com base no estudo, lembrando que as áreas gerais dos cursos com maior percentual de mulheres são Educação e Saúde e bem-estar, que registram 72,3% e 71,2% de alunas, respectivamente. Já cursos da área de Engenharia e Computação possuem maior percentual de homens.

Ela ainda destaca o crescimento da participação feminina em cargos de liderança dentro da área da educação superior. “Reflete uma realidade em que eu acredito, baseada em oportunidades para todos e no trabalho conjunto, tornando claro o imperativo de compreender para transformar. Temos atuado em nossas instituições em pautas voltadas à diversidade, à inclusão e à redução das desigualdades sociais”, afirma Lúcia.

“Para mim parece um contrassenso que o primeiro algoritmo a ser processado por uma máquina tenha sido feito pela matemática e escritora inglesa Ada Lovelace, em 1843, ainda no século 19, embora ainda estejamos distantes de muitas mulheres ocuparem o espaço de destaque que merecem nessa área”, conclui Lúcia Teixeira.

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