Mulher presa por receptar trilhos furtados pagava R$ 0,50 por quilo e tinha em depósito 12 toneladas

Por Santa Portal em 18/03/2024 às 16:10

Divulgação/Polícia Civil
Divulgação/Polícia Civil

Cinquenta centavos. Esse é o valor que Paola Cristina Almeida Santos, de 32 anos, informou pagar pelo quilo de ferro de origem criminosa que lhe era vendido. Responsável por um galpão em Santos, onde policiais apreenderam 12,3 toneladas de trilhos furtados na região, a mulher foi presa em flagrante por receptação qualificada, sem direito a fiança. Na hipótese de condenação, ela está sujeita e pena que varia de três a oito anos de reclusão.

Sob o comando do delegado Luiz Fernando Salvador e do investigador Jorge Villar, os policiais Lucas Bittar, Marcel Rosa e João Paulo Senhorães, do 5º DP de Santos, foram checar denúncia anônima de que um galpão na Rua Aurélio Batista Félix, próximo da Vila dos Criadores, na Alemoa, seria utilizado como depósito de trilhos subtraídos da empresa Rumo Logística, concessionária da rede ferroviária do Porto santista.

Paola Cristina se encontrava sozinha no local, que não possui qualquer documentação para funcionamento. Indagada sobre as 12,3 toneladas de pedaços de trilhos que ali estavam, a acusada disse as adquiriu, pagando R$ 0,50 por quilo para revender a R$ 0,90. A mulher não revelou os nomes dos seus fornecedores, provavelmente ligados diretamente aos furtos, e dos seus compradores. As investigações prosseguem para identificá-los.

O flagrante aconteceu na manhã da última sexta-feira (15) e, na ocasião, foi acionado um representante da Rumo, que compareceu ao galpão e reconheceu as peças recuperadas como pertencentes à empresa. Segundo ele, a maior parte dos trilhos foi furtada de trechos da rede ferroviária que passaram por manutenção, sendo as peças metálicas levadas antes de serem recolhidas pela companhia de logística.

Os investigadores também apreenderam 40 placas de apoio para trilhos de origem criminosa e materiais utilizados para o cometimento dos furtos, como dois maçaricos, alavancas e ferramentas para o corte de ferro. Pesquisa de antecedentes revelou que Paola, no ano passado, já havia sido presa em flagrante, em outro local, por receptação qualificada de trilhos. Porém, naquela época, a Justiça a beneficiou com a liberdade provisória. (EF)

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