Jovem é presa após dizer “preto tem que morrer” para cliente do Praiamar Shopping

Por Santa Portal em 13/08/2022 às 13:16

Jovem é presa após dizer “preto tem que morrer” para cliente do Praiamar Shopping
Jovem é presa após dizer “preto tem que morrer” para cliente do Praiamar Shopping

Larissa Lucato Ferreira, de 23 anos, foi presa em flagrante no Praiamar Shopping, em Santos, na sexta-feira (12) à noite, após tocar nas costas de uma mulher, de 54 anos, e, com o dedo apontado para o rosto dela, lhe dizer: “preto tem que morrer”.

A frase racista foi testemunhada por duas filhas adultas da vítima e por uma funcionária das Lojas Riachuelo. Conduzida à Central de Polícia Judiciária (CPJ), Larissa foi autuada pelo crime de preconceito de raça e de cor pelo delegado Otávio Augusto C. R. Carvalho.

Em virtude de o crime de racismo ser inafiançável na esfera policial, o delegado determinou a remoção da acusada à cadeia. Larissa nada quis declarar sobre o episódio, manifestando o direito de apenas se manifestar em juízo.

A mãe da jovem é uma professora, de 63 anos, e minimizou ocorrido. Segundo a mulher, que momentos antes havia sido alvo dos gritos da filha, a jovem é “bipolar”, faz uso de remédios controlados e tem um laudo psiquiátrico atestando essa condição clínica.

De acordo com uma filha da vítima, Larissa gritou com a própria mãe, tirando o andador dela e puxando a sua bolsa para pegar um cartão de crédito. Em seguida, Larissa interpelou quem a olhava, afirmando ser dela o cartão e que poderiam chamar a polícia.

Para não fomentar qualquer discussão, a filha da vítima não deu atenção à acusada. Esses fatos ocorreram no corredor do Praiamar. Logo em seguida, a mulher que sofreu o preconceito entrou na loja e Larissa foi atrás, dizendo “preto tem que morrer”.

Contadora e com 35 anos, a filha da vítima disse que uma funcionária da Riachuelo “ficou horrorizada com a situação” e lhe acompanhou à delegacia para depor como testemunha. Porém, seguranças do shopping tentaram demovê-la de tomar providências.

“Eles estavam preocupados com a imagem do shopping e diziam que a mulher tem problema. A jovem também quis inverter a situação, falando que a gente não tinha prova e pedindo para deixá-la ir embora porque tem uma mãe doente”, detalhou a contadora.

Segundo a filha da ofendida, ela precisou se impor para a acusada não sair antes da chegada de policiais militares. “A jovem começou a se alterar e a mãe dela disse que a filha tem problemas mentais, mas ninguém pode se valer disso para humilhar os outros”. (EF)

Posicionamento do shopping

Em nota, o Praiamar Shopping informou que é contra todo tipo de discriminação, repudia qualquer forma de ofensa de cunho racial.

“Com relação aos atos denunciados, nossos seguranças são treinados para todo e qualquer tipo de situação, assim que relatado pela central, seguranças do shopping foram até a loja em questão, e junto a segurança da própria loja, e por se tratar de questões judiciais, solicitaram a cliente para chamar a Polícia, e após o ocorrido, as partes foram conduzidas até a delegacia para dar continuidade no processo. Vale ressaltar que o Praiamar Shopping já se colocou à disposição das autoridades para apurar os fatos”.

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