Impactos urbanos do túnel Santos-Guarujá são pauta no Fórum Vou de Túnel
Por Santa Portal em 18/03/2022 às 18:15
A 1º edição do Fórum Vou de Túnel, realizada nesta sexta-feira (18), levantou a questão dos impactos urbanos do túnel de ligação entre Santos e Guarujá. A arquiteta e urbanista e especialista em Gerenciamento de Cidades, Fernanda Meneghello, conta que um projeto nesta dimensão irá impactar cerca de 800 mil habitantes dos dois municípios.
“Santos e Guarujá dividem territorialmente uma relação portuária, e precisam se expandir nesse território”, afirmou Meneghello. “Dentro dos dados, há de considerar os picos sazonais, que são os polos de quando há datas de temporadas e travessias. Esses pontos são aliados a um poder econômico que depende da expansão portuária já colocada”.
A arquiteta falou também sobre os planejamentos municipais das cidades da Baixada, e o convívio entre diferentes meios de transporte.
“Há expectativas acerca desse modal. Todo traçado tem um impacto direto na população desses municípios. É importante que os planejamentos municipais e regionais absorvam também, dentro de um estudo de impacto essa questão de convívio de modais diferentes e outras demandas que isso vai gerar”, disse.
Segundo Meneghello, os nove municípios da região têm planos de mobilidade elaborados entre 2016 e 2020. “É importante que se estabeleça novos polos atrativos e novas travessias sendo colocadas dentro desses custos, e que isso seja transformador entre os dois municípios”, afirmou, sobre Santos e Guarujá. “Que o impacto causado entre as duas margens seja também expandido dentro de todo o planejamento já colocado nos planos de mobilidade dos municípios. Santos, nesse ponto, já tem um projeto de integração com São Vicente, e Guarujá com Bertioga”.
Impactos ambientais
Para Meneghello, os impactos ambientais devem ser colocados na responsabilidade dos projetos pautados, de sustentabilidade, conceito de divisão de modais e energias renováveis.
“Colocando a questão dos transportes saudáveis, eles têm impacto na saúde humana. É menos tempo de deslocamento, e você conta com transportes saudáveis e que fazem as pessoas ficarem mais ativas, como as bicicletas”, comentou.
“É um projeto muito desejado, estudado, assertivo entre as ligações das margens. Você tem um aumento no deslocamento, na qualidade de vida das pessoas, e para a região como um todo na segurança viária, estímulo de negócios, desestímulo de congestionamento. Tem também integração dos setores e a redução da poluição local, contribuindo para políticas de meio ambiente, para ser uma região metropolitana à frente, mas também traga uma alta tecnologia humana”, finaliza.