Estudo realizado em Santos revela como a poluição pode alterar a composição das conchas

Por Laila Aguiar em 30/08/2022 às 11:00

Estudo revela como a poluição costeira pode alterar a composição das conchas
Estudo revela como a poluição costeira pode alterar a composição das conchas

Um estudo realizado em Santos revela como a poluição altera a composição, forma e a resistência das conchas e moluscos localizados na baía da cidade. Os organismos foram coletados em 2019 e segundo o estudo, a causa da contaminação é a poluição na área costeira.

De acordo com o artigo, os pesquisadores coletaram os moluscos na área da Balsa, Praia do Góes e Ilha das Palmas. A contaminação foi maior na área da balsa, tendo a diminuição nos outros locais. O objetivo do estudo foi verificar se esses organismos podem ou não ser um marcador de contaminação dos locais.

Para o estudo foram coletados apenas organismos vivos da espécie ‘Stramonita brasiliensis’ que foram transportados em sacos plásticos e armazenados a -80 °C. Após esse processo, os tecidos moles foram completamente removidos e os organismos identificados foram colocados em uma solução para serem lavados com água destilada.

Reprodução/ Estudo ‘Contaminação química em áreas costeiras altera forma, resistência e composição de conchas de gastrópodes carnívoros’

Os pesquisadores selecionaram 15 cascas das amostragens, que foram selecionadas aleatoriamente, e submetidas a um teste para quantificar a resistência a forças mecânicas. Os resultados analisadas foram obtidas por meio de um software, que consiste em registrar a força aplicada na primeira quebra das cascas.

Por meio de uma parceria com pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) da UFSCar os pesquisadores conseguiram observar que as conchas, localizadas em áreas diferentes, estão sujeitas a diferentes níveis de contaminação, além disso os organismos tinham variações no seu conteúdo de matéria orgânica.

O estudo aponta que foram encontrados níveis de contaminação que podem ser os responsáveis pelas alterações detectadas no grupo estudado. Além disso, também foi apontado que os organismos estudados apresentaram um bom desempenho e podem ser biomarcadores de contaminação costeira.

Sobre o estudo

O estudo foi realizado pelos cientistas do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Imar-Unifesp), Centro de Ciências Naturais e Humanas da Universidade Federal do ABC (CCNH-UFABC), Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade Nacional de San Agustín de Arequipa (Peru).

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