Enxame de abelhas em poste preocupa moradores de Santos; vídeo
Por Gyovanna Soares em 18/03/2022 às 06:05
Um enxame de abelhas tem incomodado pessoas que moram entre a Rua Monsenhor de Paula Rodrigues com a Rua Paraná, no bairro Vila Belmiro, em Santos. Moradores que possuem a sacada do apartamento voltada a esquina são os mais afetados, já que estão recebendo constantes visitas do inseto.
Na última sexta-feira (11), a prefeitura da cidade fez uma poda em árvores da Rua Paraná. O consultor de qualidade, Roberto Schindler, morador da redondeza, acredita que essa colmeia estava em alguma árvore que foi cortada próximo ao poste em que as abelhas estão no momento.
A empresária Sandra Lettieri, que mora por perto, conta que os moradores entraram em contato com apicultores, mas eles não podem mexer em poste eletrificado. Então, ligou na Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), onde orientaram que deveriam chamar os bombeiros, e eles acionariam a CPFL. Feito isso, os bombeiros foram, entretanto, apenas isolaram a área.
Os bombeiros informaram a empresária que não fazem a remoção das abelhas por questão do decreto ambiental de 2016. No entanto, a deixaram à vontade para abrir um novo chamado para que eles fossem olhar o local.
“Essa fita que eles colocaram foi retirada logo em seguida, o pessoal acabou passando e retirando. Então, ficou praticamente ali, a passagem ficou livre. E as abelhas tem esse comportamento, podem vir atacar alguém se alguém tentar reagir ou bater, porque elas estão protegendo uma colmeia que está ali”, explicou Schindler.
“Pode acontecer delas entrarem nas casas, picarem alguém, a gente não sabe, né? Então, a gente até está querendo achar uma forma agora de que chegue essa informação na prefeitura, e que a prefeitura tome uma previdência. Porque falam em incendiar as abelhas e eu acho isso um absurdo”, completou.
Moradores alérgicos
A cachorra da Marcia Cristine, representante comercial, que mora no 22º andar de um dos prédios do entorno, chegou a ser picada por uma abelha. “Essas abelhas vem atacando já não é de agora, só que a gente imaginava, por eu morar tão alto, que fosse aqui no prédio. No dia 11, quando eles podaram a árvore, elas estavam agitadas. Então, voltaram a subir para cá de novo e morderam até a patinha da minha cachorra.
Além disso, a filha de Marcia é alérgica a abelhas. “Minha filha trabalha home office, e pedi para ela ir para São Paulo, porque se essas abelhas morderem ela, por ela ser alérgica, eu tenho medo. Então, ela está trabalhando em São Paulo, porque elas estão entrando aqui dentro”.
Como a filha de Marcia, outros moradores também são alérgicos a abelhas, e, portanto, estão precisando mudar a rotina para que não sejam atacados pelo inseto.
Apicultores da região explicam a situação
De acordo com Rosângela H.Liberato, apicultora da região, as abelhas fizeram sua colmeia dentro do poste, e não na árvore. Ela ainda diz que os postes possuem uma pequena abertura no topo, e que muitas abelhas entram por esse buraquinho e fazem suas colmeias dentro dos postes. Mas que nesse poste específico, essa abertura no topo foi fechada com algum material.
Por conta disso, há a possibilidade das abelhas terem encontrado alguma saída ou pela base ou por alguma rachadura, ficando na parte externa do poste. Outra possibilidade é que todas as abelhas que estavam dentro do poste morreram e as que estavam fora, quando retornaram não conseguiram mais entrar, e ficaram grudadas na parte de fora.
A apicultora reforçou que não podem mexer na colmeia. Para isso eles precisariam de uma ação conjunta com a CPFL e a prefeitura.
Posicionamento Prefeitura de Santos e CPFL
Em nota, a CPFL Piratininga informa que o caso foi acompanhado por equipes e ações foram realizadas até a migração das abelhas. Após essas novas imagens, a companhia enviará equipes para que o serviço seja executado com segurança na madrugada do dia 18.
A Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Serviços Públicos, Seserp, informa que, um técnico irá ao local ainda hoje, afim de verificar, avaliar a situação, e programar a retirada da colmeia. Porém, caso a mesma, se encontre em um poste, a CPFL deverá ser acionada.