Chuva e falha na drenagem da obra do VLT alagam rua em Santos

Por Santa Portal em 15/03/2022 às 18:00

A Rua Campos Mello, em Santos, ficou completamente alagada na noite de segunda-feira (14) e na madrugada de terça-feira (15). Além da chuva em si, os problemas de drenagem causados pelas obras do VLT na área pioraram a situação.

Moradores reclamaram que tiveram que retirar carros do subsolo dos prédios, que já estavam enchendo muito. A deputada Rosana Valle (PSB), que já vem denunciando que as obras causam o estreitamento das calçadas, bueiros de esgoto na porta de casa e interdições de ruas sem planejamento, conta: “Muita gente voltou pra casa com água acima do joelho. A obra do VLT, que tanto problema já causou ali, agora revela uma falha séria na drenagem”. Além desses problemas, há relatos de corte indiscriminado de árvores, perda de vagas e sérios prejuízos aos comerciantes.

“Não sou contra o VLT. Mas as obras precisam levar em consideração as pessoas que moram na rua. A Prefeitura também precisa ser mais incisiva, cobrar mais atenção e defender aqueles munícipes prejudicados”, protestou a deputada.

Em nota, a Prefeitura de Santos informou que devido o caso ocorreu devido as fortes chuvas, e que as interdições seguem plano de trabalho avaliado e definido pela CET-Santos. Os bloqueios e desvios são previamente comunicados a moradores e donos de comércios por meio de informativo, publicação oficial no DO, divulgação na página oficial da prefeitura e por veículos de comunicação.

Ainda de acordo com administração municipal, a nova configuração das calçadas foi concebida dentro do projeto do VLT – obra de responsabilidade da EMTU – também prevendo a criação de baias para estacionamento de veículos, o que era reivindicação da população local.


A prefeitura ainda frisou que a Secretaria de Governo, com apoio da CET-Santos que responde pela sinalização dos locais em obra e acompanha os prazos dos serviços, mantém o diálogo constante com representantes de comerciantes e moradores dos pontos impactados pela obra, que contempla serviços de grande impacto como restruturação da drenagem, repavimentação de pista e reforma de calçadas.

EMTU

Em nota, a EMTU informou que, historicamente, a Rua Campos Mello registra alagamentos mesmo antes do início das obras do VLT. O escoamento da água no local se deu de maneira satisfatória e mais rápida do que em outros pontos da cidade, segundo a empresa. 

A EMTU ainda destacou que a fase atual dos serviços realizados na região inclui melhoria da infraestrutura, com projetos de modernização das redes subterrâneas de água, esgoto e gás da região central de Santos. 

Sobre a interdição das vias, a empresa informou que após aprovado cronograma de obras entre EMTU, prefeitura de Santos e construtora, é cumprido um rígido protocolo que começa com a divulgação do trecho a ser interditado, por meio de panfletos aos moradores e comerciantes da região, além da publicação no Diário Oficial do Município e interdição do respectivo trecho pela CET. 

Em relação ao corte de árvores, foi emitida pela Cetesb a autorização de supressão das árvores necessárias para viabilizar o trajeto de expansão do modal. A autorização considera a retirada mínima para que seja possível instalar o investimento e está associada à compensação ambiental e a recomposição arbórea urbana, e foi realizada, segundo a EMTU, respeitando a lei.

Além da compensação ambiental na unidade de conservação, é previsto pela EMTU o Projeto de Urbanismo e de Paisagismo do empreendimento, como parte do Programa de Manejo e Recomposição Arbórea Urbana. O projeto prevê a recuperação da paisagem e o plantio de 207 espécies arbóreas que irão compor a arborização urbana nos canteiros centrais e no entorno das áreas de intervenção do empreendimento, na cidade de Santos. 

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