Bicho-Preguiça e gambás são devolvidos à natureza após tratamento em hospital do Orquidário

Por Santa Portal em 22/03/2022 às 22:19

Carlos Nogueira/Prefeitura de Santos
Carlos Nogueira/Prefeitura de Santos

Duas gambás e uma bicho-preguiça foram soltas, na tarde desta terça-feira (22), no Morro da Nova Cintra, em Santos, após passarem por tratamento no hospital veterinária do Orquidário Municipal. O local onde foi realizada a soltura é o habitat natural.


A gambá jovem foi resgatada na última segunda-feira (22), na região do Parque Roberto Mário Santini, no José Menino, por uma equipe da Guarda Civil Municipal (GCM). Já a adulta foi encontrada sobre o trazida o portão de uma casa no Gonzaga pela própria equipe do Orquidário há dez dias.

Os animais foram encaminhados ao parque por estarem em locais urbanos, considerados inapropriados para a sobrevivência. Segundo a equipe veterinária do equipamento, as gambás foram avaliadas e apresentaram perfeitas condições de saúde, por isso ficaram apenas abrigadas no Orquidário até o momento da soltura.

No caso da preguiça, ela foi resgatada na região dos Morros na última semana. O animal estava com uma infestação de carrapatos e por isso passou cinco dias em tratamento na unidade. Antes de realizar a soltura desses animais resgatados, é realizado um trabalho de readaptação, conforme explica o médico veterinário José Heitzmant Fontenelle, que atua no Orquidário.

“O trabalho no Orquidário tem essa função integrativa entre a fauna que existe em Santos, o meio urbano e o natural”, afirma. Após esse período, a preguiça e as gambás foram levadas por uma equipe do Orquidário e da GCM para uma área verde próxima ao Seminário Diocesano São José.

Atendimento de animais silvestres


Fontenelle destaca que o atendimento realizado aos animais silvestres não deve ser confundido com atendimento veterinário, e que na unidade, são realizados atendimento apenas de animais que foram resgatados de vida livre. Aqueles que são criados por humanos, mesmo que com licença, não se encaixam no atendimento no Orquidário.

Ele ainda alerta para o fato de que a criação de espécies silvestres como animais de estimação é extremamente complexa. “Animais silvestres demandam muito tempo, atenção, estudo. Não são animais que se adaptam às condições humanas, é o humano que precisa se adaptar às condições destes animais. Então é preciso muito conhecimento para tê-los em convívio”.

O profissional também reforça que a criação de animais silvestres pode incentivar o tráfico e maus tratos dessas espécies. “O vizinho vê que você tem e pensa ‘que legal, também quero!’. Ele pesquisa, vê que é caro e arruma alguém que venda mais barato. Geralmente esses são os vendedores ilegais, pessoas que, muitas vezes, armazenam esses animais em condições inadequadas e cometem até mesmo maus tratos”, finaliza.


Atendimento

O hospital veterinário do Orquidário atende animais silvestres trazidos pela própria equipe, Polícia Ambiental, GCM, entre outros órgãos que realizam o resgate dessas espécies. Além do atendimento aos animais de soltura imediata, como são chamados aqueles que são cuidados e soltos novamente na natureza, o órgão também cuida da saúde dos cerca de 450 animais que vivem no parque, sejam soltos ou abrigados em recintos visitáveis pelo público.


São procedimentos de medicina preventiva e atendimentos a problemas que possam surgir ao longo do tempo, como traumas provenientes de quedas e brigas ou parasitoses, situações comuns em zoológicos e demais unidades que abrigam animais.

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