Agentes visitam 4,5 mil imóveis e eliminam 86 focos de mosquito na ZN

Por Santa Portal em 28/03/2025 às 06:00

Raimundo Rosa/PMS
Raimundo Rosa/PMS

O Centro de Controle de Zoonoses e Vetores (CCZV) de Santos realizou dois mutirões contra o Aedes aegypti nesta semana. Ao todo, foram visitados cerca de 4,5 mil imóveis e eliminados 86 focos com larvas de mosquito na Zona Noroeste de Santos. Nas 16 mobilizações realizadas no ano de 2025 em toda a Cidade, já foram removidos 817 focos – média de 51 por ação.

Na quinta-feira (27), o bairro São Jorge recebeu o mutirão, contando com 50 agentes de combate a endemias (ACEs) que visitaram 1.975 imóveis e eliminaram 60 focos com larvas.

Já no dia anterior,  57 ACEs  percorreram 2.518 imóveis no Castelo, eliminando 26 focos. Em ambas as ações, os profissionais estavam devidamente uniformizados com colete verde e crachá, mas, mesmo assim, foram registradas 66 recusas de vistorias.

A equipe de Informação, Educação e Comunicação (IEC) também participou promovendo uma barraca educativa na quarta-feira e uma ação informativa na sala de espera da policlínica na quinta. A conscientização da população é o principal foco da Secretaria de Saúde no combate ao mosquito.

Os mutirões terão retorno no sábado (29) para eventuais pendências, podendo ser cancelados em caso de chuva. A empresa Terra Santos atuou em parceria com a Secretaria de Saúde, disponibilizando uma equipe de 25 agentes e um caminhão para a retirada de materiais inservíveis, que têm potencial para gerar criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana.

A moradora Josemere Vieira, de 50 anos, trabalha como auxiliar de professor e reforçou a importância da prevenção. “Tive dengue quando estava grávida de sete meses, mas foi um caso leve. Minha filha teve dengue hemorrágica. Tento evitar qualquer acúmulo de água, até coloco detergente na bandeja da geladeira. Os agentes ajudam a identificar locais que nem imaginamos, como potes de animais e bordas de recipientes onde os ovos do mosquito podem se fixar. Além disso, fazem um trabalho de conscientização”.

Já Dolores Santos Silva, de 71 anos, que trabalha como doméstica e cuida das casas da vizinhança, compartilhou os cuidados que toma todos os dias: “amo minhas plantas e cuido bem delas para evitar focos do mosquito. Já tive dengue e minha filha também. A doença está cada vez mais perigosa, e a chikungunya me preocupa, porque já tenho problemas nos ossos. Acho que quem impede (os agentes) está sendo ignorante. Eles ensinam como eliminar os focos, eu mesmo coloco sal grosso nos ralos toda semana.”

Balanço

A cidade registra 252 casos de dengue e três de chikungunya neste ano. Em 1.169 imóveis, a entrada dos agentes foi recusada.

O mosquito

As fêmeas do mosquito Aedes aegypti depositam ovos em locais de água parada. Esses ovos necessitam de água e calor para eclodir. Assim, surgem as larvas, que mais tarde se transformam em pupa e, por fim, em mosquito.

Somente as fêmeas se alimentam de sangue humano, necessário inclusive para a maturação de seus ovos antes de serem depositados. Porém, se essa fêmea tiver picado uma pessoa infectada por dengue ou chikungunya, ela se torna transmissora dos vírus ao sugar o sangue de outros indivíduos.

Vacina

A vacina contra a dengue segue disponível nas policlínicas para crianças e jovens de 10 a 14 anos. Para completar o esquema vacinal, são necessárias duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

Principais dicas

    • Verifique se há água parada em vasos e pratos de plantas

    • Pias – verificar vazamentos e manter ralo vedado

    • Ralos no chão – tampá-los com tela, caso não sejam do tipo abre e fecha. Aplicar água sanitária duas vezes por semana

    • Bandeja externa de geladeira – verificar se há acúmulo de água, limpar e manter seca

    • Vaso sanitário e caixas de descarga – manter tampados

    • Calhas e lajes – caso não seja possível verificar se acumulam água, procurar identificar sinais de umidade. Em caso afirmativo, providenciar a resolução do problema

    • Caixas d’água – verificar a condição das tampas. Solicitar a reposição daquelas ausentes ou quebradas

    • Fontes ornamentais, bebedouros de animais domésticos, piscinas – verificar a presença de organismos vivos dentro da água. Fazer limpeza regularmente

Estratégias de Santos ao enfrentamento ao Aedes Aegypti – Ano Inteiro

    • Casa a Casa – programa de visitação de rotina aos imóveis

    • Mutirão – varredura realizada semanalmente em algum bairro da Cidade

    • Visitas aos imóveis especiais e pontos estratégicos – locais visitados mensalmente

    • Imóveis especiais: grande circulação de pessoas – escolas, hotéis, shopping centers

    • Pontos estratégicos: mais risco de criadouros – borracharias, oficinas, ferros-velhos, cemitérios, obras

    • Nebulização – aplicação de inseticida no entorno da residência de pessoa infectada para combater o mosquito já na fase adulta, quando está transmitindo as doenças

    • Armadilhas – Santos possui 481 armadilhas distribuídas por toda a Cidade, monitoradas semanalmente, que mostram o índice de infestação de mosquito no local

    • Acompanhamento epidemiológico – notificação e investigação de todos os casos de doenças transmitidas pelo Aedes pela Vigilância Epidemiológica

    • Atividades Educativas – atividades educativas nas ruas, escolas, palestras em empresas e instituições, pedágios em diferentes pontos da Cidade, participação em eventos, estandes temáticos e reuniões em condomínios

    • Monitoramento com drones em locais de difícil acesso

    • Atendimento a denúncias – feitas na Ouvidoria Municipal pelo telefone 162 ou site www.santos.sp.gov.br/ouvidoria     

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