Acusada de golpes, responsável por projeto de canoagem para autistas diz ser inocente
Por Santa Portal em 06/02/2025 às 20:00

Acusada de praticar estelionatos mediante o uso do nome de um projeto social de canoagem em Santos, destinado a crianças e adolescentes com deficiência, principalmente autistas, Cláudia Regina Melo da Silva, de 50 anos, decidiu quebrar o silêncio. Ela afirmou que é inocente e prometeu processar quem a denunciou à polícia.
No dia 29 de janeiro, acompanhada de um advogado, em atendimento a uma intimação, ela se dirigiu à 1ª Delegacia da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Santos, mas optou pelo direito constitucional de permanecer calada. O advogado alegou que a cliente não se manifestaria sem ter acesso integral ao conteúdo do inquérito.
Nesta quinta-feira (6), já por meio da advogada Maria Priscila Martins, Cláudia Regina decidiu se manifestar. “Gostaria de esclarecer que a minha cliente, responsável pelo projeto de canoagem Mar da Igualdade, é inocente. Trata-se de uma pessoa idônea, que se propõe a executar o projeto com a maior dedicação”, destacou defensora.
Em nota encaminhada à Reportagem, a advogada acrescentou que Cláudia desenvolve o seu trabalho na organização não governamental (ONG) “pensando única e exclusivamente no bem-estar das crianças atendidas”. As atividades da Mar da Igualdade são realizadas quinzenalmente aos sábados, na altura do Posto de Salvamento 7
“Referente às acusações que (minha cliente) vem sofrendo, vamos apresentar todas as provas em juízo. Em relação às pessoas que a estão acusando injustamente, serão também processadas e responsabilizadas pelos danos causados, nos termos da lei”, concluiu a advogada em seu comunicado.
O inquérito policial contra a responsável pela ONG Mar da Igualdade foi instaurado em 30 de novembro de 2024, após quatro supostas vítimas a denunciarem. No despacho que determinou a abertura do procedimento de investigação, um delegado assinalou que, em uma análise preliminar, “há indícios do crime de estelionato de forma reiterada”. (EF)