“Guarujá precisa voltar a ser uma cidade atraente”, afirma pré-candidato Farid Madi

Por Santa Portal em 02/08/2024 às 10:00

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Ex-prefeito de Guarujá e pré-candidato à prefeitura, Farid Madi (Podemos) analisou, em entrevista ao Rumos & Desafios, exibida na última quinta-feira (1º), na Santa Cecília TV, os legados positivos deixados pela sua primeira gestão (2005 a 2008) e afirmou estar “mais maduro” para chefiar o Executivo.

O pré-candidato, que contará com uma coligação com os partidos Democracia Cristã, MDB, PSD e Solidariedade, foi o primeiro convidado do Rumos & Desafios. O programa entrevistará, até 12 de setembro, os candidatos às prefeituras das cidades da Baixada Santista, sendo televisionado todas terças e quintas-feiras, às 21h, também com transmissão simultânea no Youtube do Santa Portal. Confira a entrevista na íntegra abaixo.

Tendo em vista a sua trajetória, passando pelo período com perfeito, que o Farid de hoje falaria para o Farid do passado?

Olha, acho que 20 anos é bastante tempo, mas tenho muitas coisas boas do período que fui prefeito. Acertamos em muitas coisas. Esse ano completa-se 16 anos, que saí da prefeitura e a gente ainda é muito lembrado pelo que nós realizamos. Então, tivemos muitos acertos.

Obviamente que também tivemos equívocos, tivemos falhas. Porém, diria para o Farid, de 20 anos atrás, para tomar um pouquinho mais de cuidado com pessoas que a gente acaba trazendo para a gestão, para a administração, porque, muitas vezes, a gente acredita e, enfim, pela questão de lealdade, você deixa que pessoas se aproximem. Isso, muitas vezes, não é o mais ideal, porque precisamos olhar muito a questão técnica e colocar mais técnicos na gestão.

No entanto, tínhamos muitos técnicos, muita gente boa. Nós fizemos verdadeiras revoluções na cidade, na questão da educação, na questão da saúde, na questão da segurança. Acho que hoje estou muito mais maduro e o tempo me ensinou muita coisa. Então, falaria para o Farid, de 20 anos atrás, tomar um pouco mais de cuidado, como estou tomando agora.

Farid, falando sobre esse período que você foi prefeito, Guarujá foi uma das cidades que mais gerou empregos no país. Tivemos mudanças na legislação trabalhista, enfim. Qual é o caminho para retomar essa geração de empregos formais na cidade?

Acho que, primeiro, Guarujá precisa voltar a ser uma cidade atraente. Hoje nós temos muitos problemas burocráticos, por exemplo. Atualmente, para uma empresa empreender, enfim, um alvará de construção, por exemplo, que na minha época saía em 15 dias, 20 dias, um mês no máximo, hoje leva 10 meses, 11 meses. Um alvará de comércio, a mesma coisa.

Tive uma atitude, já no início do meu governo, que foi de reduzir tributos, por exemplo. Eu reduzi o ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) e isso trouxe muitas empresas novas para a cidade e, ao contrário do que se dizia, que nós íamos perder receita, porque você imagina, você cobra 5% do ISS e, de repente, você baixa para 3% em alguns setores e para 2% em outros.

A ideia é que você vai perder tributo. E nós triplicamos a nossa arrecadação ISS e atraímos muitas empresas. Vou lembrar aqui, falando em ser atraente de novo para empresas, o empreendimento do Silvio Santos, que há muitos anos ele queria implementar o hotel dele e não conseguia. Eu, em menos de dois meses, quando assumi, dei o alvará de construção para o hotel e, em um ano e meio, esse hotel estava pronto e hoje gera de 1,5 mil a 1,6 mil empregos entre diretos e indiretos.

Isso é apenas um exemplo, porque talvez o mais emblemático, todo mundo lembra do hotel do Silvio Santos e a dificuldade que ele tinha para ir. E outros empreendimentos surgiram depois desses e, infelizmente, depois a burocracia foi se estabelecendo de novo. E hoje, um alvará de construção leva, em média, 10 a 11 meses. Então, imagina que uma empresa, uma construtora que faz lá um planejamento para fazer um empreendimento, ela faz o levantamento do custo financeiro para poder fazer esse empreendimento e ela leva quase um ano para poder, enfim, liberar o seu projeto. Já todo o seu planejamento financeiro se perde.

Então, acho assim, temos que voltar a ser uma cidade mais atraente, não diria generosa, mas que olhasse para o empreendedor com um olhar melhor e facilitasse a vida das empresas que querem voltar a empreender lá. E, como você bem lembrou, de 2006 e 2007, nós somos a cidade que mais gerou empregos no Brasil com carteira assinada, logicamente que não em números absolutos, mas proporcionalmente falando. Esse é um dos exemplos.

Uma outra coisa, nós precisamos voltar a ter segurança, ou seja, as pessoas precisam se sentir seguras para vir ao Guarujá. Não só veranistas, não só turistas, os moradores também precisam voltar a se sentir seguros e também quando alguém vai investir, vai empreender, também ele olha essa questão da segurança. Então, nós precisamos voltar a investir de forma adequada, correta na segurança.

Posso falar aqui de algumas questões que nós fizemos, alguns investimentos que nós fizemos em segurança, como, por exemplo, uma central de monitoramentos à época, que era uma das mais modernas que havia à época. Todos os equipamentos mais modernos foram implantados nessa central de monitoramento.

Fomos nós que construímos a sede da Guarda Municipal, ampliamos o efetivo da Guarda, fizemos parceria com a Polícia Militar, com a Polícia Civil, demos o prolabore para a Polícia Militar, para que os policiais pudessem trabalhar fora do seu período de plantão, de trabalho, para a Prefeitura.

Hoje existem outros meios, como a Operação Delegada que pode ser ampliada, mas acredito que a questão mais efetiva que nós fizemos para melhorar a segurança foi o investimento em política pública de inclusão social e que acho que nós vamos falar mais adiante.

Você falou até uma questão importante, porque Guarujá é conhecida como a ‘Pérola do Atlântico’, e hoje a questão da segurança é uma reclamação quase que constante dos moradores e dos turistas. Em 2010, lembro que você até chegou a anunciar a sua saída da vida pública por conta de ameaças que você e sua família vinham sofrendo.

No final daquele ano, em novembro, um vereador foi assassinado, Luiz Carlos Romazzini, e na época você deu uma declaração muito forte dizendo que não era somente a classe política que sofria com a falta de segurança, mas o cidadão de uma forma geral. Passados 14 anos, houve uma piora da sensação de segurança na cidade, na sua avaliação?

Acho que houve, sim. Na verdade, o político, quando sofre um tipo de violência, a imprensa divulga, ou seja, todo mundo fica sabendo, todo mundo fica chocado com isso, mas o cidadão comum sofre violência todos os dias, especialmente os que estão morando lá na periferia, aqueles que são mais vulneráveis socialmente, aqueles que têm menos atenção do poder público, eles sofrem violência diariamente, seja agressão física, seja ameaça, eles estão muitas vezes sob o julgo da marginalidade, dos marginais.

Então, lógico que fomos piorando, infelizmente pioramos nisso. Nós temos, no Guarujá, um histórico de violência na política, acho que talvez o meu mandato foi um dos poucos que não tivemos nenhum tipo de crime envolvendo políticos. Mas logo em seguida, aconteceu, agora aconteceu de novo, então é algo para a gente se preocupar.

Porém, é o que volto a dizer, o cidadão comum é o que mais sofre com a violência, diariamente. Então, acho que nós temos que focar muito nessa questão da segurança, mas principalmente, especialmente, nessa questão do nosso problema social. Ou seja, atender os mais vulneráveis que acabam sendo vítimas da criminalidade e acabam cometendo crimes por conta do mundo em que eles vivem e até da situação que eles são obrigados, são forçados a seguir.

Esses problemas sociais, assim, hoje, você vê investimento em educação, investimento em capacitação, qualificação profissional para essas pessoas? Não resta dúvida. Só quero dar um dado do meu governo. Quando nós estivemos lá e implementamos todas essas políticas de inclusão social e de segurança, nós reduzimos um índice importantíssimo na segurança que foi diminuir drasticamente o envolvimento de menores em ocorrências.

Então, isso mostra que a nossa política foi efetiva, que ela realmente deu resultado. E a precisamos, sem dúvida nenhuma, retomar isso. Vou dar um exemplo aqui de uma cidade que talvez seja conhecida do mundo inteiro e que talvez tenha sido a cidade mais violenta do mundo, Medellín.

Fui levantar lá estudos. Por que Medellín hoje é uma das cidades mais seguras do mundo? Achava que eles fizeram enfrentamento armado, que o exército invadiu a cidade, mas não. Eles investiram muito em política pública de inclusão social, especialmente com equipamentos nas periferias, seja na área da cultura, esporte, lazer, e educação de qualidade. A periferia às vezes não tem uma praça. Ou seja, não tem nenhum tipo de atividade para esse menor.

Nós fazíamos no meu governo também, na educação, por exemplo, além do período das quatro horas do aluno na sala de aula, fazíamos um trabalho com eles dentro de centros comunitários ou das quadras de esporte dentro das escolas por mais duas horas e meia, três horas, todos os dias. Ou seja, mantínhamos esses alunos por um período de quase sete horas na escola. E isso, com certeza, também ajudou muito a gente diminuir esse envolvimento de menores estarem na rua.

Muitas vezes a família trabalhando, quando eles saem da escola, o pai, a mãe não estão, não sabem nem o que eles estão fazendo. Então demos essa proteção para esse menor. Acho que esse é o caminho para a gente poder realmente voltar, dar oportunidades.

No meu governo, nós fizemos lá, recuperamos o colégio Primeiro de Maio, que foi o primeiro colégio técnico, dos mais antigos que tem na cidade. E trouxe também a Etec Santos Dumont, que é a única Etec que nós temos lá.

Fizemos uma parceria com o Centro Paula Sousa, com a diretora lá, a Paula Laganá. E trouxemos de volta, por exemplo, o curso de manutenção de aeronaves. Muita gente se formou nesse curso, muita gente, é um dos melhores cursos do Brasil, se não o melhor.

Temm muito jovem da periferia, de Vicente Carvalho, de Guarujá, que hoje trabalham em companhias aéreas no mundo inteiro. Então, qualificação profissional, sem dúvida nenhuma, também é um caminho para que nós possamos dar oportunidades para esse jovem, pelo menos falar, tenho opção. Hoje, infelizmente, isso não acontece.

Farid, você é casado, tem quatro filhos. Como a família lida com a sua carreira política?

Bom, me lembro quando, em 96, comecei a dar meus primeiros passos na política, apoiando o ex-prefeito Maurício Mariano, minha família foi totalmente contra. Em 97, eles me chamaram para assumir a regional de Vicente de Carvalho, que foi meu primeiro passo na política. Família toda contra.

Porque tem essa coisa da política, política é uma coisa ruim, não é um ambiente bacana, não é um ambiente legal, a gente não pode se envolver com política. Mas sempre convenci a minha família. Se não tivesse o apoio primeiro da minha família, da minha esposa, dos meus pais, dos meus filhos, obviamente não seria candidato, não me envolveria com a política. Porém, o trabalho de convencimento eu fiz. Minha família, logicamente, se dependesse exclusivamente deles, eles não concordariam que eu voltasse à política. Mas agora está tudo certo. Está tudo certo.

A Haifa foi deputada, vocês sabem, ela foi deputada, minha companheira, uma mulher excepcional. Muitas das minhas conquistas devo à minha esposa, porque ela, além de ser uma grande companheira, ela é uma supermãe, sempre me deu esse respaldo, porque sempre tive uma vida muito atribulada, tanto no comércio como na vida pública. Mas a minha esposa sempre conseguiu conciliar muito bem isso.

Graças a Deus, conseguiu conciliar o trabalho de boa mãe e agora avó, que nós temos seis netos e pude ter tranquilidade para seguir a minha vida política. Ela fez muito bem isso.

Um dos marcos do seu governo foi a instalação da maternidade de Ana Parteira, que veio a ser fechada. Hoje é o Hospital Emílio Ribas. Como é que você vê a questão da saúde hoje no Guarujá? Foi um erro na tua avaliação o fechamento da maternidade?

Então, se tem uma coisa que fico triste é de terem fechado essa maternidade, porque era um sonho. Falava disso no meu plano de governo quando fui candidato em 2004 e foi uma dificuldade conseguir fazer com que ela acontecesse de fato.

Contei com o apoio da Haifa para que a gente pudesse conseguir recursos do governo do Estado para equipar o hospital e inauguramos. Lógico que foi um erro, não resta dúvida disso. O meu governo reduziu, por exemplo, a mortalidade infantil, que era uma das mais altas da Baixada. Hoje, infelizmente, voltou a crescer. Então, isso, logicamente, foi um erro fechar a maternidade.

Porém, o que é que vai se fazer? Faz 16 anos que essa maternidade foi fechada. Dois meses depois que nós saímos do governo, fecharam a maternidade. E a saúde como um todo, nós percebemos que existe um desarranjo lá na saúde.

Os prédios das unidades de saúde, todas elas em situação muito precária, inclusive com piso furado, enfim, uma situação muito precária. É um desrespeito não só com o cidadão que vai até a unidade de saúde e espera um bom atendimento, mas com o próprio funcionário da saúde, com pessoas que, infelizmente, vêm de fora ou com ingerência política, encargos de chefia, que muitas vezes não estão prontos para aquilo. Então, existe um desestímulo muito grande em relação a isso.

Vindo para cá, recebi uma ligação de uma pessoa que trabalha como agente comunitário de saúde, desesperada com a situação. Enfim, é um grande desafio, vai ser um grande desafio. Não digo só na saúde, mas a saúde vai ser um dos maiores desafios que nós vamos ter pela frente, porque, realmente, desandou muito a saúde no Guarujá.

E a questão que você falou da mortalidade infantil é um cuidado que tem que vir lá atrás. A gestante, pré-natal, exatamente. Ou mesmo a questão de vou ter filhos, não vou ter filhos, você tem a orientação sexual também para meninos e meninas. Olha só, esse hospital, essa maternidade, o que a gente fazia lá? O Guarujá já foi uma das cidades que mais… eu não sei ainda, não tenho dados atualizados, mas já foi uma das cidades que mais teve gravidez na adolescência.

Então, crianças de 13 anos ou 14 anos, muitas vezes, na segunda gestação. Então, nós fizemos um trabalho muito forte nisso, de orientação a essas menores, essas jovens, para que elas pudessem ser orientadas a evitar gravidez, principalmente, um trabalho também de orientação essa questão do pré-natal também, de uma forma muito efetiva nós fizemos. Tudo isso, infelizmente, foi se perdendo na cidade, né? Não só no hospital, na maternidade, mas no geral, como um todo.

Fomos nós que implementamos as Usafas, por exemplo. Nós não tínhamos Usafas no Guarujá, nós implementamos as Usafas. Tínhamos equipe de saúde da família, mas não tínhamos a unidade de saúde.

Então, fomos nós que implementamos. Investimos muito em saúde e de forma muito efetiva. E o cuidado com a mulher, você não tem a dúvida, que está deixando muito a desejar no Guarujá. Nós temos uma única unidade, que fica nz Vila Júlia, e que é, assim, filas, filas e filas para atendimento, a falta de condições de atender com qualidade.

Nós temos ainda a dificuldade de exames. Exames que são essenciais, muitas vezes, para a mulher, para detectar um câncer de mama, um câncer de colo, que não pode demorar. Muitas vezes, seis, oito meses para um exame de câncer de mama. Então, cirurgias simples que, infelizmente, demoram uma eternidade.

Enfim, eu falo, existe um desarranjo para sermos, assim, bem sucinto em relação ao que está acontecendo na saúde, mas tenho certeza que nós vamos mudar isso. No meu governo, o orçamento, quando eu entrei na Prefeitura, era de pouco mais de R$ 300 milhões, e, quando nós saímos, era um pouco mais de R$ 600 milhões. Hoje, nós temos um orçamento de quase R$ 3 bilhões. R$ 2,7 bilhões, quase R$ 2,8 bilhões.

15% disso, no mínimo, tem que ser investido em saúde. Então, façam a conta e vejam que não é um pouco recurso, né? Acho que precisa otimizar melhor esse recurso, fazer com que ele seja melhor empregado e fazer gestão. Não só na aplicação do recurso, mas gestão mesmo na saúde como um todo. Fazer com que o resultado para a população seja o melhor possível.

Temos que cuidar dos funcionários, porque se o funcionário estiver desmotivado, se sentir desrespeitado, desvalorizado, é mais um agravante para, enfim, que acaba culminando com tudo o que nós estamos vivendo lá hoje.

Como que você vê a responsabilidade do próximo prefeito diante de grandes projetos que estão prestes a sair do papel, como o túnel Santos-Guarujá e também o aeroporto civil metropolitano, de preparar a cidade para esse novo momento?

Então, esse é um outro grande desafio para a gente. Porque quando a gente fala de qualificação profissional, o Guarujá precisa estar preparado efetivamente para tudo isso que vai acontecer na cidade. O túnel, eu falo com bastante convicção de que vai ser muito bom para Guarujá.

Eu sei que Santos também vai ganhar muito com isso, mas eu acho que o Guarujá vai ser, quem mais vai ganhar. Se não tiver valorização imobiliária, muitas empresas vão se instalar na cidade. Nós temos o projeto do retroporto, o aeroporto.

O curso de manutenção de aeronaves que nós trouxemos de volta está encerrado de novo. Imagina que o aeroporto, quantas oportunidades de trabalho vão surgir para mecânicos, para empresas aéreas? E nós perdemos o curso de novo, vamos ter que voltar a brigar para trazer de novo esse curso. Então nós precisamos buscar entender quais são as nossas vocações atuais e quais são as oportunidades que vão surgir de novos empregos com o túnel e com o próprio aeroporto.

Buscar qualificar o nosso jovem, dar qualificação para essa nossa mão de obra para que nós estejamos preparados e prontos para que quando tudo isso acontecer, nós tiremos o melhor proveito possível, especialmente com oportunidade para o nosso jovem.

O túnel é um projeto que se discute há 100 anos. É um sonho que você gostaria de ter realizado?

Acredito que agora nós vamos concretizar esse sonho. Porque estive aqui no Porto, na Codesp, quando o Governo do Estado e o Governo Federal firmaram lá um termo onde os dois entes, tanto o Estado quanto a União, vão colocar recursos. Acho que a metade do recurso vai ser do Governo do Estado e a outra metade do Governo Federal. Porque acho que esse era um dos maiores entraves, a questão financeira, porque imagina, acho que eles falam em R$ 3 bilhões ou um pouco mais.

Então essa questão foi resolvida. Acho que as entraves ambientais também já foram resolvidas. Agora acho que falta o processo licitatório. E também algumas questões pontuais, como lá em Vicente de Carvalho, a hora que quando o túnel chega lá, algumas questões de acesso de caminhões para Piaçaguera, os carros que vão entrar em Vicente de Carvalho, na Santos Dumont, por exemplo.

E a preocupação nossa, e eu estive conversando com o presidente da Codesp, o Pomini, até para tirar umas dúvidas, e ele me tranquilizou, porque tínhamos o receio de que a Praça 14 Bis fosse cortada ao meio, e a Thiago Ferreira também sofresse com isso. Mas ele me tranquilizou dizendo que a passagem vai ser subterrânea, ou seja, nós não vamos ter esse impacto.

Já a perimetral é preciso que se conclua para que nós tenhamos esse projeto do túnel totalmente completo. Além do aeroporto, porque o aeroporto também é um sonho de quantos anos? Acho que o mesmo tempo. Tenho 53, imagina, sempre vou falar isso.

Nem tanto tempo, mas também é um sonho antigo. Lembro que na minha gestão nós superamos todos os entraves, inclusive o ambiental, que é o mais difícil de ser superado, e nós conseguimos superar, colocamos a licitação para andar, e depois que eu saí, infelizmente, mudaram o projeto.

Mudaram tudo e até hoje nós estamos aí ainda sonhando, esperando que o aeroporto aconteça. Mas estou muito confiante, tenho certeza que agora o aeroporto vai sair também e vai ser muito bom para a região toda, para toda a Baixada Santista.

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