“Está na hora de fechar os canais de Santos”, alerta Nando Pinheiro

Candidato a prefeito de Santos, Nando Pinheiro (Avante) afirmou, com base em conversas com especialistas e inspirado em outros países, que os canais da cidade deveriam ser parcialmente fechados para criar corredores de ônibus e ambulâncias. O empresário explanou a proposta de mobilidade urbana em entrevista ao Rumos & Desafios, exibida na última terça-feira (20).

Conhecido como a ‘Voz da motivação’ nas redes sociais, o candidato se posiciona como “um novo nome da política santista”, tendo em vista que os demais postulantes à prefeitura já ocupam cargos políticos. Além disso, o coach, que tem Henrique Gainete (Avante) como candidato a vice-prefeito, destacou sua chapa sem coligação partidária e projetou uma gestão técnica, com apoio da tecnologia e prioridade para educação, em caso de eleição.

Assim como Nando Pinheiro, o programa Rumos & Desafios entrevistará, até 12 de setembro, os postulantes às prefeituras das cidades da Baixada Santista, sendo televisionado todas terças e quintas-feiras, às 21h, também com transmissão simultânea no YouTube do Santa Portal. Confira a entrevista na íntegra abaixo.

Por que você resolveu colocar seu nome à disposição?

Já ajudo pessoas há praticamente 12 anos. Descobri uma missão de que a vida só tem valor quando podemos fazer diferença na vida de outras pessoas. E faço isso através de um canal de diversas plataformas de motivação, reflexão, onde falo positividade, que você pode mais, que as pessoas podem muito mais naquilo que elas exercem.

Hoje nós somos bombardeados pela, não vou dizer nem a mídia, mas pelo sistema com mensagens negativas e as pessoas estão extremamente doentes mentalmente falando. E esse trabalho que faço já há praticamente 12 anos tem resgatado, tem tirado pessoas da escuridão e essas pessoas estão vindo para a luz. Com esse trabalho que faço de forma voluntária na internet, na rede social durante esses 12 anos.

Em 2018 fui motivado por um político diferente, disruptivo, chamado Jair Messias Bolsonaro (PL). Vi nele um novo conceito de política extremamente diferente daquilo que estava sendo realizado. E lembro que depois que ele tomou aquela facada, depois que ele não participou em nenhum debate e ganhou uma campanha utilizando a internet, sem ter milhões investidos, falei, ‘está aí, acho que isso é para mim’.

Minha missão é ajudar pessoas e naquele momento em 2018 falei, ‘quero ser político também, quero vir como candidato a deputado federal’. Coloquei isso na minha cabeça e tem uma coisa que às vezes até me arrependo. Tudo que coloco na minha cabeça se concretiza porque vou em busca daquilo que quero, com muita verdade, com muita seriedade.

Como filho de zelador, meu pai sempre me disse, ‘trate todo mundo de igual para igual, com muito amor, com muito carinho, com muita decência’. E vi ali em 2018 a possibilidade de começar a construir uma jornada na política. Em 2022, Bolsonaro, o cara que me motivou, abonou minha ficha para deputado federal em Brasília. Tive 30.364 votos, fui muito bem votado naquela época. Por isso, não desisti da política e do meu país.

Sou conservador, sou da direita, acredito em Deus, pátria, família, liberdade. Só que adiciono um pouco mais do que o Bolsonaro coloca na fala dele. Acredito em oportunidade e dignidade para todas as pessoas.

E como disse, meu pai sempre falou, ‘avança, você sempre pode mais’. Procurei vários partidos para que eu pudesse conseguir vir como candidato a prefeito de Santos. Contudo, tudo que ouvi foi, ‘não, você não vai conseguir, você não consegue furar a bolha santista. Sempre são os mesmos candidatos’.

Primeiro que não acredito em ser humano, que abaixo de Deus todo mundo é comedor de arroz e feijão. Falei, ‘vou lutar, vou conseguir’. Quando você determina algo na sua vida, as coisas se realizam. O que está faltando para as pessoas é determinar o que elas querem. Determinei e Deus me deu essa graça de ter um partido chamado Avante, do Denis Protazio.

Tenho um carro para correr agora e gosto de usar esse boné, que é de um verdadeiro campeão (o ex-piloto de Fórmula 1, Ayrton Senna). O Senna largava muitas vezes em último e chegava em primeiro. Sei que tem muitas pessoas que não me conhecem em Santos. No entanto, sou conhecido no Brasil inteiro, tenho 4,5 milhões de seguidores.

As pessoas não têm obrigatoriedade de me conhecer. Mas coloquei o meu nome à disposição e agora, como candidato a prefeito de Santos, tenho total possibilidade de mostrar uma nova política, uma política diferente. Sem fake news, sem ataques, mas principalmente com propostas.

Então, hoje sou um dos candidatos mais preparados para assumir a cadeira de Santos. E estou fazendo uma campanha para praticamente três adversários que já estão na política. Quando falo que estou fazendo uma campanha, é para que eles realmente não consigam ser o representante desse povo aqui. Já está bem claro na minha mente o que quero e vou com toda a força e com fé em Deus colocar propostas para que Santos seja Santos do futuro.

Porque a cada quatro anos é a mesma conversa fiada, de saúde, educação, segurança. Entra ano e sai ano, as coisas se repetem e não muda absolutamente nada na vida das pessoas. Acho que nós precisamos da política de pessoas de coragem, de garra, de determinação e que saibam ouvir a população.

Estou em todos os quatro cantos da cidade. Fico muito feliz em poder ouvir os santistas, que ficam surpresos. ‘Pô, não conhecia você’. Então, acabam conhecendo devido a minha voz, ao trabalho que já fiz em emissoras. Esse contato está sendo de forma extremamente natural. Portanto, é por isso que quero ser prefeito de Santos. Porque entendo de povo, sou filho de zelador e de zeladoria eu entendo.

Nando, com base nesse aprendizado que você teve na eleição de 2022, quais foram os erros e os aprendizados que você pretende aplicar agora na campanha deste ano?

Não vejo que tive algum tipo de erro na campanha de 2022, que foi uma grande experiência. Vim por um partido forte naquela época, pelo PL. Partido esse, defendido atualmente pelo Jair Messias Bolsonaro. E agradeço pela oportunidade que me deram.

A minha campanha foi toda na internet em 2022. Não fui para a rua porque não tinha verba para que pudesse ter bandeirolas, pessoas na rua. Por isso, fiquei extremamente surpreso de ter a quantidade de pessoas honestas e trabalhadoras em todas as cidades, as mais de 600 cidades que nós temos no estado de São Paulo, saindo de suas casas naquele momento e ter decorado quatro números para chegar naquele momento ali e digitar algo.

Então, tenho uma responsabilidade com essas pessoas. Não vejo nenhuma negatividade porque foi uma experiência. Não sou político. Esse mundo pantanoso é algo muito novo para mim. Tenho muito o que aprender, mas uma coisa é certa. Essa faculdade que fiz, esse carimbo que tive da população do Estado fez com que eu pudesse estar sentado aqui conversando com vocês.

Então, não vejo nenhum tipo de negatividade. Acho que a positividade é que, dentro da política na Baixada Santista, estava precisando de novos nomes, novas lideranças. E me considero esse novo nome na política da Baixada e vejo com extremamente graça e gratidão esse processo de 2022.

Infelizmente, não é possível um partido ter dois candidatos a prefeito. O PL escolheu a deputada Rosana Valle. Muito obrigado, PL. Gratidão até aqui. Sou um admirador da garra e da coragem do capitão, mas sei que, naquela época, não ia ter oportunidade nesse time.

O Avante foi o partido que me deu essa possibilidade, extremamente grato. É uma chapa pura. Não temos coligação nenhuma. Não temos grana, mas temos muita vontade e isso é extremamente positivo. Tive que começar por um partido e o PL que me deu isso.

Você falou sobre as redes sociais. Em comparação aos outros candidatos aqui da prefeitura, você é o menos conhecido, porque está chegando agora. Acredita que as redes sociais podem compensar isso de alguma forma? Como você vê a questão das fake news?

Não acredito que as redes sociais vão me ajudar. Tanto porque a rede social hoje é o meu grande vilão e vou explicar o porquê. Tenho 4,5 milhões de seguidores no mundo. Brasil, tem muitos seguidores em Angola, em Portugal, no Japão, nos Estados Unidos. Sou muito conhecido pelo trabalho que faço, pelas vidas que já salvei.

Só que aqui em Santos, meu pai sempre falava, e acredito que o telespectador já deve ter ouvido isso, ‘santo de casa muitas vezes não faz milagre’. Não acredito nessa palavra. Acredito que nós temos que dar valor para quem é da casa e que nós podemos muito mais.

Faço votos, que durante esse processo nós temos alguns dias para que possamos se fazer conhecido, as pessoas vão na minha rede social, seja no Instagram, em todas as redes que tenho, e possam conferir o meu trabalho.

O que peço aqui, vai no YouTube e digita ‘Nando Pinheiro motivação’, ‘Nando Pinheiro Jesus’, ‘Nando Pinheiro meditação’, qualquer vídeo, pelo menos dois, três que já fiz, dos mais de 3 mil que tenho ao longo desses dez anos, e veja o trabalho, os comentários que tem logo abaixo. Mas o processo político, através das regras do Tribunal Regional Eleitoral (TER), prejudicou muita gente, porque a campanha antigamente eram três meses, hoje nós temos praticamente 60 dias, então é muito corrida, muito dinâmica.

Os meus adversários, vou ser muito sincero, eles estão na frente porque, e têm que estar na frente mesmo, porque são conhecidos. Nós temos a deputada, ou melhor, a vereadora Telma de Souza (PT), que já foi deputada também, e é a minha concorrente, a minha adversária na candidatura santista pelo PT. Ela está desde o final da década de 70 como atuante na política santista. Ela tem que estar chegando na rua e todo mundo conhecê-la, mais do que obrigação, porque ela está há tanto tempo.

O Rogério Santos (Republicanos) está desde 2005 na política santista, passou por Cubatão, então é conhecido e está tudo bem. E a deputada Rosana Valle trabalhou em uma emissora de TV extremamente conhecida, teve um programa famoso e hoje está no seu segundo mandato como deputada federal, e ela tem que ser conhecida também.

Agora, sou uma nova opção, um novo rosto, uma nova cara, estou ciente de que vou dar um grande trabalho para os políticos da, não vou dizer velha política, vou ser até um tanto quanto gentleman com eles, cada um com a sua qualidade, cada um com aquilo que eles acreditam. Contudo, tenho uma opinião muito clara, gostaria muito que deputados federais e estaduais continuassem exercendo o seu cargo. Sou bem direto em relação a isso, não vou esconder o meu descontentamento, que é o mesmo de grande parte da população de outras cidades da Baixada, que vai ficar sem representatividade.

Você é comunicador desde muito novo. Chegou na Baixada Santista em 1986. Que mudanças você percebe em Santos de lá para cá?

Santos sempre foi a cidade referência da Baixada Santista. Meu pai foi zelador de prédio em Guarujá e em 86 a cidade era conhecida como ‘Pérola do Atlântico’. O que fez Guarujá perder esse título foi exatamente a zeladoria e a gestão dos politiqueiros que lá passaram.

Santos é o que é hoje, líder absoluto. Queira algumas pessoas falando mal de Santos atualmente, porque chega num período de campanha, a gente já sabe, muitos querem agradar os seus eleitores e começam a fabricar narrativas que não convêm e, na minha opinião, são inverdades.

Voltando ao Guarujá, a cidade que era conhecida como a ‘Pérola do Atlântico’ de meados de 86 até 93, tivemos um grande prefeito lá, o Jayme Daige. Para você ter ideia, fui assistir o primeiro filme do Batman, do Coringa, em Guarujá, no cinema que o prefeito abriu para toda a escola. Não tinha condição financeira para ir ao cinema. Então esse é o papel do gestor, esse é o papel do político, facilitar e melhorar a vida dos seus.

Não é colocar grana no bolso e, muito menos, a cada ano a cidade está num patamar, esse patamar vai caindo, vai diminuindo até chegar ao caos. Santos se tornou essa referência devido a todas as gestões de pessoas que passaram por aqui. Uma coisa que quero deixar muito clara, não tem político ou ser humano que é semideus.

Não espere que eles resolvam absolutamente tudo na sua vida. Você é responsável pela sua vida, você pode ser uma pessoa próspera, abundante, milionária, basta ter essa mentalidade. E o que falta hoje para as pessoas, ao meu ver, é que esperam muito dos políticos e acabam ficando numa zona de conforto.

Santos não é uma cidade ruim. Santos é uma cidade, como eu disse, que é referência. Nós temos o maior jardim de orla do mundo, um prêmio louvável no Guinness.

Acredito que Santos pode mais. Não estou aqui para apontar o dedo o que fez ou o que deixou de fazer, tanto que não sou político. Vou precisar ter diálogo e conversar com todos os políticos e todos os gestores que aqui passaram.

Com quem que devo conversar? Eles querem conversar comigo para que eu possa aprender com eles? É como uma mentoria. Preciso perguntar quais foram os erros e acertos deles para que eu possa fazer a minha gestão. Tenho 70 propostas do Avante no nosso plano de governo, para mobilidade, para melhor gestão da economia santista, melhor gestão da educação.

Precisamos de educação de qualidade. Tem a escola em período integral hoje, parabenizo o prefeito Rogério Santos. Tenho que falar a verdade. A escola em período integral é um serviço maravilhoso para que possa ter uma cidade melhor. O índice do estudo aqui da alfabetização de Santos é extremamente alto. Nós estamos falando de 97,2%. É um índice maior do que muitas cidades do Brasil, quiçá de outras cidades do mundo.

Temos que falar a verdade. Vou falar que a educação de Santos é ruim? Não, muito pelo contrário, é maravilhosa. Agora, o que essas crianças de 6 a 16 anos estão fazendo nesse período integral? Essa é a pergunta.

No meu plano de governo vamos colocar aula de empreendedorismo, educação financeira, de teatro. Fazer intercâmbios, por que não? Parcerias público-privado. Então, quando a pessoa fala sobre Santos, ela tem que falar de propostas. É daqui para frente, a visão de futuro. Não ficar apontando o dedo.

Excelente que a cidade tem muitas obras. Está dificultando? Vou ser honesto para falar. Até para mim, que vou pegar minha filha na escola, está difícil. É muita obra e faz com que a gente perca muito tempo no trânsito, que é o bem mais precioso que nós temos. Mas e depois que essas obras terminarem? Quando eu for prefeito agora, no dia 1º de janeiro de 2025, vou terminar todas as obras do atual prefeito Rogério Santos e vou convidá-lo para que ele possa cortar a fita junto comigo, inaugurar as obras que ele começou, por que não?

E por que essa rixa da política, que não entendo? Como não sou da política, falo à vontade sobre o que está errado, que é exatamente a pergunta que vocês me fizeram. O que teve de errado aqui em Santos? Ao meu ver, todas as gestões contribuíram para Santos ser o que é. Não tem nenhum semideus. Cada pessoa teve a sua falha e teve o seu acerto.

Vou falar de visão de futuro, daqui para frente. Não tem o apoio do Bolsonaro, bem claro, porque ele decidiu apoiar a deputada Rosana Valle e tem que apoiar mesmo porque ele tem uma amarra partidária do Valdemar Costa Neto (PL). Esse projeto de poder não é de Rosana, muito menos do Bolsonaro. Esse é um projeto de poder do Costa Neto que colocou na cabeça dele a loucura de fazer 3 mil prefeitos em todo o Brasil.

Acho que o objetivo dele é ousado, mas qualquer pessoa, deputado federal que está lá em Brasília, sair do seu cargo para disputar um pleito em Santos, será que não tem pessoas capacitadas? Não estou falando de mim, estou falando de você que está me assistindo, você que tem vontade de colocar o seu nome e disposição num partido, se filiar e vir como representante do povo.

Tem muitas pessoas capacitadas. Só de chegar aqui na Santa Cecília vi o quão capacitado o santista é, porque não conhecia essa estrutura que vocês têm aqui e fiquei admirado. Quanto trabalho tem aqui, quantos profissionais, técnicos e especialistas.

O que precisamos para Santos é uma política séria e uma política com especialistas em diversas áreas. Vou ter essa capacidade de gestão porque dentro do meu partido não tenho nenhuma filiação. Não vou precisar ficar vendendo pasta, ficar negociando pasta, ficar amarrado com XYZ.

Vou fazer uma Santos, não digo do zero, porque nós temos já essa cidade incrível, mas precisamos mais, muito mais para Santos.

Nando, você morou alguns anos no Japão. Que experiências ou inovações você gostaria de trazer para Santos, aproveitando a tecnologia até para gerenciar melhor a cidade?

Nós precisamos pegar exemplos de países ou cidades que estão dando certo. Não é que deram certo, que estão dando certo. Temos grandes exemplos aqui também no Brasil.

Chapecó é um grande exemplo no que se diz respeito à gestão da coleta de lixo. Estamos entrando em colapso na nossa região, com a questão de onde nós estamos mandando o lixo da cidade. Cada cidadão produz 1kg de lixo, multiplicado a 433 mil habitantes. Faça conta. Temos que resolver isso de forma rápida. Tenho que entrar em contato com a Terracom, que é a concessionária atual.

Não sou o Maduro lá da Venezuela, que fala, ‘vou fazer, vou acontecer e fica quieto, cala a boca’. Isso é Maduro, isso é esquerda. Tenho que ter diálogo. ‘Por favor, quem é a concessionária, a Terracom?. Ô, querida Terracom, vamos encontrar uma solução para isso, que vai beneficiar não só a Santos, mas toda a Baixada Santista’. Nós precisamos fazer como um exemplo lá de fora, no Japão.

No Japão existem usinas que fazem a reciclagem desse lixo tóxico e transforma em biocombustível. Vamos colocar mais dinheiro nos cofres da prefeitura. Tendo mais dinheiro, não tem aquela desculpa, ‘não tem dinheiro para fazer mais no turismo, não tem dinheiro para fazer mais na educação’.

Então, pegando exemplos do Japão, um país que fiquei cinco anos trabalhando em emissora de TV e rádio para brasileiros, eles dão muito valor à reciclagem, transformando em biocombustível. E tem outros itens no Japão que são essenciais, que é o respeito ao ser humano. Além de uma parte para a questão da educação, que na minha gestão vai ser prioridade. Precisamos cuidar com carinho e levar a educação para todos os cantos da cidade, na Zona Noroeste, nos morros. Há possibilidade de a gente crescer muito e ter essa Santos do futuro através da educação.

Em Las Vegas, estive nos Estados Unidos agora bem recente, em maio, mês em que viajei grande parte do mundo. Fui para os EUA, depois fui para o Chile, em Santiago, e identifiquei o seguinte, trânsito mínimo, porque eles resolveram através de inteligência artificial, de semáforos inteligentes que calculam a quantidade de veículos. Eles resolveram muitas coisas através do diálogo, ouvindo as pessoas, fazendo um plano diretor decente.

Santos é a cidade mais verticalizada do Brasil. Não tenho como derrubar os prédios, isso é ser ditador. ‘Vamos derrubar todos os prédios, vamos fazer uma Santos do futuro’. Isso não existe. Nós temos que entender que Santos vai crescer cada vez mais. Nós vamos, quem sabe, roubar esse título, falando de uma forma positiva, de Balneário Camboriú com os prédios mais altos.

Isso vai acontecer. Quem trabalha na construção civil sabe que já é uma realidade. Mas precisamos cuidar do que nós temos. Vou falar algo polêmico, entretanto, não defini isso, estou falando com diversos especialistas. Está na hora de fechar esses canais, pessoal. Não digo fechar de forma categórica, mas sim parcial, para que possamos fazer corredores de ônibus e de ambulâncias. Sei que o santista tem algo que toca no coração dele para não mexer nos canais, e está tudo certo.

No entanto, temos que conversar com a sociedade para encontrar um meio para fazer com que os ônibus, a mobilidade urbana, passe por esses canais, após estudos. Não sou dono da verdade e não sou engenheiro, mas conheço muitos especialistas dentro dessa área. Preciso ouvir essas pessoas, alguém vai encontrar uma solução.

Inclusive você que está me assistindo agora, se é um engenheiro e tem esse tipo de solução, vamos conversar, vamos fechar parcialmente esses canais e drenar eles de uma outra forma inteligente e passar ambulâncias e corredores de ônibus para fazer com que as pessoas cheguem mais rápido em casa. Então, são ideias que vi lá fora.

Porque, definitivamente, ou temos um pensamento que estamos indo para o futuro, adjunto da inteligência artificial, que vou colocar a inteligência artificial nas escolas públicas de Santos, ou vamos viver de museu, vamos viver de passado.

Santos jamais perderá o seu título da cidade que é líder na Baixada Santista, que é a cidade referência. No entanto, precisa de alguém maluco que venha aqui para dar algumas ideias que podem ser malucas na primeira visão, mas que tem possibilidade, através de conversar com as pessoas, de fazer uma Santos que pode muito mais.

Não estou aqui para ficar falando dos meus adversários, mas na hora que tiver que falar, vou falar, vou ter que confrontá-los. Mas sei que Santos pode muito mais. Santos merece muito mais. Nós podemos nos tornar uma Califórnia brasileira. Ou não, não quero ser Califórnia, quero continuar sendo Santos.

Você estará nos debates que acontecem em 17 de setembro e 2 de outubro?

Vou estar no debate, que é uma responsabilidade, principalmente, porque não sou conhecido ainda aqui em Santos. Vou me fazer ser conhecido ao longo desse tempo. Vou sim, quero colocar as ideias. Quero falar de Santos, não quero falar de presidente da República. Presidente da República é em 2026.

Mas agradeço por essa demonstração de democracia. Acho que São Paulo pode aprender com a gente como fazer a política da forma que deve ser feita. E é isso que espero nos debates, propostas e vamos fazer com que Santos possa ganhar muito mais. Quem ganha eleição não é candidato, quem ganha eleição é o povo.