Suspeitos de participação em estupro coletivo de adolescente são capturados em Praia Grande

Por Santa Portal em 10/08/2025 às 06:00

Divulgação/Governo de SP
Divulgação/Governo de SP

Um homem, de 18 anos, foi preso, e um adolescente, de 17, apreendido, na tarde desta quinta-feira (7), suspeitos de participar do estupro coletivo de uma menina, de 13, ocorrido julho do ano passado, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. As detenções ocorreram no bairro Vila Sônia.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, a residência do jovem de 18 anos, os policiais o capturaram e apreenderam um celular. Em outro endereço, o adolescente foi apreendido, juntamente com seu aparelho.

Um terceiro integrante, também de 18 anos, não foi localizado. O caso foi registrado como cumprimento de mandado de busca e apreensão na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Praia Grande.

Relembre o caso 

A menina de 13 anos, vítima de um estupro coletivo em Praia Grande após marcar um encontro com o namorado, conheceu o rapaz, um adolescente de 15 anos, por meio do Instagram. 

Na ocasião em que foi abusada, a vítima havia marcado um encontro com o namorado, que mandou um mototáxi buscá-la e levá-la até um endereço na Vila Sônia para uma casa que ele havia pegado “emprestada”, segundo informações repassadas pela Polícia Civil de São Paulo.

O namorado da menina queria que ela ficasse com ele e com um outro rapaz, conhecido dele. A menina negou o sexo a três, mas foi ignorada. Conforme a delegada do caso, Lyvia Cristina Bonella, a adolescente manteve relação com um deles sob o efeito de bebida alcoólica.

Pouco tempo depois, outros rapazes chegaram na residência. A vítima foi estuprada por um grupo de oito pessoas, que a forçaram a ingerir mais bebida alcoólica. Em seguida, a menina foi levada para outro endereço ainda não identificado pela polícia, onde foi abusada por mais três pessoas.

Polícia ainda não sabe exatamente o número de pessoas que abusaram da menina, mas estima que foi pelo menos entre 10 e 12 rapazes. “Quando ela se viu naquele local com vários rapazes, ela não tinha condições de esboçar nenhuma reação ou fuga pela desproporcionalidade numérica. Então, por si só, já seria um estupro de vulnerável”, explicou a delegada.

A delegada reforçou a necessidade de os pais monitorarem a rotina dos filhos nas redes sociais. Bonella destacou que não é recomendado permitir que eles passem muito tempo online sem supervisão e ressaltou a necessidade de se atentar a mudanças de comportamento. “[Os pais precisam] saber com quem esse adolescente convive, que tipo de amizades tem, estar presente na vida dele”, pontuou.

Estupro coletivo aconteceu em julho de 2024

Na ocasião, a menina ficou desaparecida por dois dias e sua família chegou a registrar boletim de ocorrência. Após reaparecer, a vítima não contou para os pais sobre a violência sofrida. Os genitores dela tomaram conhecimento do crime porque os abusos foram filmados e compartilhados em grupos de mensagens.

Uma conhecida da família da menina tomou conhecimento das imagens, reconheceu a vítima e reportou o caso para os pais dela. Em seguida, os genitores da adolescente foram até a Delegacia da Mulher de Praia Grande para registrar denúncia, quando o caso passou a ser investigado.

Menina passou por escuta especializada na delegacia e relatou o ocorrido. Por se tratar de um caso de estupro de vulnerável, a delegada não contou detalhes do relato da vítima, mas classificou o episódio como um “ato animalesco”.

“Ela não tem capacidade de consentir o ato sexual, então qualquer pessoa que praticar o ato sexual com uma menina de 13 anos está praticando estupro de vulnerável”, disse Lyvia Cristina Bonella, da DDM de Praia Grande.

Um mês após o crime, a polícia já tinha identificado cinco pessoas, sendo quatro adolescentes e um adulto de 18 anos. Os adolescentes foram encaminhados ao Ministério Público do estado e o adulto fica sob responsabilidade da Polícia Civil, que deverá indiciá-lo por estupro de vulnerável. O suspeito não teve a identidade divulgada.

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