Suspeito de integrar esquema de extorsão a empresários é preso em Praia Grande

Por Santa Portal em 02/04/2024 às 16:00

Divulgação/Prefeitura de Praia Grande
Divulgação/Prefeitura de Praia Grande

Um homem, de 45 anos, foi preso na noite desta segunda-feira (1ª), em Praia Grande. Ele é suspeito de envolvimento em uma organização criminosa que forjava e inventava crimes para extorquir dinheiro de empresários na região de Indaiatuba, no interior paulista.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, Márcio Ricardo Pereira Mendes, que trabalha como auxiliar de escritório, foi encontrado pela Polícia Militar por volta das 16h, na Avenida Presidente Costa e Silva, no bairro Boqueirão. Os policiais militares foram até o local após receberem informações de que um homem estaria trafegando com um veículo pela região e usando documentos falsos no município.

Em diligências, o carro foi localizado e abordado pelos PMs, e ao consultarem os documentos do condutor, foi constatado que ele era procurado pela Justiça. Márcio atuaria como falso policial na organização criminosa.

O homem foi preso e seus celulares apreendidos. O caso foi registrado como captura de procurado e localização/apreensão de objeto pela Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande.

Esquema é investigado

Sobre a suposta participação do auxiliar de escritório em uma organização criminosa, o esquema está sendo investigado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio do Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep) e a Corregedoria do Polícia Civil, cumpriram 13 mandados de prisão temporária e outros 17 de busca e apreensão, na última terça-feira (26). A prisão em Praia Grande completa o total de 14 prisões que tinham sido determinadas pela Justiça.

Dentre os envolvidos no esquema, faziam parte um advogado, dois investigadores, um escrivão, dois guardas-civis e três advogados. Eles integrariam um grupo que ficou conhecido como ‘gabinete do crime’.

Segundo o MP-SP, o grupo atuava invadindo estabelecimentos comerciais, onde bens e valores eram subtraídos indevidamente. Na sequência, prisões abusivas com documentos comprobatórios forjados eram elaboradas, de forma a sustentar exigências ilícitas de pagamento de vantagens indevidas com preço de “resgate” da prisão decretada ou como garantia de não investigação.

Com isso, mais de dez empresários foram vítimas de extorsões e foram extorquidos, com exigências de pagamento de valores entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões por vítima, durante um ano.

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