Roubo de carga cai na Baixada Santista, apesar de alta em PG e Santos

Por Lucas Lacerda/Folhapress em 28/03/2024 às 06:00

Divulgação/Polícia Militar
Divulgação/Polícia Militar

Embora os roubos de carga tenham caído na região da Baixada Santista, as cidades de Santos e Praia Grande registraram aumentos de 150% e 82,4% nas ocorrências no primeiro bimestre de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado.

A marca de 31 ocorrências em Praia Grande -soma dos casos de janeiro e fevereiro- foi a mais alta para o período desde 2018, quando foram registrados 59 roubos de carga.

Já em Santos foram dez casos, número mais alto desde 2019, que teve 15 roubos. Ao todo, a região de Santos, que conta com municípios no litoral e no interior, teve queda de 8,2% neste tipo de crime.

Já a Baixada Santista, composta por nove municípios no litoral, teve queda de 18,8% nos roubos. Foram 56 em 2024, contra 69 no primeiro bimestre de 2023.

Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo, a queda na região é resultado de políticas de combate aos roubos na região. Sobre Santos e Praia Grande, “a pasta está ciente dos indicadores e tem concentrado esforços para combater essa modalidade criminosa”, afirma a nota.

“Prova disso, foi o recuo deste tipo de ocorrência no segundo mês do ano em Santos e também na somatória das principais cidades da região (Santos, Praia Grande, São Vicente e Guarujá), que tiveram redução de 24,2% nos casos. Considerando o bimestre, os quatro municípios juntos reduziram em 10,3% as ocorrências”, diz a secretaria.

Em 2023, primeiro ano da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), os roubos de carga nas 24 cidades da região de Santos bateram recorde e registraram aumento de 156% na comparação com 2022.

Das quatro cidades com mais ocorrências no ano passado, Praia Grande liderou, com 196 ocorrências. Também foi a única com aumento no primeiro bimestre de 2024. São Vicente, Guarujá e Cubatão tiveram quedas, respectivamente, de 66,7%, 75% e 40%.

Investigação e prejuízos

Para investigar e enfrentar as quadrilhas, um dos desafios é a coleta de informações precisas sobre as ocorrências -tipo de carga e tamanho do comboio, por exemplo. Outra questão é a investigação deste tipo de crime.

Como mostrou reportagem da Folha de S.Paulo, dados de janeiro a setembro de 2023 indicavam que, em meio a 4.424 registros de roubo naquele período, 494 inquéritos foram instaurados -ou seja, apenas 11,2% dos casos receberam, na época, apuração formal.

Dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística referentes a 2022 mostram que o prejuízo causado por roubos de carga foi maior no Sudeste, com R$ 966,6 milhões de um total de R$ 1,18 bilhões subtraídos naquele ano.

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