Qualidade da saúde pública em Cubatão se destaca na Baixada Santista

Por Beatriz Pires em 12/03/2025 às 06:00

Divulgação/Alpha Instituto
Divulgação/Alpha Instituto

Cubatão subiu no ranking regional e passou a ser a primeira em qualidade de saúde pública na Baixada Santista. A cidade, que anteriormente possuía uma nota de 6,28, registrou 7,28 pontos no Indicador Sintético Final (ISF), sendo a única na região classificada na zona verde. Os dados são do sistema e-SUS Feedback, uma plataforma governamental de monitoramento e avaliação que auxilia profissionais de saúde na melhoria do atendimento. A atualização ocorre a cada quatro meses e é fornecida pelo Ministério da Saúde.

Um dos fatores que explica o avanço de Cubatão foi a intensificação das campanhas de vacinação. O município conseguiu vacinar 84% das crianças de um ano de idade contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, infecções causadas por Haemophilus influenzae tipo B e poliomielite inativada. O índice representa um avanço significativo em relação ao mesmo período do ano passado, quando a cobertura vacinal era de 63%.

“Historicamente, Cubatão sempre atingia essas metas antes da pandemia. Estamos trazendo a população para dentro das unidades para garantir uma cobertura vacinal adequada. O principal fator foi que, em 2023, Cubatão apresentou um índice alarmante de mortalidade infantil, o que exigiu um trabalho mais intensificado com gestantes”, explica Márcio Oliveira, secretário de Saúde de Cubatão.

Santos, que liderou o ranking no terceiro quadrimestre de 2023 com 6,89 pontos, agora ocupa o terceiro lugar, com 6,60 pontos. A queda está relacionada à redução no atendimento a gestantes: a proporção de mulheres com pelo menos seis consultas pré-natal realizadas caiu de 40% para 24%.

Bertioga registrou avanço significativo ao atender 33% de pacientes hipertensos nos últimos quatro meses de 2024, subindo para a segunda posição com um ISF de 6,68 pontos. Em 2023, a cidade ocupava a oitava posição, com 4,50 pontos, e o atendimento a hipertensos era de apenas 3%.

Por outro lado, Praia Grande, que estava em segundo lugar, caiu para a sexta posição, com uma pontuação de 5,80. Em 2023, o município havia alcançado 6,84 pontos. A redução significativa no atendimento a gestantes foi um dos principais fatores para a queda.

“Agora, em 2025, retomamos o horário estendido nas unidades de saúde, que permanecem abertas até as 19h. Essa medida visa atender melhor aqueles que trabalham e precisam de atendimento próximo de casa. Além disso, estamos promovendo a informatização integral da saúde, que contará com consultório único e agendamento de consultas via aplicativo”, acrescenta Márcio Oliveira.

Outros municípios da região também registraram mudanças no ranking. Peruíbe, que ocupava a terceira posição em 2023 com um ISF de 3,34, caiu para o quarto lugar, com 6,51 pontos. A cidade teve uma queda de 17% no atendimento a gestantes para exames de sífilis e HIV. Mongaguá, que estava na sexta posição, agora ocupa o oitavo lugar, passando de 5,52 para 4,05 pontos. Itanhaém, com o pior desempenho da região, caiu da sétima para a nona posição, marcando 3,17 pontos. Em 2023, a cidade tinha 5,37 pontos. A queda está ligada à redução drástica no atendimento odontológico a gestantes, que passou de 45% para 17%.

São Vicente manteve-se na quinta posição durante esse período. Guarujá, que estava na nona colocação, subiu para a sétima, alcançando um ISF de 4,34 pontos. Em 2023, o município havia registrado 4,50 pontos. O leve avanço se deve a um aumento de 4% na cobertura de exames citopatológicos, o que permitiu que a cidade deixasse a classificação vermelha.

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