“O transporte em Praia Grande é precário. Tem que ter VLT”, afirma Pai Roblez

Por Santa Portal em 21/08/2024 às 15:00

Sarah Vieira
Sarah Vieira

Candidato a prefeito de Praia Grande, Roblez Jorge, o Pai Roblez (PDT), criticou o transporte coletivo da cidade e projetou a implementação de modais alternativos, como o VLT (Veículo Leve sob Trilhos), integrando Santos e São Vicente. O pai de santo pontuou, em entrevista ao Rumos & Desafios, exibida nesta terça-feira (20), que os moradores de bairros afastados da orla sofrem ainda mais com o problema do longo tempo de espera e ônibus lotados.

O representante da coligação partidária com PDT, PT e PCdoB também enfatizou que as gestões se preocupam em apresentar uma cidade atraente aos turistas, entretanto, a população local recebe poucas oportunidades e sofre com problemas antigos, como enchentes. Além disso, Roblez, que tem Drª Isabel (PDT) como candidata a vice-prefeita, falou sobre a criação de um complexo hospitalar, realização de parceiras com o terceiro setor, trabalho com o Legislativo, entre outros assuntos.

Assim como Pai Roblez, o programa Rumos & Desafios entrevistará, até 12 de setembro, os postulantes às prefeituras das cidades da Baixada Santista, sendo televisionado todas terças e quintas-feiras, às 21h, também com transmissão simultânea no YouTube do Santa Portal. Confira a entrevista na íntegra abaixo.

Como a experiência na extinta Secretaria de Abastecimento de Santos, durante as gestões de Oswaldo Justo (1984 a 1988) e Telma de Souza (1989 e 1992), e nas pastas de promoção social e de governo de Sorocaba, durante os anos 90, ajudam nesse momento de corrida pelo Executivo de Praia Grande?

É o tempo e a experiência. O cargo do Executivo tem que ter passado por esse trâmite todo para adquirir uma experiência. Principalmente o que me trouxe mais alegria foi passar pela Secretaria de Abastecimento em Santos, cidade onde nasci, para entender um pouco da fome.

Porque quando pensamos em Secretaria de Abastecimento, pensamos o que ela traz de alimento à mesa de todos nós, toda a população do mundo. Foi muito rico para mim a nível de aprendizado e acho que essas participações foram fundamentais para me achar um pouco preparado. É o tempo que vai dizer mesmo.

E a outra área que me apaixonei e sou apaixonado até hoje é a área da promoção social, que foi o divisor de águas na minha vida, de conhecer a dor do outro.

Roblez, hoje Praia Grande está preparada para acolher devidamente a população que mais necessita?

Não. Ela está muito bonita, é uma cidade que mudou muito nos últimos 30 anos, mas tem muita coisa pendente. Falo que ela ficou uma cidade linda, bonita, arborizada, com praias maravilhosas, um jardim quase parecido com o de Santos.

No entanto, precisa ser mais humanizada, pensar terceiro setor, quarto setor, pensar no social, porque senão fica muito vazio e gelado e acho que uma gestão tem que acolher e atender a demanda, principalmente de quem mais necessita.

A área social seria a sua maior insatisfação hoje com a cidade?

Saúde, segurança, saneamento básico, não podemos achar que é normal a cidade continuar com enchentes, não é normal continuarmos com o índice de criminalidade aumentando em toda a Baixada Santista, principalmente na minha cidade. Não é normal, infelizmente, ter a vazão escolar tão grande assim e não é só a culpa da Guarda Municipal ou da Polícia Militar, a questão não é só segurança.

Onde o estado não está presente, o município não está presente, vai outros segmentos, a organização criminosa vai ocupar o espaço, com certeza. Terceiro setor é a prioridade na gestão se assim for eleito.

Porque nesse sentido o terceiro setor muitas vezes entra na lacuna que o Estado não está resolvendo, mas dá para trabalhar junto.

80% da população da Praia Grande, residente, morador da cidade, é do terceiro setor e 20% é veranista. A praia está bonita, mas não tem um teatro. Temos o Palácio da Artes, europeu, que é usado para peças que quem mora na cidade nunca vai assistir, porque não tem condições.

Agora fizeram um estacionamento meia boca lá, para que a elite deixe o seu motorista, o seu chofé, deixe quem pode pagar aquele teatro, descer ali e o chofé vai embora. No entanto, a população não tem benefícios culturais, a questão cultural está abandonada em Praia Grande.

Lembrando que Praia Grande é a cidade que tem o maior número de talentos na área de teatro, cinema, artistas de ruas, artistas plásticos. Temos a Casa do Poeta, a Casa do Artesão, mas todos que vêm para a cidade é de fora, todos os eventos, os artistas do litoral não são prestigiados.

Roblez, você comentou sobre a área da saúde. Praia Grande já tem uma rede bastante consolidada na área de atenção básica, mas um grande gargalo é a questão do Hospital Irmã Dulce. Você acredita que o hospital precisaria ser ampliado ou até criado um novo hospital na cidade?

Não acho, tenho certeza. É fazer filho na barriga dos outros. O Irmã Dulce é uma instituição séria, mas não é nossa, é particular. Precisa sim construir um hospital, mas antes de se construir um hospital tem que pensar em um complexo hospitalar, trazendo faculdade, parcerias para o município. Tem que pensar servidor público da saúde que não tem um plano de carreira, tem que pensar salários de médicos que estão há meses sem receber.

Então é pagar bem o funcionário público, pagar em dia porque quem trabalha precisa receber, mas tem que trazer urgentemente umas boas faculdades na área da medicina, saúde e robótica. Hoje a saúde está muito avançada e precisa trazer essas parcerias junto com a construção do hospital. Urgente.

Até com relação ao hospital, em fevereiro deste ano teve incêndio, recentemente agora vazamento de água nos corredores, quer dizer, são problemas estruturais que trazem prejuízo para quem está ali precisando de atendimento.

O ser humano tem que ser prioridade, não só em Praia Grande, como em todo o Brasil e em todo o mundo. Nós temos jovens competentes e capacitados, mas terminam indo embora da cidade, indo embora do litoral para outras cidades, outros países.

Nós podemos aproveitar esses jovens em diversas áreas para resolver a questão da saúde, agronomia, educação e segurança pública. Não adianta ter um hospital, são vários prédios alugados, agora tem um pronto-socorro central alugado. Temos que construir uma estrutura própria para o município.

Você comentou desse atendimento mais humanizado por parte da população e um dos postos-chaves hoje é a segurança pública. Em Praia Grande já existe uma guarda consolidada há bastante tempo. Como é que você vê esse atendimento à população? É o adequado? Ela atua de forma truculenta? Qual é a sua avaliação?

O número da violência cresce, dos furtos crescem, só na cabeça de alguns gestores públicos que fingem que não vê isso porque vivem em palácios. A violência continua crescendo no Brasil, continua crescendo no nosso litoral. Tivemos episódios aí, Guarujá, São Vicente, Santos, toda Baixada.

Temos até um bom secretário de Segurança Pública, mas onde o Estado não entra com geração de emprego, saúde, educação e oportunidade vai continuar a criminalidade crescendo.

Sou contra armamento, sou contra a violência e acho que não é a solução colocar fuzil, metralhadora na mão de ninguém. Ao contrário, é dar emprego, livro, educação e oportunidades. Assim, combate-se a violência. Acredito que o militar tem que estar no quartel, na fronteira, no combate ao crime organizado e às facções criminosas. Quem tem que cuidar da educação é a família e os professores.

Em Praia Grande tem a linha divisória da estrada que separa o morro e a praia, algo muito comum nas cidades do Litoral Sul. Como você avalia isso?

Triste e vergonhoso. Porque não posso fazer uma gestão política, pensar em gestão política só para o veranista que vem uma vez por ano. Tenho que pensar principalmente na nossa população. Santos é um exemplo disso.

Pode ter o problema que tem, a dificuldade que tem, mas teve uma gestão desde Oswaldo Justo, depois Davi Capistrano, Telma, que pensou saúde pública, pensou várias coisas ao longo do prazo. Olha a referência de quantas faculdades. Santos se desenvolve nesse campo e o litoral tem que passar a pensar nisso, horizontal em todo o sentido de informação, tecnologia, oportunidade, geração de emprego.

Quando falo isso, insisto porque é feito para meia-dúzia, não para a cidade. A divisão existe, está aí, continua enchendo as ruas de água todo ano, toda chuva, toda maré alta. Tem esse problema em todo o litoral. Lógico, a geografia nossa é essa, é mar, mas Praia Grande está muito triste.

Vão recapiando, pavimentando sem pensar em saneamento básico, fazer um estudo mais avançado. Olha a situação que está em São Vicente. Praia Grande não está muito longe disso, só está bonito.

Você tocou num ponto que é a questão do saneamento. E as prefeituras, de um modo geral, sempre têm uma relação conflituosa com a Sabesp, que o governo do Estado privatizou recentemente. Como que você vê que vai ser a relação dessa nova Sabesp com a Prefeitura de Praia Grande?

O povo vai pagar a conta. A privatização não deu certo em lugar nenhum. Poderia fazer uma companhia mista, um serviço autônomo, fazer parcerias privadas, acho que é até interessante, mas dar a água não vai dar certo. É só esperar a conta vir.

Ver Guarulhos, tantos lugares que tem o serviço autônomo de água e ver a exploração que é e comparar com os benefícios. O litoral já era para ter um serviço autônomo de água do litoral. Nós temos águas o ano inteiro e o desperdício gigante de água, águas da chuva, que podem ser tratadas, temos nascentes no litoral.

É questão de gestão pública. Os nove prefeitos poderiam deixar de pensar em seus umbigos e pensar num coletivo e ter uma estação de tratamento metropolitano de água. Sou favorável à municipalização com parceria Estado.

Na questão social, onde você teve bastante experiência, o que ao longo dos anos com que você trabalhou mais diretamente da para aplicar em Praia Grande?

Acabar com, por exemplo, as áreas de invasões, com projetos habitacionais, agricultura familiar. É uma fórmula. Estamos com um problema terrível de poluição ambiental, ecossistema, toda essa coisa mundial.

Acho que na área social podemos trabalhar muito isso. Tem como trabalhar com o ecossistema, gerando emprego, limpeza dos córregos, habitações ecológicas, o rio poder ser um lugar frequentado, usado para pesca artesanal.

Tem muita coisa aqui na área social que vi, não só Sorocaba, mas Maringá, em diversos lugares que passei nos últimos anos. Fiquei 12 anos fora trabalhando, por falta de oportunidade. Porque aqui, tirando a Santa Cecília, as outras emissoras da cidade são de um grupo que não dá oportunidade para quem pensa.

No entanto, fui trabalhar fora e vi muita coisa bacana no Brasil. Não precisa ir para Dubai, Califórnia, Austrália. Os jovens precisam fazer militância política. É só deixar eles, você já vai ver a mudança social séria. Eles têm ideias brilhantes. É da oportunidade.

Qual é o principal desafio de quem se habilita a ocupar um cargo no Executivo?

Não é fácil, porque primeiro tem que pensar a preocupação. Não é só eleger o prefeito, mas eleger o Poder Legislativo, pessoas comprometidas para que a Câmara não vire um balcão de negócios como é feito em diversas cidades do país e do mundo. Precisamos conscientizar a população sobre a importância do Legislativo.

Qual é a função dele? Fiscalizar o Poder Executivo. Então acho que a maior dificuldade hoje de ser eleito é ter uma Câmara comprometida não com negócios, e sim com a população, com o ser humano.

Nós temos 12 propostos de governo. Não são 300 nem 700, só são 12, dando prioridade ao ser humano. Então o maior desafio para mim é pensar em eleger vereadores comprometidos com o ser humano e com a cidade.

Vemos diversas cidades com registros de casos de intolerância. Você, que é do candomblé, vê que a Praia Grande está preparada para evitar esse tipo de situação?

Não é problema da Praia Grande ou do litoral. É problema cultural, o preconceito e a intolerância já estão enraizados no ser humano e ainda estão muito longe de acabar. Tivemos um governo que passou, onde se deu muita ênfase à violência, à intolerância contra a mulher, muito fanatismo.

Esse governo conseguiu plantar, por exemplo, a violência continua, a intolerância religiosa continua aumentando de 7% a 9% em todo o Brasil. Em alguns estados, vou falar do nosso, com tristeza, não é com alegria, chega a 17% o número de violência contra os povos tradicionais de matriz africana.

A solução é a educação e a cultura. São a única ferramenta, porque a lei já está aí, muito bem feita, mas se não trabalhar na creche, na escola, nas faculdades, formar professores e profissionais para que se fale de amor, acho que a pegada hoje é falar de amor e falar sobre a importância e o respeito ao seu próximo, independente de credo, cor, raça, etnia. Mas, infelizmente a violência e a intolerância continuam.

Sou muito feliz, porque o PDT é o único partido no Brasil que tem, desde a criação do PDT há 40 anos as mulheres têm 30% de cota. Foi o primeiro partido a ter o Movimento Negro constituído, o primeiro partido a ter a diversidade constituída e a juventude constituída, foi o segundo. Mas o Movimento Axé foi o primeiro partido a colocar no seu estatuto, no seu regimento interno, a voz aos povos tradicionais. Agora, temos o indígena. O PDT é formado por movimentos.

Nós, os povos tradicionais, devemos isso a Leonel Brizola, Darcy Ribeiro e a Abdias, que lá atrás já tentavam montar os movimentos, mas não conseguiam montar o Movimento Axé pela nossa desunião, de não aprendermos a caminhar junto. O povo tradicional está acostumado a estar em guetos, em lugares afastados, com medo da polícia, do poder público, da prefeitura. E ainda continua isso.

Você pede para um dirigente espiritual legalizar um terreno, uma casa espírita, eles têm muito medo, porque vou entrar na prefeitura com pedido e a prefeitura vai amanhã lá mandar vigilância a isso, aquilo. Então é um trabalho longo que tem que ser feito ainda de combate. Estou sentindo isso em Praia Grande, por ser o único candidato no estado de São Paulo, assumidamente pai de santo, de candomblé.

Estou há pouco tempo no candomblé, vai fazer no dia 18 de outubro, 46 anos, estou tentando aprender ainda, mas na Baixada, sei que no meu partido eu sou o único. No Estado, pelo o que fiquei sabendo, somos em dois. Vamos apanhar que nem pandeiros na escola de samba.

Como trabalhar em um cenário em que o Legislativo não está ao seu favor?

Conheci um prefeito chamado Paulo Mendes, em Sorocaba, nos anos 80, 90. Ele teve uma solução de arrancar a porta do gabinete e por um gravador. Além disso, toda vez que fosse atender um vereador, chamava a imprensa. Ele queria atender os vereadores com a população junto. Fica a critério do pensamento de cada um para que evite negócios.

No entanto, acredito que Praia Grande e a Baixada Santista estão despertando para um novo mundo, um novo momento, que vão ter que eleger pessoas comprometidas com a sociedade. Não pode ser só balcão de negócios.

O prefeito não pode querer ter a maioria. Não quero ter a maioria. Quero eleger um do meu partido e dos coligados mais um. Porque tenho certeza que a renovação tem que acontecer e torço para que sejam eleitos só vereadores jovens e com bandeiras, para que possam vir com sangue e com vontade de transformar a cidade e a região. Porque está na hora.

Sou contra a reeleição. Sou candidato nesta vez, mas espero que o próximo prefeito a ser eleito seja um jovem de 18 a 23 anos com sangue de transformação. É o momento que o país precisa. Novos jovens, novas lideranças em todos os partidos.

Roblez, em uma gestão do PDT na Prefeitura de Praia Grande, como que você pretende chamar a população para participar das decisões de governo?

Primeiro que a população tem medo de participar. Sou favorável ao prefeito estar nos bairros. Segunda-feira, dia de função. Terça, quarta, quinta, sexta, dia de trabalho. O prefeito foi eleito, é um servidor. Tem que atender a população que for lá. Sem agendamento, por ordem de chegada. E sábado, que ele não faz nada, mas ganha muito bem para isso ir atender nos seus bairros.

Pretendo ter um gabinete móvel do prefeito percorrer todos os bairros da cidade, ouvindo a demanda, aos sábados.

Você já tem uma vida pública na política, mas como a sua família lida com isso?

Apoia mais ou menos. Não vou dizer que todo mundo em casa bate palma. Mesmo não tendo sido candidato, sempre fiz militância política desde 1986, quando começa o movimento da DST em Santos.

Fui criado no Morro São Bento. Então, dali, já comecei a fazer militância política. Então, a minha família me vê assim meio como, ‘meu Deus, de novo, Roblez, você não para’. Mas apoiam, sim. Mais a esposa e os filhos, enquanto os meus netos estão achando um barato.

Roblez, um outro ponto também que é importante é a questão da mobilidade urbana. O transporte coletivo da cidade está adequado ao tamanho que Praia Grande adquiriu conforme os anos?

Não atende o veranista, tampouco o usuário. É uma lata de sardinha, como acho que em todo lugar. Tem que ter o VLT, mas não pode ser essa conversa que em quatro anos de governo vão implementar, que é mentira. Porque para ligar do ponto onde está até a divisa com Mongaguá seria uma obra de seis anos.

Então o candidato que fala que vai fazer quatro anos é mentira, não tem como. Mas dá para fazer. Acho que é uma das soluções mais importantes no momento.

Contudo, o transporte é precário, precisa ser melhorado, principalmente quem mora no Setor 3. Quem mora da Mirim para a frente de Praia Grande sofre. O ônibus até a Terminal demora 40 minutos em dia de semana e 1h30 em fim de semana.

Eu moro na Mirim, mais próximo da Caiçara, então sei que o pessoal sofre quando vai na minha casa. É muito ruim o transporte, fim de semana. Temporada é muito lindo tudo, até ônibus com ar-condicionado tem no lado da praia.

A questão dos ônibus sem ar-condicionado também é uma reclamação rotineira da população.

A gente tem que pensar nisso. Mesmo nesse período de inverno, onde tem os maiores índices de aumento de doenças respiratórias, deveria ter o ar-condicionado também. Em uma temperatura maior, mas sim.

Contudo, na orla da praia tem. Em qualquer cidade do litoral, na orla tem tudo. Só não tem para o morador da cidade, que trabalha na sua casa, que trabalha na minha casa, que trabalha na construção civil, que faz a cidade ser o que ela é, esse não tem direito a ter um transporte de qualidade.

A população da antiga Terceira Zona precisa ser mais ouvida e esses recursos serem direcionados para eles.

Sim. Por exemplo, sou favorável ao transporte alternativo. São Vicente teve aquele escândalo todo, não sei o motivo, a gente ouve falar que terminou, que não foi muito bom, mas tem que ter o transporte alternativo. Não pode ficar na mão de um empresário ou de uma empresa só. Esse empresário vai financiar a campanha de alguém.

Acho que tem que ter alternativas de transporte. O VLT é uma, os aplicativos municipais são outros, acho interessante o transporte de vans. Pretendo trabalhar isso, nesse campo de dar oportunidade para o morador da cidade fazer transporte. Não podemos ficar na mão de ninguém.

Podemos contar com a sua participação no debate, que acontece em 30 de setembro?

Vai ser motivo de alegria, é muita honra de estar aqui com vocês, esse pessoal maravilhoso daqui. Acho que o debate é o instrumento mais importante da política para que amanhã, um dia, não exista fundo eleitoral partidário nem financiamentos particulares de campanha. Assim, realmente, estaremos exercendo a democracia.

Quando todos os veículos de comunicação e de imprensa fizerem como a Santa Cecília faz, vai dar poder de igualdade e vai acabar a utilização de fundo eleitoral, que é uma fábrica de dinheiro, de desmame e de compra de votos.

loading...

Este site usa cookies para personalizar conteúdo e analisar o tráfego do site. Conheça a nossa Política de Cookies.