Imagens mostram Rafaela e Marcelly chegando no apartamento antes da morte de Igor Peretto

Por Santa Portal em 12/09/2024 às 21:00

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Câmeras de monitoramento do prédio em que Igor Peretto foi morto flagraram o momento em que Rafaela Costa da Silva (ex-mulher) e Marcelly Marlene Delfino Peretto chegaram ao apartamento da irmã da vítima, na madrugada do último dia 31. Veja no vídeo abaixo.

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Às 4h38, Rafaela e Marcelly entraram juntas no prédio onde aconteceu o crime. Elas vão até o elevador social e lá as mulheres conversam, riem, se abraçam e por fim, saem do elevador e vão para o apartamento.

Uma hora depois, a vítima, Igor Peretto e Mário Vitorino da Silva (marido de Marcelly), chegam e sobem para o apartamento, onde encontrariam as duas mulheres. Diferente delas, os dois discutem desde a saída do veículo. Pouco tempo depois, Peretto foi morto.

Minutos antes da chegada dos homens, Rafaela entra em um elevador, sai do prédio e entra em um veículo branco, estacionado alguns metros à frente.

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Às 6h04, Mário e Marcelly saem do prédio pelo estacionamento e vão até o carro estacionado em frente ao edifício. Mário aparece com a mão direita dentro do casaco para esconder o sangue do crime e Marcelly usa uma roupa branca, que está manchada com o que parece ser sangue. Em seguida, eles vão embora.

Após deixarem o local do crime, Mário e Marcelly vão até o apartamento de Mário. A câmeras do elevador mostram que o homem segura alguns papéis na mão e ainda no equipamento Marcelly repousa sua cabeça no ombro de Mário. Por fim, às 6h15 o carro dele deixa o edifício.

Rafaela e Marcelly são presas

Rafaela Costa da Silva se entregou à Polícia Civil e foi presa na tarde da última sexta-feira (6) na DIG de Praia Grande, por suposto envolvimento na morte do seu ex-marido, Igor Peretto. Ele foi morto a facadas no último dia 31. A irmã de Igor, Marcelly Marlene Delfino Peretto, também foi presa nesta sexta. Já Mário Vitorino da Silva, casado com Marcelly, continua foragido.

A ex-mulher de Peretto chegou por volta das 15h na delegacia, acompanhada do seu advogado, Marcelo Cruz. Na sequência, ela foi encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande, onde passou pelos procedimentos de praxe, antes de ser detida. Ela foi presa preventivamente.

Já Marcelly, que chegou a ser ouvida como testemunha, foi apontada posteriormente pela investigação como suspeita de envolvimento na morte de Igor. Por isso, ela também foi presa nesta sexta – ainda não há confirmação se a sua prisão é preventiva ou temporária.

Irmão da vítima cobra Justiça

O vereador de São Vicente Tiago Peretto, que é irmão da vítima, foi até a delegacia acompanhar a prisão de Rafaela. Ele se mostrou indignado com a situação e cobrou Justiça pela morte de seu irmão.

“Ela disse que teve brigas com ele, mas em nenhum momento ela decidiu se separar. Ela fala que se separou no dia, aí mandou (o Igor) embora, só que no mesmo dia ela tem caso com a minha irmã e estava planejando o caso com o marido da minha irmã para o outro dia. É uma psicopata, a Justiça vai pegar detalhe por detalhe dessa situação. É só um fio do novelo. Vou ficar até o final da minha vida cobrando justiça para que ela fique presa e todos os outros envolvidos também”, afirmou Peretto.

Segundo Tiago Peretto, a família está muito abalada com a morte de Igor e as circunstâncias que envolvem o crime.

“Começou o primeiro, a Rafaela foi presa e vão ficar todos presos. Essa trama vai ter um final, está todo mundo sofrendo. A gente fica abismado, ela disse que teve uns beijinhos (com a Marcelly). Ela teve um relacionamento com a Marcelly, é mentira dela. Existem conversas, registros. Vou cobrar justiça pela morte do meu irmão. Enquanto os três não estiverem presos a família não tem sossego, não tem paz. Infelizmente, com essa declaração da Rafaela, eu perco dois irmãos: o Igor, que faleceu, e a Marcelly, que eu não quero ver nem pintada de ouro”, concluiu.

O advogado da família Peretto, Felipe Pires Campos, também comentou os desdobramentos do caso.

“Vamos dizer que a família agora está um pouco mais confortada, de saber que a Justiça está sendo feita, que os fatos estão sendo apurados e que está se descobrindo a verdade. Toda a verdade do que aconteceu. Ainda tem muito para acontecer, estamos tentando buscar o máximo de informações possíveis, colaborar com a polícia no que for necessário. E aguardar que mais dia menos dia o Mário possa se apresentar e esclarecer, que é isso que a família quer descobrir, realmente o que houve ali naquele dia e colocar um ponto final nessas questões”, falou Campos.

Relembre o caso Peretto

Igor Peretto, de 27 anos, irmão do vereador vicentino Tiago Peretto, foi morto a facadas dentro de um apartamento no Canto do Forte, em Praia Grande, na madrugada do último sábado (31). A irmã e o cunhado da vítima também estavam no imóvel, mas foram embora antes da chegada de policiais militares. A motivação do homicídio ainda é ignorada e a Polícia Civil não descarta qualquer hipótese.

A irmã e o cunhado foram tratados preliminarmente pela Polícia Civil como “investigados”. Até a publicação desta matéria, eles não haviam sido localizados. A mulher de Igor também estava no apartamento no momento do crime, mas igualmente não foi encontrada no local, e nem posteriormente, para prestar esclarecimentos. O edifício onde ocorreu o assassinato fica na Avenida Paris, 724.

Acionados para atender a uma ocorrência de “desentendimento” no prédio, policiais militares chegaram ao local por volta das 7h30 e foram recepcionados pela síndica. De acordo com essa testemunha, foram ouvidos muito barulho e gritos vindos de um apartamento do quarto andar. Como ninguém atendeu a campainha do imóvel, os PMs recorreram a um chaveiro para abri-lo.

No corredor e em outras partes do apartamento havia diversas manchas de sangue. O corpo de Igor foi encontrado caído em um quarto, próximo à janela. O imóvel estava bastante revirado, indicando a ocorrência de luta corporal. Com 22 centímetros de lâmina, uma faca foi encontrada no banheiro suja de sangue, sendo apreendida para ser submetida a perícia.


Foto: Reprodução

Filmagens

Câmeras do condomínio registraram a chegada das mulheres (a irmã e a companheira de Igor) às 4h37. Cerca de uma hora depois, Igor e o cunhado surgiram no edifício, mas inicialmente o porteiro os impediu de entrar, provavelmente, por ter recebido alguma ordem nesse sentido. Porém, não demorou muito, quem já estava no apartamento autorizou o ingresso de ambos. A partir daí, foram escutados os gritos no imóvel.

Os equipamentos de filmagem também registraram a saída da irmã e do cunhado de Igor às 6h05. Eles deixaram o prédio pelas escadas e atingiram a rua passando pelo estacionamento do prédio. Essas mesmas câmeras não captaram o horário e a forma como foi embora a companheira da vítima, cujo depoimento poderá revelar informações importantes para a elucidação do crime.

O delegado Alex Mendonça do Nascimento se dirigiu ao apartamento, acompanhou o trabalho de peritos e registrou o homicídio na Central de Polícia Judiciária (CPJ). O número de facadas que a vítima levou ainda será apurado no exame necroscópico, mas foram vários golpes pelo corpo. A expectativa da Polícia Civil é a de que os investigados e a mulher de Igor se apresentem para apresentar a sua versão sobre o caso.

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