Homem escala laje do 2º DP de Praia Grande e furta ar-condicionado da sala do delegado
Por Santa Portal em 25/10/2023 às 06:00
A Polícia Civil registrou o próprio furto do qual ela foi vítima. O caso pode parecer surreal, mas aconteceu no 2º DP de Praia Grande, na madrugada de segunda-feira (23). Após subir em uma laje na lateral da repartição policial, que não funciona à noite e nos finais de semana e feriados, um homem se apossou de um aparelho de ar-condicionado pela parte externa do prédio. Policiais militares prenderam o autor do delito.
O distrito fica na Rua Pernambuco, 885, no Boqueirão. Após alguém telefonar de forma anônima ao número 190, da Polícia Militar, e avisar que um homem praticava um furto no local, a guarnição de uma viatura foi acionada para checar a informação. Carlione Ferreira de Oliveira, de 34 anos, foi surpreendido na calçada da unidade policial com a armação metálica de um toldo que acabara de furtar.
O toldo, na realidade, pertence a um comércio vizinho ao 2º DP, mas estava “guardado” na laje da repartição, porque o estabelecimento comercial passa por reforma. Essa informação foi prestada aos PMs e, posteriormente, na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Praia Grande pelo dono do negócio. Ele foi relacionado na ocorrência como uma das vítimas. A outra é a Polícia Civil de São Paulo.
Câmeras de segurança registraram o furto do toldo, bem como a subtração do ar-condicionado, cometida anteriormente, na mesma madrugada, às 3h15. Questionado sobre o aparelho ao ser interrogado na CPJ, Carlione disse que o quebrou em várias partes e as vendeu por “R$ 72,00” em um ferro-velho situado nas imediações da Curva do S. O acusado declarou que pretendia negociar o toldo no mesmo local.
Investigações são realizadas para identificar o receptador do ar-condicionado, que estava instalado na sala do delegado. Autuado em flagrante por furto qualificado, Carlione foi recolhido à cadeia. Ele já registra passagem por esse delito e afirmou que é pintor de paredes, mas atualmente vive em situação de morador de rua, sem ocupação lícita, em decorrência de dependência química de crack. (EF)