Família luta por transferência de menino com paralisia cerebral em estado grave: "Urgente"

Por Rodrigo Martins em 06/06/2023 às 16:00

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O menino Lucas Gabriel Lourenço Corrêa de Lima, de 4 anos, tem paralisia cerebral e precisa de uma transferência pelo sistema Cross, da Secretaria de Saúde do Estado De acordo com a família da criança, o seu estado de saúde é muito grave e, por isso, Lucas Gabriel precisa urgentemente ser transferido para outro hospital.

Ele está internado no Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, porém o equipamento de saúde não possui a tecnologia e os especialistas necessários para a continuidade do tratamento de Lucas Gabriel.

Com isso, a família espera há 15 dias por uma resposta para a transferência da criança para a Santa Casa de Santos, que dispõe de neuropediatra, urologista pediátrico e nefrologista para a sequência do tratamento da criança.

“A Secretaria de Saúde do Estado nos deu um papel e pediu para aguardamos. O problema é que no Irmã Dulce não têm os recursos suficientes para tratar o meu filho. Quanto mais demora, fica mais difícil para ele, o seu estado de saúde fica mais complicado. Os rins dele pioraram, ele vem sofrendo convulsões. Ele precisa o quanto antes dessa transferência”, disse a mãe de Lucas Gabriel, Rosana dos Santos Barreto Lourenço, em entrevista ao Santa Portal.

Sem uma solução para a transferência imediata para a Santa Casa de Santos, a mãe do menino falou que a família recorreu ao Ministério Público para tentar agilizar o processo.

“Fomos no Ministério Público para tentar uma ajuda, porque o menino está em estado grave. O estado do Lucas é gravíssimo, precisamos de uma ajuda urgentemente. Não pode ficar do jeito que está”, completou Rosana.

Secretaria de Saúde do Estado se posiciona

Procurada pelo Santa Portal, a Secretaria de Saúde do Estado informa que a Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross) informa que o paciente já está inserido no sistema para transferência à unidade de referência, “respeitando os critérios de urgência e emergência, assim como os demais pacientes da rede”. 

De acordo com o órgão, a definição de prioridade dos casos é feita pelos municípios de origem dos pacientes, que também são responsáveis por atualizar constantemente o seu quadro clínico no sistema, bem como mantê-lo assistido e estável previamente, além de providenciar transporte adequado para deslocamento seguro.

“A transferência de um paciente não depende exclusivamente de disponibilidade de vagas, mas também de quadro clínico estável que permita o deslocamento a outro serviço de saúde para sua própria segurança. A Cross é apenas um serviço intermediário entre os serviços de origem e de referência, e funciona 24 horas por dia. Seu papel não é criar leitos, mas auxiliar na identificação de uma vaga no hospital mais próximo e apto a cuidar do caso”, completa a nota da Secretaria de Saúde.

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