Aluno agredido após ser acusado de expor caso entre professora e aluno em PG mudou de comportamento: 'não era assim'
Por Santa Portal em 14/12/2023 às 11:00
O adolescente de 14 anos agredido por outros três alunos, também menores de idade, na saída da Escola Municipal Vereador Felipe Avelino Moraes, em Praia Grande, mudou de comportamento e se tornou e mais ríspido. Quem afirma é a mãe do estudante, Helena Andria. O aluno foi espancado após ter sido acusado, equivocadamente, de expor um beijo entre a professora de artes da unidade escolar e um aluno.
Após as agressões, cujo caso mais grave aconteceu em 14 de novembro, o adolescente teve traumas no rosto e um hematoma abdominal, o que resultou em uma internação de cinco dias na Casa de Saúde de Praia Grande.
“Agora, fisicamente, ele está bem. Mas está apresentando um quadro muito arredio, muito ríspido, a gente conversa com ele e ele está bem intolerante. Creio que foi por conta de tudo que aconteceu. Ele não era assim”, contou a mãe, em conversa com o Santa Portal.
Helena afirmou que seu filho foi à escola para fazer as provas finais, mas que a situação foi difícil para o adolescente já que os estudantes que participaram da agressão estavam lá. Segundo a empresária, os três alunos não sofreram punições. “Tive que levar meu filho diante de tudo que ele estava passando”, desabafou.
Questionada pela reportagem, a Prefeitura de Praia Grande informou que a Secretaria de Educação (Seduc) convocou e conversou com os pais dos alunos envolvidos no ocorrido. Em nota, a pasta ressaltou que os fatos aconteceram fora do ambiente escolar e que a situação está sob investigação da Polícia, além do Conselho Tutelar.
Agora, Helena e mais um grupo de mães que se solidarizaram com seu filho devem fazer um protesto em frente à unidade escolar no próximo dia 18.
Relembre o caso
Prints da conversa que uma professora, de 25 anos, teve com uma aluna, de 14, foram revelados em 22 de novembro. No papo, a educadora da Escola Municipal Vereador Felipe Avelino Moraes, em Praia Grande, afirma ter beijado um adolescente da turma e que queria ter relações sexuais com ele.
Em uma espécie de confissão, a professora conta para aluna que encontrou dois alunos na rua, perto de uma feira do bairro, e eles a acompanharam até a casa onde tudo aconteceu.
A mãe do adolescente agredido conta que a mãe da aluna, que é melhor amiga da vítima, encontrou as conversas no celular da menina e denunciou o caso à diretoria da escola.
A partir disso, quando os demais estudantes souberam da exposição, os dois alunos começaram a sofrer ameaças.
Desdobramentos
A professora foi exonerada dos quadros funcionais por má conduta assim que a Seduc soube do ocorrido.
De acordo com a Polícia Civil, a professora não cometeu o crime de assédio sexual porque, após investigações, foi constatado que a educadora não utilizou seu cargo para favorecimento sexual.