Secretário Nacional de Portos vistoria obras de terminal de celulose no Porto de Santos

O secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni e Silva, realizou uma visita técnica às obras do novo terminal de celulose, da Eldorado Brasil, no Porto de Santos. Ele esteve no empreendimento durante tarde desta quinta-feira (3) e falou sobre o projeto, a desestatização do porto, e ainda, sobre o impacto da guerra entre a Ucrânia e Rússia para o país. 

A área tem mais de 50 mil metros quadrados e deve movimentar por ano mais de 3 milhões de toneladas da matéria prima. Segundo o gerente geral de logística de celulose da Eldorado Brasil, Flávio da Rocha Costa, o terminal conseguirá receber a composição de um trem, com 64 vagões. “Nós vamos conseguir embarcar navios com até dois berços de atracação e operar dois navios simultaneamente. Isso vai trazer agilidade”, explica.

Piloni destaca que o empreendimento faz parte de um projeto de modernização do porto. “Estamos diante de um dos objetos desse planejamento. Com todo o esforço que tem sido feito pela Eldorado, mas dentro de um grande projeto tocado pela autoridade portuária, que vislumbrava uma mudança no Porto de Santos. Uma modernização, que a gente pudesse usar de forma mais eficiente toda essa área disponível, que é uma área escassa, cara, importante para o país”, afirma.

O novo terminal deverá gerar cerca de 600 empregos direto e indireto até a conclusão das obras, e a estimativa é de que o valor investido chegue a R$300 milhões. A expectativa é que até março de 2023 a construção esteja finalizada.

Durante a coletiva de imprensa, Piloni também falou sobre a desestatização do Porto de Santos, que está em consulta pública até o dia 16 de março. Conforme informou o secretário, uma segunda audiência pública para tratar do assunto deve ser realizada, para que haja maior transparência com relação ao projeto, e para que seja feito algo bom para o setor e também para a sociedade.

“[a audiência é] Para construir algo que seja, não um projeto do Ministério da Infraestrutura, mas um projeto do setor portuário brasileiro e que atenda a toda a sociedade, a população local. Há de se avaliar as questões relativas a relação porto cidade, a investimentos que tragam a geração de oportunidade de renda e de emprego para toda a população que depende do porto”, explica.

Ainda durante a visita, Piloni falou sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, e destacou a preocupação com a importação dos fertilizantes russos. “Estamos nos preparando para o pior cenário. Nesse sentido, a gente tem conversado muito com o Ministério da Agricultura para que, no que diz respeito a logística, a gente não cause embaraço em momento de eventual crise. A gente precisa ter um porto funcionando bem, com o máximo de fluidez, e prioridade dada a esse produto”, finalizou.