Obra de atracadouro destruído por navio começa em setembro
Por Santa Portal em 13/08/2021 às 14:24
A obra do novo atracadouro em Guarujá, atingido pelo navio Cap San Antonio, da Maersk, será iniciada em setembro. A previsão de entrega é dezembro. A informação foi confirmada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), nesta sexta-feira (13), em entrevista exclusiva ao Bom Dia Cidades, da Santa Cecília TV.
Nós temos um outro atracadouro, que está operando temporariamente, mas a expectativa é que em 90 dias o novo atracadouro possa estar operando. Se não “full power”, operando 100%, parcialmente junto com o outro atual que está operando.
Doria também ressaltou que a operadora responsável pelo acidente assumiu integralmente a responsabilidade por arcar com os custos da obra. Aliás, assinou o acordo no Ministério Público junto com o Governo de São Paulo.
“Não foi preciso fazer uma demanda judicial, houve apenas um entendimento do Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Logística e Transportes com a operadora, e eles aceitaram assumir todos os custos da construção de um novo atracadouro”, disse o governador.
Histórico do acidente e obra de atracadouro
O navio cargueiro dinamarquês Cap San Antonio saiu do Porto de Santos na manhã do último dia 21. Seguiu com destino a Paranaguá, no Paraná.
As possíveis causas do acidente não foram divulgadas. No dia 20 de junho, por volta das 14h, a o navio Cap San Antonio perdeu o controle e destruiu um dos atracadouro da travessia Santos-Guarujá. A embarcação estava saindo do Porto de Santos com carga de contêineres e seguia viagem para o porto de Paranaguá.
No dia seguinte, houve reflexo temporário no tempo de espera para a travessia de balsas entre Santos e Guarujá, que foi normalizado.
Não houve registro de vítimas envolvidas no incidente, dentro ou fora do navio, e o mar não foi poluído de nenhuma forma por conta da colisão.
A embarcação ficou quatro dias parada, e então retornou ao Porto de Santos para descarregar as mercadorias e passar por reparos.
Por conta do acidente, o atracadouro da barca de bicicletas não pode ser utilizado. A opção para os ciclistas foi fazer a travessia nas mesmas balsas que os carros e motos.
O caso será julgado pelo Tribunal Marítimo, o que pode levar até dois anos. Na mesma semana em que ocorreu o acidente com o navio, a Capitania dos Portos de São Paulo abriu um inquérito para identificar as causas e os possíveis responsáveis pelo ocorrido.