No Porto, Tarcísio de Freitas admite que Bolsonaro pediu para ele se candidatar a governador
Por Rodrigo Martins em 27/11/2021 às 12:05
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, participou da entrega de obras no Porto de Santos nesta sexta-feira (26), mas a sua possível candidatura ao Governo do Estado de São Paulo nas próximas eleições também foi tema da visita.
Apesar de apontar que o seu foco está no trabalho no ministério, Tarcísio admitiu que existe uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de ele ser o candidato do mandatário ao governo estadual.
“Eu estou extremamente focado na realização dos investimentos, na realização dos leilões, estamos conversando com investidores do mundo todo, preparando a próxima rodada de leilões que serão leilões importantes. Estou focado na entrega de projetos, então esse tem que ser o meu objetivo no momento. Mas tenho conversado com presidente Jair Bolsonaro sim, ele me pediu para pensar (na possibilidade) e a gente aceitou discutir o assunto”, disse o ministro, durante entrevista coletiva.
No entanto, Tarcísio de Freitas foi cauteloso e indicou que ainda não tomou a decisão sobre lançar o seu nome ao governo paulista. “A gente está discutindo, não tem nenhuma decisão tomada, é uma coisa que eu ainda vou tratar com o presidente. É bastante coisa, a gente tem que ver o que ajuda mais o projeto do presidente, se esse nome é o mais adequado. Ele pediu para conversarmos sobre o assunto, estamos conversando. Ele não está impondo nada, é uma orientação. Ele está nos passando confiança. Obviamente ele quer o melhor do ponto de vista eleitoral, mas ele pensa muito no nosso lado pessoal também”, declarou.
O ministro negou que esteja com conversas adiantadas para se filiar ao PL – mesmo partido que negocia com Bolsonaro a sua filiação – para ser o candidato da sigla ao Palácio dos Bandeirantes. Além disso, ele destacou que, no momento, precisa de segurança para compor o projeto do presidente para as eleições de 2022.
“Não conversei (com o PL). Não tem prazo para decidir, a gente precisa ter segurança. Na minha cabeça funciona assim. No momento, eu não faço a menor ideia do que vou fazer. A gente está conversando, não tem nada demais. Além de meu chefe, (o Bolsonaro) é um grande amigo. Mas várias questões precisam ser pesadas. Essa é uma decisão de vida super difícil”, concluiu.