Navio de guerra da Marinha desembarca no Cais da Marinha de Santos
Por Yasmin Braga/Tv Santa Cecília em 15/07/2022 às 06:05
O Navio de Desembarque de Carros de Combate Almirante Saboia chegou ao Cais da Marinha, em Santos, na tarde desta quinta-feira (14). Essa embarcação de 137 metros será o principal meio de ensino para 96 alunos da Marinha. Os futuros oficiais vão ter a oportunidade de ter contato com diversas atividades relacionadas à carreira militar naval. O navio fica em Santos até sábado (16) e depois retorna ao Rio de Janeiro.
O Curso de Formação de Oficiais da Marinha Mercante é feito em dois centros de instruções, um na cidade do Rio de Janeiro, chamado Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (Ciaga), e o outro em Belém, Centro de Instrução Almirante Braz de Aguiar (Ciaba), com duração de três anos de fase acadêmica, em regime de internato, além de um ano de estágio embarcado em um navio da Marinha.
“O contato com o mar é fundamental, precisam ter experiências e conhecer o ambiente onde irão trabalhar, pois marinheiros não são formados somente em bancos escolares. O Mercantex 2022, comissão realizada pela Ciaga, é considerada importante neste processo”, comenta o contra-almirante do Ciaga, Paulo Ruiz.
De acordo com o oficial, estão embarcados alunos do primeiro e terceiro ano do curso. “Os que estão em fase final de formação, já escolheram suas especialidades. Alguns lidam com as máquinas, outros com a náutica”.
Já sobre os aprendizes a bordo do navio, Ruiz explica que eles já possuem conhecimento maior da marinha mercante, porque acompanham os equipamentos funcionando e aprimoram, na prática, os ensinamentos adquiridos em sala de aula.
“Já os do primeiro ano, que estão em fase inicial, escolherão a área que irão seguir, no final deste ano”, completa.
A marinha mercante é voltada para atividades direcionadas ao comércio marítimo, o transporte de mercadorias entre os portos. A atividade militar trata da Defesa e segurança da Pátria.
“Os alunos da escola de formação, enquanto alunos, são militares. Após concluírem o curso passam para a reserva da Marinha como oficiais da reserva. Logo depois, entram para o mercado de trabalho e embarcações”, comenta.
Anualmente, a Marinha abre cerca de 300 vagas para processo seletivo nos dois centros de instruções. Para conseguir a efetivação, ao final do quarto ano, os cursistas, como em qualquer trabalho, dependerão de suas qualificações e preparações. “Neste momento, a Marinha vive uma crescente procura em relação a essa mão de obra”.
O Capitão de Mar e Guerra, Rafael Correa Silva, disse que o navio onde os marinheiros se encontram é ideal para treinamento e transporte. “Assim constroem uma ideia sólida do que irão aprender e, depois de formados, aplicam”.
Silva ressalta ainda a importância da prática para esses profissionais. “Costumo dizer que a pratica é soberana, eles estão em sala de aula absorvendo conhecimento teórico, mas aplicar a teoria é diferente. A prática mostra como o profissional deve agir em situações não previstas, então é um momento especial”.