Eldorado contribui para processo de transformação do Porto de Santos
Por Santa Portal em 30/06/2022 às 06:36
Pensando no futuro do Porto de Santos, que atualmente é o maior da América Latina e na soberania do complexo portuário em todo o Hemisfério Sul, principalmente após a desestatização, a Eldorado Brasil Celulose prevê grandes investimentos.
Um novo terminal será construído pela empresa, que também faz parte do processo de transformação do Porto, considerado revolucionário para toda a cidade de Santos e para a região.
Os altos investimentos serão possíveis graças ao contrato de concessão a ser firmado com a iniciativa privada. Ao todo, será exigida a aplicação de R$ 18,55 bilhões pelo novo operador. No caso específico de melhorias e intervenções na estrutura do cais santista, o montante é de R$ 1,4 bilhão.
No entanto, antes mesmo de a transferência da gestão do Porto sair do papel, a viabilização de projetos de expansão já começa a dar uma nova cara ao local. São as empresas mostrando o caminho para o aumento da eficiência e da produtividade.
A favor de mudanças que tragam mais agilidade e menos burocracia para o complexo, o gerente geral de Logística de Celulose da empresa, Flávio da Rocha Costa, observa a privatização como positiva, desde que a escolha do modelo a ser seguido tenha como premissa a busca pela eficácia, com absoluto respeito à segurança jurídica, ponto crucial para o conjunto da economia, mas ainda mais vital no setor de infraestrutura. “Sem previsibilidade e respeito às condições contratuais e às tarifas contratadas não há como o Brasil receber os investimentos privados de que precisa para crescer”, destacou.
Foi com base nesse pensamento que a empresa decidiu participar do leilão público organizado pelo Ministério da Infraestrutura (Minfra) e pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), arrematando as duas áreas destinadas à celulose. Conforme previsto no edital, foi necessária a escolha de apenas um dos trechos, e hoje a Eldorado dá andamento ao investimento de R$ 500 milhões no terminal STS14, cuja área é de 44,5 mil metros quadrados. Neste mês, teve início a construção do prédio administrativo, e também é esperada a colocação dos pilares e das vigas do armazém. O objetivo é que as operações no empreendimento comecem no 2º trimestre de 2023.
“A PDZ organizou e consolidou as grandes operações de exportações no Porto – uma delas foi a criação do cluster da celulose, onde os três maiores fabricantes do país estão presentes e investindo mais de R$ 1 bilhão”, disse Costa. O executivo se refere ao novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do cais santista, aprovado pelo Minfra em 2020, após quase uma década e meia sem revisão, prevendo a modernização do complexo ao planejar estrategicamente a ocupação das áreas públicas pelos próximos 20 anos.
O terminal que a Eldorado está construindo terá capacidade para receber uma composição inteira com 64 vagões e atracação de dois navios simultaneamente. A estrutura moderna e competitiva permitirá a movimentação de 3 milhões de toneladas de celulose por ano. Diante do potencial da área, o gerente geral de Logística de Celulose da companhia não tem planos para aquisição de outros espaços no complexo.
“O STS14, onde estamos construindo a EBlog, terá capacidade para exportar 3 milhões de toneladas de celulose por ano, volume maior que os atuais 1,8 milhão de toneladas por ano, produzidas pela fábrica da Eldorado Brasil em Três Lagoas (MS), o que nos dá, inclusive, condições para suportar uma futura expansão na produção da celulose”, ressaltou Costa. Durante a obra, um pico com 600 empregados é esperado. Já quando entrar em operação, a Eldorado deverá ter 200 colaboradores em Santos (SP). Isso sem contar o desenvolvimento de alta tecnologia, com controles realizados de uma central por operadores que poderão executar o içamento, controle de entrada e saída de vagões, caminhões e manuseio de carga.
O presidente da Santos Port Authority (SPA), Fernando Biral, já havia considerado o investimento da Eldorado como reflexo do planejamento a longo prazo do Porto, lançado em 2019, oferecendo segurança e abrindo espaço para novos e vultosos projetos. “Hoje, temos áreas corretamente destinadas. Antes, havia uma série de ‘puxadinhos’, terminais que operavam com contratos de transição que não exigiam qualquer investimento”, afirmou o executivo, que não tem dúvidas sobre a necessidade de desestatização do cais santista.
História
A Eldorado Brasil tem, atualmente, um terminal portuário em Santos, a Rishis Empreendimentos, que está em plena operação desde junho de 2015. Ele conta com 10 mil metros quadrados e tem capacidade para abrigar até 30 mil toneladas de celulose. Isso significa que a companhia pode movimentar quase 1 milhão de toneladas de celulose por ano.
Já a área do STS14 foi adquirida em 28 de agosto de 2020, por meio de leilão promovido pela Antaq, órgão do Governo Federal. Dali em diante, a companhia cumpriu os trâmites necessários para dar andamento às etapas seguintes da obra, tais como aprovação de projetos, obtenção de licenças e licitação da empresa responsável pela construção do terminal.
De acordo com pesquisa realizada pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética) e pela IEA (International Energy Agency), com contribuição da IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), o setor de papel e celulose desempenha uma função importante na economia nacional e também no cenário mundial. Isso acontece devido à receita gerada, aos elevados investimentos, ao impacto que esse setor tem sobre diversos outros setores econômicos (tanto para os localizados antes, quanto depois de sua cadeia produtiva), assim como a sua influência na geração e consumo de energia e ao impacto social e ambiental positivos. Os dados deixam clara a relevância dos investimentos feitos pela Eldorado Brasil Celulose.
Sobre a Eldorado
A Eldorado Brasil é uma empresa de base florestal, com mais de 200 mil hectares de florestas plantadas no Mato Grosso do Sul e outros mais de 100 mil hectares de conservação. Em Três Lagoas (MS), a companhia opera uma fábrica com capacidade para produzir mais de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano e uma usina termelétrica que gera 50 megawatts/hora de energia – suficiente para abastecer uma população de 700 mil pessoas. A Eldorado conta com o trabalho de mais de 5 mil colaboradores no Brasil e em escritórios internacionais.