Cocaína em navio no Porto de Santos poderia render R$ 30 milhões ao PCC, diz PM

Por Herculano Barreto Filho/Folhapress em 25/08/2024 às 18:00

Divulgação/SSP
Divulgação/SSP

A apreensão feita por mergulhadores de uma carga de 115 quilos de pasta de cocaína neste sábado (24) em um barco no Porto de Santos poderia render cerca de R$ 30 milhões ao PCC, segundo fontes na PM ligadas à operação.

A carga seria levada a países europeus em uma transação com parceiros de negócios do PCC, indica investigação. De acordo com a apuração, a pasta de cocaína foi trazida de Buenos Aires, capital da Argentina, por narcotraficantes independentes que fazem negócios com autorização da facção criminosa paulista.

A operação do tráfico é semelhante às ações criminosas de André do Rap no Porto de Santos, dizem investigadores. Fontes ligadas ao caso dizem que a forma da atuação dos responsáveis pelo carregamento da droga no navio apreendido segue o mesmo padrão usado pelo narcotraficante André Oliveira Macedo, 45, apontado por autoridades como responsável pelo envio de cocaína em contêineres para a Europa.

Procurado pelas autoridades desde outubro de 2020, André do Rap foi solto da penitenciária de Presidente Venceslau (SP) em decisão do STF e disse que iria para a sua casa no Guarujá. Mas passou a ser considerado como foragido após ter a soltura cassada pelo Supremo. Autoridades estimam que ele tenha um patrimônio de mais de R$ 500 milhões.

“O tráfico internacional de entorpecentes é um mercado diversificado, não sendo exclusivo do PCC. Alguns indivíduos operam de forma independente, enquanto outros utilizam a estrutura do PCC ou contam com a própria organização do PCC para suas atividades”, explicou Valmor Racorti, comandante do Policiamento de Choque de SP.

Como foi a apreensão

A droga encontrada por mergulhadores da PM estava escondida no casco de um navio e foi rastreada com o auxílio de um drone. A cocaína estava em galerias internas do casco do navio.
O objetivo da ação é rastrear as rotas do tráfico internacional e desarticular as suas redes de distribuição. A operação é feita em conjunto com Polícia Federal, Polícia Civil, Ministério Público e Receita Federal e teve início nesta sexta-feira (23).

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