Ametista avaliada em R$ 200 mil foi encontrada em carga de quartzo com destino à Ásia
Por Santa Portal em 06/11/2025 às 05:00
A Receita Federal informou, nesta quarta-feira (5), que entre as toneladas de carga interceptadas no Porto de Santos, havia uma joia de ametista avaliada em cerca de R$ 200 mil. O material estava em cinco contêineres que seriam enviados à Ásia e foi declarado pelos exportadores como quartzo bruto, com valor total de apenas R$ 170 mil.
Segundo a Receita, a vistoria física mostrou que a carga continha pedras semipreciosas, como geodos de ametista, além de diferentes tipos de quartzo, o que indica subfaturamento e possível tentativa de ocultar o real valor dos minerais. “Normalmente nas operações desse grupo, as pedras são declaradas como quartzo, quartzo bruto industrial, mas quando a gente faz a verificação física da carga, a gente identifica que são quartzo em suas mais diversas formas, encontramos pedras semipreciosas como geodo de ametista”, explicou o auditor da Receita Federal, Rômulo Brandão.
A investigação também apontou indícios de ilegalidade na origem do minério. As empresas envolvidas não possuem autorização da Agência Nacional de Mineração (ANM) nem licenças ambientais para exploração ou lavra-garimpeira. “São vários CNPJs e CPFs diferentes, porém, ao fazer o estudo dessas empresas que fornecem as notas fiscais, a Receita identificou que essas empresas não têm autorização da Agência Nacional de Mineração e nem licenças operacionais emitidas pela Secretaria de Meio Ambiente local, sendo o minério em tese de origem ilícita”, afirmou Brandão.
A mesma empresa já havia sido alvo de outra apreensão semelhante no início do mês, no Porto de Salvador. As cargas retidas são avaliadas e passam por perícia para determinar sua procedência e valor real.
Para a Receita, a operação reforça o papel estratégico do órgão no combate à exportação irregular de recursos naturais brasileiros. “Em um contexto nacional e geopolítico internacional, vemos que é importante para a defesa do Estado a atuação da Receita nas fronteiras para proibir a exportação dessa riqueza natural do nosso país”, completou o auditor.