Ação da praticagem é essencial para segurança e crescimento do Porto de Santos

Por Vanessa Ortiz em 04/02/2022 às 11:02

O trabalho da praticagem é fundamental para o bom funcionamento e crescimento do Porto de Santos, afinal, a ação dos agentes caminha lado a lado com a navegação. Em entrevista ao Bom Dia Cidades, o presidente da Praticagem de São Paulo, Bruno Roquete Tavares, falou um pouco sobre a importância do setor para as operações portuárias.

Tavares destaca que a praticagem é uma das engrenagens do Porto, já que são verdadeiros guias das condições, regras e riscos específicos da região portuária em que atuam, e que a interação com os demais setores do porto é fundamental para que o trabalho tenha sucesso.

“Essa conexão que a gente tem com a SPA (Santos Port Authority), autoridade marítima, é diária. Então, se não houver essa interação, que faça essa engrenagem trabalhar 100%, não rola”, afirma.

Além da boa comunicação, para o desempenho desse trabalho tão importante, o setor está sempre acompanhando o desenvolvimento das tecnologias e segurança, pilares principais para manter a qualidade do serviço, conforme afirma o presidente da Praticagem.

“Todos os anos, passamos por treinamento, nos qualificamos e nos reciclamos todas as vezes que é possível”, diz o presidente. Por uma norma da Praticagem do Brasil, conforme explica, os práticos passam por um processo de treinamento e atualização a cada cinco anos, onde conhecem novas tecnologias em centros de simulação dentro e fora do país.

Como exemplo, ele destaca a homologação da Marinha do Brasil para receber navios de 366 metros, em que o setor teve que receber uma nova capacitação para que realizar o mesmo trabalho aqui na região.

Praticagem e consciência ambiental

Tavares explica que a conscientização social e ambiental também está ligada com o trabalho da praticagem, já que lida diretamente com o ambiente marítimo. Para isso, o setor aplica as práticas da Environmental, Social and Corporate Governance (ESG), ou Governança Ambiental, Social e Corporativa, assunto muito falando nesse momento de desestatização do Porto de Santos.

“Nós praticamos isso já há um tempo. Nossa sede, na nossa ponte onde temos as lanchas, no nosso estaleiro, nós colocamos estruturas de captação para água de chuva, para reuso, e podemos ter uma economia muito grande. Temos também 50 células fotovoltaica no nosso estaleiro para usar a fonte do sol como energia”, exemplifica ele.

Além disso, carregadores para carros elétrico e híbridos, e troca de motores eletrônicos são utilizados para que haja mais economia e menos emissão de gás carbônico na atmosfera.

“Todas essas boas práticas que fazemos são justamente para plantar essa semente naquele nosso universo, mas também para usar como incentivo para a nossa sociedade”, finaliza.

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