Travestis acusadas de roubar cliente alegam calote em programa amoroso
Por Santa Portal em 10/04/2023 às 11:00
Acusadas de roubar o relógio e o celular de um cliente, duas travestis, de 19 e 22 anos, alegaram inocência e disseram que, na realidade, foram vítimas de um calote na realização de um programa amoroso em um hotel no Centro de Santos.
No início da manhã de domingo (9), policiais militares foram acionados até a frente do Hotel Flex, localizado na Rua Martim Afonso, onde o porteiro B.G.G., de 24 anos, lhes contou que foi assaltado em um dos quartos por duas travestis.
Segundo ele, ao retornar do trabalho a pé durante a madrugada e passar pelas acusadas, elas o “arrastaram” para dentro do hotel e, em um dos quartos, roubaram o seu relógio e celular, forçando-o inclusive a desbloquear o aparelho.
Com base nas descrições fornecidas pelo suposto assaltado, os PMs localizaram as travestis paradas nas imediações. Elas disseram que “faziam ponto” no local e refutaram a acusação de roubo, afirmando que o porteiro as convidou para um programa a três.
Ainda conforme as travestis, ficou combinado de o rapaz pagar R$ 200,00 para cada uma delas. Porém, após a prestação do serviço, que teria durado pouco mais de uma hora, o cliente não cumpriu o acordo sob a desculpa de estar sem dinheiro.
As garotas de programa disseram que começaram a discutir com o porteiro, que tentou fugir do quarto através de uma janela, deixando o seu relógio na cama. Esse objeto foi recuperado e devolvido ao rapaz, mas o celular não foi encontrado.
Diante do relato das travestis, o porteiro modificou parcialmente a sua versão. Esclareceu que entrou no hotel espontaneamente, após ser “convidado” pelas garotas de programa, acreditando que por esse motivo não precisaria pagá-las.
Porém, no novo relato, o jovem continuou a sustentar a ocorrência do roubo. Após as partes serem ouvidas na Central de Polícia Judiciária (CPJ), a delegada Karla Cristina Martins Pereira as liberou, porque não se convenceu de quem falou a verdade.
Segundo a autoridade policial, diante das versões conflitantes, principalmente a do porteiro, o caso precisa ser melhor apurado por meio de eventuais imagens de câmeras, depoimentos de testemunhas ou quaisquer outros meios de prova. (EF)