22/03/2017

Suspeitos de pedofilia abusavam de crianças entre 4 e 11 anos e eram todos da mesma família, diz PF

Por #Santaportal em 22/03/2017 às 23:31

OPERAÇÃO RESGATE – A Polícia Federal convocou uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (22), no Centro de Santos, para falar sobre a Operação Resgate, deflagrada hoje (22) em Praia Grande. O foco da ação era identificar suspeitos de produzir e distribuir pela internet uma grande quantidade de arquivos com imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes. A PF também detalhou como era o esquema de pornografia infantil mantido por este grupo.

Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e um homem e uma mulher foram detidos em flagrante com material contendo abuso sexual de crianças. Os outros dois presos também são um homem e uma mulher. Os nomes dos detidos não foram relevados, mas a Polícia Federal confirmou que os dois homens e as duas mulheres fazem parte da mesma família.

Segundo o responsável pela operação, o agente Valdemar Latance Neto, as investigações começaram em janeiro deste ano, depois da identificação de um brasileiro que distribuía material contendo cenas de abuso sexual de crianças em um site internacional.

“As imagens indicavam que quem estava distribuindo as imagens no site era a mesma pessoa que tinha produzido essas imagens. O que demandou ação rápida da Polícia Federal”, disse Latance.

Segundo o agente, o responsável pela produção das imagens foi um dos presos em flagrante com o material, o que permitiu a confirmação de que ele é autor dos abusos. “Até o momento já identificamos cinco dessas crianças e as investigações continuam para identificar outras. As quatro pessoas tem uma relação, são da mesma família, mas foi o produtor quem distribuiu o material para os outros três”, comentou.

O homem preso em flagrante tem aproximadamente 40 anos e não tinha passagem pela polícia. Segundo a Polícia Federal, há indícios de que ele cometia o crime há muito tempo. “São crianças entre 4 e 11 anos de idade e suspeitamos que sejam parentes. Vamos tentar identificar outras (crianças) que moravam na redondeza e que faziam parte do ciclo de confiança dele para que ele seja responsabilizado pelos crimes que cometeu”, disse Latance.

Até o momento as investigações não apontaram se há indícios de comercialização do material. “O que há muito nesses casos é intercâmbio entre as pessoas que apreciam esse tipo de pornografia. Eles publicam nesses sites procurando pessoas que queiram trocar esse tipo de material. Há indícios de que os outros três sabiam do que acontecia com as crianças que eram muito próximas a eles. Apuraremos a participação deles nesses estupros”, afirmou.

De acordo com o delegado da Polícia Federal em Santos, Júlio César Baida Filho, as investigações continuarão e demandarão cautela para garantir a preservação da identidade das crianças. Os investigados vão responder por crimes de estupro de vulnerável, produção de material pornográfico com conteúdo infantil e pela posse e distribuição desse material. As penas variam de quatro a 15 anos de prisão.

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