Sindicato critica Governo de São Paulo após morte de agente penitenciário em SV
Por Bárbara Silva em 02/12/2021 às 20:01
O Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de São Paulo (Sindasp) publicou uma nota de luto pela morte do agente penitenciário em São Vicente nesta quarta-feira (1). Nela, ressaltou os perigos da profissão e denunciou a insalubridade a qual os agentes são submetidos.
A nota cita o déficit de funcionários nas unidades prisionais e a redução do benefício de insalubridade. “Esse é mais um episódio que mostra que o perigo é emitente. Isso que vimos hoje deveria ser uma coisa inalcançável, mas nunca foi, é mais comum do que se pensa”, relata o sindicato na nota.
“Neste período de pandemia, nossa categoria se empenhou para dar continuidade ao trabalho árduo de manter mais de 235 mil presos nas unidades prisionais, evitando a prática de novos crimes e fugas. Porém, o Governo do Estado não reconhece quem realmente está comprometido com o profissionalismo”.
Na noite desta quarta-feira (1), o agente penitenciário Eduardo Kundig, de 47 anos, foi morto com dez tiros na Avenida Ulysses Guimarães, no bairro Jardim Rio Branco, em São Vicente. Ele chegou a ser levado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo uma funcionária de um comércio vizinho ao local onde ocorreu o crime, ele teria sido abordado por um criminoso que exigiu sua arma. Kundig, então, foi obrigado a deitar no chão antes de ser morto.
Kundig fazia bico como segurança em um supermercado do bairro e, ainda segundo a funcionária, em todos os outros comércios da quadra, há sete anos. Ele também era dono de uma empresa de transportes para eventos.